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Capítulo 1 - Um quase "milagre"

Sabe, essa pode ser mais uma daquelas historias clichês que todos nos estamos acostumados a ler ou ouvir, mas eu posso afirmar uma coisa: quem me dera que minha vida fosse aqueles contos de fadas, o que de certo, não é.

Sabe, eu já li muitos livros que começam assim, desse jeitinho que estou falando, ou ate mesmo assistido filmes que tenham tentado sair do padrão de livros e filmes. E até os filmes de dramas, mais dramáticos da terra não conseguem sair desse padrão.

Nos de drama, o mocinho (a) enfrentam uma grande dificuldade e ao longo do filme ele impressiona a todos ao seu redor, e alguns no final morrem, ou outros dão a volta por cima. Mas perai, nem sempre a vida real é assim, e nem sempre encontramos aquele romance que vemos nas telinhas do cinema. Até que a historia que vou contar aqui, parece bem um clichê, mas não termina como os de sempre. Pode crê.

Algumas pessoas podem dizer: calma aê minha jovem, o amor existe. Ok?

Sim, ele existe. Mas não é para todos. E é sobre isso que eu vou falar: a minha história.

Quando tudo começa...

Primeiro dia de aula, ninguém merece. Ter que acordar 6:00 horas da manhã todos os dias, só de pensar já da vontade de chorar.

Um ponto positivo de primeiros dias de aula: carne nova no pedaço. Apesar de que, minha escola não é muito abençoada como outras por aí. Nunca se teve garotos bonitos, apenas, bonitinhos. Estou ansiosa para ver se esse ano será diferente, não que eu esteja precisando de um menino, depois do que eu passei com o Thiago, fiquei cheia. Mas, tenho que admitir que se tiver um gatinho e principalmente me querendo, será bem-vindo.

Levantei-me, comi, tomei um banho, vesti um short jeans claro e uma blusa preta com detalhes brancos, coloquei meu querido vans, guardei meu casaco na bolsa, porque estava um pouco frio. E prontinho, já estava pronta para ir.

Eu sempre vou com minha amiga para escola, a Lívia, mas já eram quase 7:00 horas e ela não tinha chego. Não que tivesse algum problema de chegar atrasada na escola, até porque eles nunca ligaram para isso. Mas chegando cedo da para enturmar com a galera.

Ate que fim ela chegou.

- E aí, Mel. Vamos?

Ela estava linda, tinha mudado a cor do cabelo, estava um castanho bem claro. A Liv tinha passado as férias em uma casa da praia e fez com que ela ficasse bem bronzeada.

Chegamos à escola e como todo ano tivemos que passar 2 horas escutando a diretora Minerva, falar a história da escola, de todo o seu esforço e blá blá blá.

Logo depois, fomos para salas, estava com os dedos cruzados para que finalmente um milagre acontecesse, mas, como todos os anos, nada interessante. Só traste. Mas ainda tenho esperança de que existam gatinhos nas outras turmas. Tocou para o intervalo e nós saímos: Gustavo, Lívia e eu.

Ficamos no refeitório da escola jogando papo fora até que eu vi.. -um milagreeeee- Um garoto perfeito de lindo. Ele era moreno e tinha os olhos meio castanhos, como o seu cabelo.

Ele passou por nos e nem observou minha existência. Ele já parecia estar enturmado, já estava com uma galera do seu lado. Eu precisava saber quem era aquele garoto.

Depois que comemos, eu fui ao banheiro. Quando eu estava saindo eu senti um baque e algo molhado caindo em cima de mim. Quando olhei para minha roupa fiquei chocada, eu estava toda suja de comida e com a blusa toda colada em meu corpo, porque estava molhada do que me parecia ser refrigerante. Então eu escutei alguém falando:

-Olha para isso cara, você não olha por onde anda não? Acabou com minha comida. - Quando eu escutei isso, o sangue me subiu a cabeça. Então eu levantei a cabeça pronta para falar algumas coisinhas para ele, e quando levantei a vista, era ele, o garoto bonitinho, mas naquela hora pareceu que toda a beleza que eu tinha notado, tinha sumido naquele exato momento de ignorância e falta de educação.

-Como é? Você vem andando como um louco sem prestar atenção nas coisas e a culpa é minha? Se você não observou, o banheiro feminino é aqui- falei apontando para o banheiro feminino- e o refeitório é do outro lado- falei apontando em direção ao refeitório- Então querido você já se torna errado ao quadrado por estar aqui no corredor com comida.

-Não quero saber disso, só sei que você vai pagar a minha comida.

-Eu vou o que? - Eu estava a ponto de esmurrar a cara daquele pivete. - Meu querido, as coisas não funcionam assim. Mas é claro que você não sabe, não passa de um novato. - Dei as costas e sai, mas de repente senti alguém puxando o meu braço.

- Você não vai sair daqui ate me dar o dinheiro do almoço - Falou olhando em meus olhos

- Você esta mesmo desesperado, não é novato? Não seja por isso, toma aqui. - Tirei do meu bolso um dinheiro e joguei na sua cara. - Agora você pode me fazer o favor de me soltar?- Falei puxando meu braço. Dei as costas e sai. Então ele me chamou e falou:

-Ei, marrenta. Ficou uma gata com a roupa assim, molhada. - Falou, dando uma piscadinha e uma risadinha debochada.

Esse cara não existe, esta merecendo um murro.

-Vai para o inferno, novato.

Tive que passar o resto do dia com a roupa toda suja, mais que inferno.

Saímos da escola era mais ou menos umas 12:30, e fui para casa da Liv. Nós passamos o resto da tarde conversando tirando brincadeiras e então eu decidi olhar meus e-mails. E tinha um e-mail de um tal de Caio que eu não faço ideia de quem seja.

Aah não, eu não acredito!