A Pri me mostrou uma foto de um acidente e o carro era o do Rafa, e na notícia dizia que era um garoto e uma menina.
Não acreditei.
- Priscila, pelo amor de Deus, vamos pra lá. Eu disse aos prantos.
- Chamei o Gustavo, ele vai levar a gente.
- Ai meu Deus, como isso foi acontecer?
- Calma Carol, pode ser que não aconteceu nada demais com ele.
- Não tem como ficar calma, e essa menina? E se for a Bi?
- Ei espera, não aconteceu coisa pior, notícia ruim, corre.
- Não corre não, pelo jeito que ta aí aconteceu isso ontem, agora que descobrimos, você tem razão corre mesmo.
- Carol, cala a boca não é hora pra ironia, fica calma pelo amor de Deus menina.
Ouvi a campainha tocar, deve ser o Gustavo.
Abri a porta correndo e de cara ganhei um abraço.
- Eu sinto muito Carolzinha.
Só uma pessoa me chama assim: Peter.
- Não, não sinta.
Eu disse me separando do abraço dele.
- Sai da defensiva.
- Não fui grossa, só que você não tem que se lamentar por uma coisa que não teve culpa, que além disso não vai adiantar nada.
- Vamos gente! A Pri disse entrando no carro.
Entrando e fomos.
Apresentamos documentos, mas não estava no horário de visitas, então nós ficamos na sala de espera por um bom tempo, até vim alguma notícia de algum deles.
- Algum de vocês é da família do Rafael Oliveira?
-Somos irmãs.
Eu e a Pri levantamos.
Olha, ele já pode receber visitas, mas tem que ser uma de cada vez.
- Tudo bem, pode ir você Carol.
A Pri disse.
- Ta bom, Doutor e a garota que estava junto com ele? Perguntei.
- Algum de vocês é parente dela?
- Queremos saber quem é ela.
- Bianca Almeida.
Olhei pra Pri, e era realmente a Bi.
- E... tem notícias dela?
- Ela estava em observação, mas já dou uma passadinha por lá e trago notícia pra vocês, enquanto isso quem for visitar o Rafael pode me acompanhar, por favor!
Acompanhei ele em um longo corredor e a sala era uma das últimas. Entrei no quarto e vi ele com a perna enfaixada, mas não me parecia tão mal.
- Demorou aparecer alguém hem, eu, o próprio paciente tive que falar meu nome, me...
Interrompi ele com uma abraço.
- Acho que já pode me soltar...
Ele disse.
- É que nós ficamos sabendo agora a pouco, mas o que aconteceu de verdade ?
- Eu estava voltando pra casa com a... espera cadê a Bi?
Ele se mostrou preocupado pela primeira vez desde que entrei aqui.
- Calma, ela está bem. E aí?
Na verdade, eu não sabia, mas tinha que deixar ele calmo.
- Eu estava voltando pra casa e entrou uma moto bem na minha frente, tentei desviar, mas estava vindo um carro na mesma direção e aí já viu né?!
- Entendi, você tinha bebido?
- Não, só a Bianca que tinha bebido um pouco.
- Ainda bem, quer dizer, menos mal né?!
- Pois é!
- Mas o importante é que você está bem, tirando a perna, mas ta bem, vou ver como a Bianca está de novo (tive que mentir) e aproveito e chamo a Pri pra ver você.
- Ta legal.
Saí do quarto e pensei que eu deveria ter falado o negócio da minha mãe, mas ao mesmo tempo achava que não devia, ele tinha muita coisa na cabeça.
- Doutor, posso ver a Bianca?
- Pode sim, me acompanhe.
Cheguei no outro quarto e vi a Bi em um leito, bem melhor que o Rafa.
- Que susto vocês deram na gente hem!
Entrei abraçando ela.
- Nem me fala, o Rafael como ele está?
- Ele ta bem, acabei de falar com ele, ele só quebrou a perna eu acho.
- Ah, que pena, coitado.
Ela não tinha quebrado nada, só estava com alguns arranhões.
- Seus pais já vieram aqui?
- Meus pais? Nem aqui eles estão.
- Caraca, vou dar uma saidinha aqui, esqueci de falar pra Pri ir ver o Rafa.
- Ata, vai lá.
Saí do quarto e encontrei novamente o médico.
- Doutor, desculpa incomodar mais uma vez, mas o Rafael e a Bianca vão receber alta hoje mesmo?
- Não, provavelmente a Bianca sim, o Rafael vai ter que esperar mais um pouquinho.
- Ah sim, entendi.
Fui até a sala de espera de novo e avisei a Pri que podia entrar pra ver o Rafa, e aproveitar e falar com o Gustavo.
- E aí como ele ta?
O Peter perguntou.
- Ele está bem, mas quebrou a perna.
- Caramba, que azar!
- Gustavo, a Bianca vai receber alta hoje provavelmente e os pais dela não estão aí, você leva ela pra minha casa pra ela não ficar sozinha ta bom?
- Ta bom, mas você não vai?
- Não, vou ficar por aqui com o Rafa.
- Sozinha?
O Peter perguntou.
- Não, com o Rafa. Falei com ironia.
- Ta bom Carol, mas a Pri e a Bianca juntas?
- Ah qual é, elas não vão se matar com meu irmão no hospital, e vocês vão está lá.
- Vamos? O Gustavo perguntou.
- Claro que não, eu não vou.
O babaca do Peter disse.
- Você que sabe.
Respondi com raiva.
- Eu vou ficar aqui com você.
- Ah não, mas não vai mesmo.
- Boa ideia, ele vai sim Carolina.
- Af, eu mereço.
- Você bem que podia buscar comida né senhor Gustavo?
- Busco, claro, quer mais alguma coisa senhorita?
- Af, vai logo imbecil.
Ele saiu rindo.
- Tudo bem eu ficar né Carol?
O bendito perguntou.
- Quer bancar o bom moço né, vamos lá, vou te ajudar nessa.
Olhei pra ele, com a cara mais sínica que eu já fiz em toda minha vida.
Seria bom, ter uma companhia, mesmo sendo essa criatura, só sei que a noite vai ser bem longa.
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Estou a sua espera
Roman pour AdolescentsEle era um completo idiota. Mais do que alguém pode imaginar. Ele. Paulo Henrique que todos chamam de Peter. Ele é amigo da minha irmã então mesmo se eu quisesse esquecer aquele bugre não era possível. Ele estava no 1 ° ano e eu resolvi me " apaixon...