Em breve

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25 de agosto (quinta)

A semana avança e eu vou ficando progressivamente mais infeliz na escola.

Theo acordou atrasado hoje o que fez mamãe ordenar que eu viesse com Vini. É estranho, por falar nisso, o quanto ele está bancando o bonzinho. Se é um arrependimento verdadeiro ou não por ter sido um otário comigo todo esse tempo só vamos saber mais para frente.

Já a situação entre minha prima e eu só piorou.

"Sério que você vai continuar emburrada comigo igual a uma criança? Depois a infantil sou eu." Bufei do banco de trás conforme entrávamos no estacionamento da escola.

"Whatever. (Que seja)." foi tudo o que minha prima respondeu num misto de raiva e desdém saindo do carro.

Ainda ao volante Vini riu.

"Então estamos de volta a como nos sentíamos em relação aos outros quando éramos crianças... Ana te odeia de novo e agora só falta você voltar a gostar de mim."

"Rá. Vai sonhando." Eu disse saindo do carro também.

Tentei de fato me esforçar em Álgebra hoje e acho que não fui tão ruim assim nos exercícios. Claro que o fato de já ter visto aquela matéria no Brasil adiantou, mas, por favor, não tire o meu mérito nisso.

Depois das aulas tivemos nosso "break", um mini intervalo de quinze minutos onde os alunos podem ir a biblioteca, a direção ou qualquer outra coisa que eles precisem no momento.

Acabei esbarrando com Theo pelo corredor, mas ele não me deu muita atenção, pois precisava usar aquele tempo para ir conversar com seu orientador escolar. Theo queria muito tentar entrar para a rádio da escola e, segundo ele, era obrigatório que ele cursasse a matéria "Media and Technology (media e tecnologia)" para isso. Adicionando um toque dramático à situação o período de inscrição para disciplinas já estava fechado, por isso tudo o que ele podia fazer agora era ir implorar ao seu orientador para que ele encontrasse alguma forma de reverter esse empecilho.

Nem mesmo tive tempo de o desejar boa sorte na empreitada, pois Theo quase me deixou falando sozinha enquanto partia para a sala do cara.

Fiquei com um pouco de raiva por isso, mas relevei porque ele precisava resolver tudo em menos de dez minutos.

Em ESOL Mrs. Souza nos dividiu na sala em grupos de proficiência no inglês. Eu, obviamente fiquei no dos semianalfabetos, embora Juan também esteja comigo nele mesmo falando razoavelmente a língua. Mrs. Souza explicou o porquê, mencionando algo sobre par mais competente, Vygotsky e outras coisas que desconheço por completo. Acho que no final das contas, isso significa que vamos ter alguém que sabe um pouquinho mais para poder nos ajudar.

Ela também passou um vídeo "What's poetry? (o que é poesia)". Minha atenção, no entanto, ficou focada em apreciar o turbante amarelo em que ela envolvia seu cabelo afro já que meu péssimo inglês não me permitia entender nada.

Ao menos agora à noite pude assistir de novo com Alice (pois era um vídeo do youtube) e ela foi me explicando tudo.

Ainda na aula lemos e discutimos alguns trechos de um poema "The Lanyard" sobre um cara que dá uma espécie de corda para a mãe (créditos da tradução ao Juan). Sério, amigo? Uma corda????? Pensando bem agora, acho que Juan não deve ter sacado direito as metáforas.

Dessa vez Theo não foi me esperar na saída da aula anterior ao horário do almoço e eu tive que procurá-lo enquanto Juan seguiu outro caminho com Miguelito.

O diário (internacional) de Babi 2 -New AmericanaOnde histórias criam vida. Descubra agora