O pesadelo

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Depois que estávamos dentro do carro ficamos em silêncio, eu não tinha vontade de falar nada mas queria quebrar esse clima tenso.

-Então... E sua coruja? Você a deixou na minha casa e ela não está aqui conosco.

-Apocalipse é livre, quando ela era filhote eu a encontrei com a asa quebrada e cuidei dela, por isso eu digo que ela é minha,mas na verdade ela é livre para fazer o que quiser.

Ele parecia estar com um humor mórbido, queria saber no que ele estava pensando.

-Por que você não deixou que me matasse? Seria bom para mim e para você.-eu pergunto para ele

Ele olha para mim com cara de que iria me bater e começa a falar:

-Você, eu, todos nós nessa Terra temos apenas uma vida, não é que nem nos games em que se você morrer, você terá uma segunda chance. - estranhamente ele falava de uma forma calma.- Você pode ser uma pessoa importante no futuro.-Ele para e suspira.- vamos imaginar que você-ele aponta para mim- agora, é uma nada, uma Maria ninguém no mundo.

Enquanto ele falava lágrimas começam a escorrer pelo meu rosto,eu não sei do porque de eu estar chorando, mas eu queria me afogar em minhas lágrimas, me encolho no canto do carro.

Ele continua:

-Mas então,você vamos supor, queira estudar sobre o câncer , queria descobrir se era possível encontar uma cura, então, em uma de suas pesquisas sobre o câncer, você acaba descobrindo como cura-lo. Pronto , você salvou uma boa parte do mundo, se você tivesse se matado, o mundo iria perder a cura para esse terrível mal.

A esse ponto eu estava tremendo no canto do carro, estava triste e pensava naquilo que ela dissera.

-Sabe, eu realmente não quero me casar com você, mas estou sendo obrigado a fazer isso, mas mesmo assim, não significa que não podemos ser amigos, certo?

Ele chega atrás e tremo ao seu toque.

-Eu realmente queria te odiar por ter que me casar com você mas como não é culpa sua... Então podemos ser amigos.

Dou um sorriso tímido.

Eu perdi minha melhor amiga mas consegui outro amigo. O destino é cruel e gosta de brincar com as pessoas.

Perdida em meus pensamentos acabo adormecendo e tendo um sonho um tanto assustador.

*dentro do sonho*

Eu estava em uma espécie de poltrona, ela não era nada confortável, era dura e quando olhei para ela, parecia que er toda feita de ossos humanos.

O ar era rarefeito e fedido, quase como cheiro de carniça.

Tento me levantar mas percebo que meus pés e braços estão presos por algemas naquela poltrona horrível.

Começo a ficar desesperada a procura de uma saída ou algo que poderia me ajudar a me livrar das algemas. Me debato, mais e mais e meus pulsos começam a arder.

Olhava em volta mas não conseguia enxergar nada. Era tudo uma escuridão profunda

Tento me acalmar e controlo minha respiração, eu sei que isso é um sonho mas por que é tão real? Por que e como eu sinto dor ?

De repente uma máscara aparece na minha frente. Fico assustada, não sabia o que estava acontecendo, a mascara era igual a de um jogo do Zelda. Ela apenas olhava persistente para mim, e falou, com uma voz, estranha, ela mudava a de um garoto normal para a de um computador.

-Vá logo seu palhaço estúpido.

Não entendi o que ele queria dizer apenas Fechei meus olhos com medo do pior. Ouvi um barulho de algo batendo no chão , não queria olhar mas a curiosidade era mais forte e dou uma espiada para ver o que era.

DecadênciaOnde histórias criam vida. Descubra agora