Capítulo 5 - I meet you - COMPLETO

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 Quem eu acreditava ser Giogia veio até mim, e assim como eu, ela estava linda. Segurou em minha mão e me arrastou com ela para um corredor com lindas paredes cor salmão e pinturas renascentistas espalhadas ao longo das paredes e teto, estava tudo tão formal e refinado. Senti meu corpo se eletrizar, senti a alegria se apossar de meu espírito, a liberdade falava comigo, senti a agitação, eu parecia uma criança. Chegamos ao começo de uma enorme escadaria em tons de branco e dourado, com fitas e laços rosas, pequenos enfeites em cor dourada aparentando ouro em si. No final da grande escadaria, dezenas de pessoas, bem vestidas aparentando serem bem sucedidas estavam dançando, conversando e se deliciando com o buffet. Ao ver essa cena eu senti uma animação incontível, a música estava acentuada, a luzes mesmos estando fracas estavam fortemente provocantes, comecei a correr repentinamente, pulando até ir parar na pista de dança. Parei e ali fiquei observando tudo e a todos, olhei para aquelas luzes chamativas, por impulso comecei a rodar com os braços abertos e focando meus olhos no teto, resolvi fecha-los e viajei. 

Continuei rodando por mais um tempo até eu bater em algo que me fez parar. Abaixei meu olhar e vi um homem, cabelos castanho escuro na altura das orelhas, olhos iluminados donos de um verde encontrado nos mais lindos e cristalinos mares, pele bronzeada e com o sorriso branco como neve:

- Wow! Você está bem? - ele me pergunta colocando a mão em meu braço, e, não sei o que foi mas, quando ele me tocou foi a melhor sensação do mundo, eu me derreti ao simples toque de seus dedos e veio um impulso de abraça-lo, eu o segui. Pendurei-me em seus ombros, mantendo força apenas em meus braços e deixando minhas pernas soltas, de repente tive um ataque de risos, eu estou tão eufórica, ele parece manter a calma diante dessa situação:

-Acho melhor eu te levar para o bar, não concorda? - ele me pergunta enquanto meus braços deslizam para baixo indo parar em sua cintura, "uhum" murmuro apertando-o.

Ele me endireita em seus braços, me auxiliando passo a passo até chegarmos a um sofá grandioso, roxo e em formato de "L" encostado na parede aonde me sento. Ele me encara por alguns segundos:

- O que você gostaria de beber? - eu rio com moleza no jeito e respondo:

- Eu não sei! - e rio novamente, ele ri também. Não acho que estou em um estado ideal de sanidade para opinar, mas eu acho que ele está começando a gostar de mim. Ou seria apenas o alucinógeno agindo sobre mim, me fazendo acreditar em opiniões demasiadas precipitadas; ele assente e vai até o bar. De lá ele traz duas bebidas: uma possuía a cor alaranjada e degradê de um pôr do sol viciante, era um daqueles drinks chiques de bares estrangeiros só que sem um guarda-chuvinha, seu substituto era uma fatia de morango ainda com folhas e infincado num palito de churrasco acompanhado de outra fatia de abacaxi. O drink foi servido num belo copo que me lembrou a forma de uma flor chamada" Copo de Leite"; a segunda bebida era transparente, nela tinha pequenas bolhas (parecia gasificado) e tiras verdes (eu não consigo decifra-las), no topo boiava uma cereja. Já esse drink foi servido num copo cilíndrico, longo e estreito com uma espécie de canudo fino, longo e preto:

- Aqui está! - ele coloca os drinks na mesa e me empurra o da cor de pôr do sol - Bom, este aqui é seu, eu não sabia de qual você gostava então trouxe esse mesmo, vi que está um pouco alterada então, vou poupar a primeira bebida do álcool. Mas, poderá pedir uma com álcool alguma vez. 

- Hmm legal, obrigada! - respondo ainda com moleza altamente aparente em minha voz. Dou um gole - Meu Deus! Isso é muito bom! Eu amei! - ele olha pra mim com o jeitinho meigo do sorriso de lado, eu posso estar dopada e falando e agindo como bêbada, mas eu sabia que esse calor que eu senti dentro de mim era real, fora das drogas:

- Por nada. - eu encostei minha cabeça em seu ombro direito sem nenhuma explicação e dei mais alguns gole na bebida:

- Qual o nome? - ele encosta sua cabeça na minha e responde:

- É meio erótico demais. Eu realmente não entendo essa mania das pessoas colocarem nomes assim em simples bebidas.

- Me fale logo, homem! - resmungo e ele ri:

- Tudo bem, tudo bem. O nome é "Sex on the Beach". Só que um "Sex on the Beach" sem álcool. - ele termina levantando a cabeça para dar um gole na bebida e depois a encosta novamente na minha, eu rio e ele resolve me acompanhar:

- Mas que ousadia. É muito liberal. Mesmo. - nós rimos juntos, como dois idiotas.

Cerca de três horas e meia se passaram, eu acho, e a quantidade de copos em cima da mesa cresceu, eu estou vendo tudo duplicado, certamente devo ter tomado algumas bebidas alcoólicas sim, não me lembro de nada do que nós falamos todo esse tempo, eu só sei que eu estou sentindo um calor intenso dentro de mim, e os meus olhos parecem estar conspirando contra mim, pois só há foco em seus lábios. Então uma música agitada começa a tocar e sinto uma extrema vontade de ir para a pista de dança, fecho os olhos e imagino cores, e uma brisa suave envolvendo meu corpo, eu estou sentada e de repente estou de pé me balançando para um lado e para o outro enquanto puxo o braço dele:

- Vamos dançar! - ele me olha e pergunta:

- Agora? Nós dois nesse mesmo estado, indo dançar na pista de dança? - eu não pensei, simplesmente fui no embalo dos alucinógenos:

- SIM! Por que não? - ele dá de ombros e se levanta, deixando-me arrastá-lo para lá. Vamos para o centro da pista e tudo fica uma loucura, sinto ele acariciar minha cintura e meus braços enquanto dançamos como loucos até que ele me empurra para frente, eu cairia se ele não tivesse me segurado nas mãos, ele me puxa de volta e dá uma cheirada em meu pescoço, até que ele me gira como se estivéssemos numa dança de tango e me prende ao seu peito, forçando sua mão contra minha cintura, nos colando barriga com barriga, giro meu pescoço, ele começa a dar chutes circulares  para trás e eu o imito. No meio de todos esses chutes ele me joga para o lado esquerdo e depois para o direito e então me deita em seu braço esquerdo, levanto um pouco a cabeça e consigo ver ele "mexendo o traseiro"; digo isso porque não uma rebolada, tem mais chacoalho do que voltas então, na minha opinião não seria uma rebolada. Inclino minha cabeça para trás e rio, com a mão esquerda livre, ele a desliza de meu peito a minha coxa enquanto me eleva, no final dá um tapinha e eu dou um pequeno pulo. Nós começamos a rir, feito crianças abobalhadas e alegres:

- Isso não estava na dança mas foi genial! - ele exclama para mim.

- Obrigada, obrigada. - respondo. Com suas mãos em minha cintura ele me puxa para perto de si, aproxima seus lábios ao pé de minha orelha e cochicha:

- Quer subir? Temos um quarto lá em cima, aqui está tão agitado. - eu cochicho de volta:

- Pode ser, desde que você me carregue.



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