Capítulo 4
-NÃO VOU FICAR AQUI DUAS SEMANAS! -gritei já sem um pingo de paciência.
-EU NÃO VOU FICAR AQUI DOIS DIAS! - gritou de volta.
Pedro volta a ser irritante. Enquanto devia ser apenas bonito e sexy para meu colírio.
-Você é enervante! Estúpido! Chato, ignorante, egoísta! -comecei ignorando que estávamos em um hotel de alto luxo, Pedro estava de cara fechada e chegando mais perto como se fosse bater em uma criança birrenta - Idiota, entediante, broxante...
Ele fez uma careta.
- O QUÊ???
-Isso, e tudo ELEVADO AO QUADRADO!
-Você não deveria ter me estimado sua louca irremediável.
Pedro veio decidido na minha direção e me dobrou em seus braços como se eu fosse de pano, neste movimento depositou um beijo guloso em meus lábios. Sim, cena de filme.
Ele me olhou e me soltou. Sim, bati meu traseiro no chão.
Mas isso não estava no script.
-Seu bruto! -me levantei nervosa e já fui socando as costas daquele infeliz. -Primeiro: Quem permitiu que você me beijasse? Segundo: Se fosse pra fazer, que fizesse direito!
-Ah, então é pra fazer direito?
-Não foi exatamente isso...
Ele me jogou na parede e depositou mais um guloso e longo beijo em meus lábios, aquela dança sincronizada de nossas bocas estava se tornando frequente demais, para meu amável e horror desespero.
Eu não estava tão desesperada a ponto de imaginar "Me jogue na parede, me chame de lagartixa". Mas ele não entenderia, porque realmente estávamos a quase este ponto. De fazer uma coisa que era para exclusivamente nosso prazer, mas que poderia ser para nos fuder. Literalmente.
-Saia! - falei... Contra minha (lá no fundo) vontade.
-Me obrigue.
O olhei. Era um desafio?
-Eu saio?
-Ótimo! - ele sorriu- Queria mesmo olhar o que você guarda dentro de tantas malas!
Ele se virou e começou a mexer em uma de minhas malas.
-Tire essas patas já daí!
Falei corada.
Não.
Ele não estava com isso em mãos.
Arregalei os olhos...
Respire, 1, 2, 3... Respire... Em 3, 2, 1... Mate... Não. Aislin? Sim, Aislin, você vai respirar de novo e se preciso outra vez e não, você NÃO vai avançar em direção ao pescoço dele!
-TIRE AS PATAS DA MINHA CALCINHA! - gritei.
-Ui, vermelha, fio dental e de renda... -ele falou com a voz rouca. Ai... Senti um frio no estômago.
-TIRE AS MÃOS DA MINHA CALCINHA, PEDRO!!!
Ele gargalhou.
-Não acha estranho se alguém passar e escutar seus gritos?
-Não teriam nada a pensar.
Respirei fundo. Um diálogo? Ok. Só espero que não tenha de fazer negociações com este bruto. Ai, ele é - suspiro- bruto... Pare! Pare! Pare! Que pervertimento é este?
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Sempre ao seu lado - Jogos (EM PAUSA)
RomanceAislin e Pedro, antigos amigos se veem num impasse. Como agir diante de um forte sentimento? Se entregar seria assumir uma fraqueza? Com muitas implicâncias eles começam seus Jogos. Onde tentarão fazer um admitir o sentimento que nutre pelo outro...