Capitulo 07

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Pedalar. Des de que Ben havia ganhado uma bicicleta velha do Senhor Alfredo, vizinho da pensão de que Ben mora, a coisa que Benjamin mais gostava de fazer depois de tocar Violão (que também era de segunda não) é pedalar pelas ruas. Se sentir livre com o vento batendo em seus cabelos rebeldes e observar as pessoas. Ele gostou tanto que chegou a substituir o vídeo game ( de segunda mão também ) que tanto ama, acontece que ele só tem 4 jogos e sendo que três deles ele já tinha zerado mais de quatro vezes cada um, e um chegou a um nível tão elevado de dificuldade que Ben teve até vontade de quebrar o aparelho e mandar uma carta para o criador do game chingando ele de todos os nomes mais estapafúrdios possíveis. Então lhe restava pedalar. Depois de dedilhar é claro.
Quando Ben chega em casa notou logo que o almoço já estava servido e de fato o cheiro parecia agradável.
Quando chega a cozinha. Se depara com a mesa colorida como de costume. Não pela comida mas sim pela toalha, mas o que há em cima não esta nada mal. Uma travesa com Beringela refogada, uma panela (grande) com arroz recém cozido, e uma sobra do feijão de sexta em uma vasilha.
Ao ver o olhar de Ben perante a comida na mesa seu Getúlio vai logo lhe chamando a atenção
- Pode olhar esganado, mas não é pra meter a mão não
- Otimo, por que eu costumo comer com garfo mesmo - Respondeu o menino de atravessado para o homem gordo que descansa na cadeira de balanço.
- MIRNA, OLHA O MENINO, OLHA O MENINO - Getúlio grita agitando as mãozinhas na frente do corpanzil para a mulher que está entrando na cozinha com um lenço na cabeça e talheres na mão.
- To olhando - a mulher responde na maior calma. Ben sempre admira o fato de dona Mirna ter tamanha paciência a seres tão ignorantes - Qual o problema ?
- Me respondeu com desagrado !
- Ora deixa de ser pamonha seu velho implicante, você nem é uma pessoa agradável
Ben tenta segurar o riso mas é inevitável, sorte dele que sua risada foi abafada pelo barulho de Mirna batendo na frigideira com uma colher de pau
- VEM COME POVO !
Pois é a hora do jantar em uma pensão comum pode ser normal, mas não nessa. O "povo" que ela chama são todos da família. Ben por ser o mais miúdo da casa sempre é passado para para trás na fila do rango.
Fila na merenda da escola
Fila no café da manhã
Fila no almoço e também na janta.
Fila até na hora de ir no banheiro tomar banho
Fila pra visitar suas mãe
A vida de Benjamin Bell Melacci é uma eterna fila, e de costume, ele sempre e está entre os últimos, se não o último. Acabou por ficar com caldo de feijão um pouco do arroz queimado que havia sobrado na panela e conseguiu ao menos uma fatia miúda de berinjela. Um completo azarão. Mas quem sabe na janta não tenha mais sorte.

A mesma coisa acontece sempre que Séci chega em casa. Tudo quieto e mais uma vez sozinha. Ela se dispõe de fazer seu próprio almoço, ela sempre ouviu suas amigas falando sobre o jantar que as mães delas estariam a preparar em casa e o a comida que as esperava em casa. Com Séci de parte de sua mãe, isso nunca aconteceu, mas dona Marta sempre preparava uma comida estupenda que certamente dava de dez a três na comida das mães de suas colegas. Marta também a ensinara alguns truques de panela que Séci anotou em um fichário.

"Mãos a obra então"
Séci colocou o pequeno fichário na bancada de mármore da cozinha com azulejos claros. Pegou os ingredientes, panelas e começou a refogar o alho e a cebola, preparou a frigideira e em poucos menos de uma hora já se tem uma panela de arroz e ovos mexidos para seu almoço. A mãe de Secilia não deixa ela por fritura ou nada que contém gordura na boca, então no almoço Séci aproveita. Em meio a uma garfada e outra começou a pensar no primeiro dia de aula. De como a aula passou devagar

"Céus será que vai ser assim todo dia" ela teme
"Não. Eu me recuso a acreditar que vou passar o resto do ano contando os minutos para o portão abrir, presiso me manter positiva, nada de ruim vai me acontecer se..."
Um barulho é ouvido e Séci corre espiar pela cortina da janela da cozinha. Sua mãe manobrava o carro para entrar na garagem. Tudo poderia estar ótimo...se não fosse pela frigideira suja, e o resto dos ovos mexidos no prato de Séci.
"Mas quer merda"

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Olá meus leitores. Bom primeiramente amei escrever o capítulo. E segundamente (acho que isso não existe mas okay) desculpa pelo final não estar lá essas coisas.

PS. Sabe a parte da fila da comida. Pois é meus queridos esse fato aconteceu há muito tempo atraz na minha família na casa de uma tia avó minha kkkk "quem chegava por último ficava com a sobra" é o que minha vó sempre fala

Kisses e até o próximo capítulo. Ótimo natal a todos :*

A âncoraOnde histórias criam vida. Descubra agora