Eu esperava aranhas, comidas de fast-food jogadas no chão, latinhas de bebidas amassadas em uma mesa pequena de centro, desorganização, desordem e baderna. Mas pelo visto as gangues de hoje em dia estão muito mais luxuosas e ganham muito bem fazendo violência pela cidade. A mansão que por fora parece ser mal-assombrada e cheirar mofo por dentro é uma verdadeira explosão de ouro, vinho, artefatos preciosos e cheira inexplicavelmente a torta de limão.Tapetes vermelhos podem ser vistos no chão por onde quer que eu olhe, o que de uma forma estranha me faz lembrar que não sei a direção que devo tomar. Ao mesmo tempo que acho que devo permanecer aqui até alguém vir e notar que tem uma pessoa diferente no local, também tenho uma curiosidade tremenda de explorar a mansão.
-Malia. - A voz firme é conhecida de Dona Aurora diz que minha discussão anterior está terminada. Viro para encara-la e não posso deixar de ficar surpresa ao vê-la vestindo um nobre vestido com uma inscrição um tanto peculiar no lado esquerdo do busto "R.C.C" lia-se com letras garrafais que lembravam sangue.
-Eu mesma, Dona Aurora.
-Esperava que você fosse pontual, aqui não toleramos atrasos.
-Desculpe-me, mas tive um desentendimento com o guarda da frente que me tomou trinta minutos.
-O oficial Beniamin já está avisado que sua entrada é permitida. A partir de amanhã sem atrasos mocinha. Não costumo contratar empregas do seu tipo, mas o casamento do Mestre é hoje e nossa mão de obra não iria cobrir a demanda de convidados. Vi algo diferente em você, dei uma chance valiosa e única espero que saiba aproveitá-la e que não acabe me decepcionando.
-Vou dar o melhor de mim. - Respondi rápido e com confiança. Algo me dizia que essa mulher poderia me dar a chave para a felicidade e ao mesmo tempo uma passagem só de Ida para o lugar mais infeliz do mundo.
-Tente dar o melhor e um pouco mais, você vai precisar. Agora venha comigo, vou te mostrar com o que vai trabalhar. - Com apenas um movimento de cabeça eu comecei a segui-la por entre os grandes corredores.
Pessoas elegantes passavam por mim como se eu não existisse e por mais que aqueles corredores pareciam pequenos, uma grande quantidade de pessoas conseguia passar facilmente sem qualquer um encontro indesejado ou pés pisados.
Abrindo uma porta de madeira Aurora começou com a explicação – Está é a cozinha principal. Usada para a preparação da refeição das festas, é aqui que você irá trabalhar pegando os pratos prontos para depois servir no salão. Antes de qualquer outra informação sobre o serviço de hoje a noite preciso conversar com você um minuto no meu escritório. – Assim ela seguiu descendo por uma escada ao lado esquerdo, perto dos armários e a acompanho.
-Querida sente-se, o que vou te falar pode ser um pouco... como posso colocar...surreal e difícil de acreditar. Mas é a pura verdade e é importante que concorde que tudo que acontecer nessa mansão fique nessa mansão.
-Você quer confidencia total? Eu poso dá-la.
-Nós não somos exatamente uma gangue, somos uma família. Que como minoria no mundo precisa de esconder para tentar sobreviver. Somos bons apesar da crença popular, mas acredite como os seres humanos nós também temos os caras maus que influenciam a violência e o caos.
-Só um minuto seres humanos?
-Nós somos uma gangue de vampiros, Malia. – OI, isso era brincadeira.
-Vampiros não existem.
-Eles existem e eu sou um deles. Posso te mostrar se quiser. – E antes que eu possa responder ela abre a boca e seus caninos começam a descer, mostrando presas enormes.
-Você quer o meu sangue? - Engulo em seco, esperando ela pular a mesa que nos separa e atacar minha garganta. Fecho os olhos, mas nada vem e começo a escutar um longa e contagiante gargalhada.
-Querida, todos o pessoal da R.C.C não bebe sangue. Você nunca ouviu falar sobre as propriedades magicas do suco de beterraba?
-Suco de beterraba? – Lhe dou um olhar atravessado. Ela não está realmente achando que vou cair nessa, ou será que está?!
-Sim, é isso que precisamos para nos alimentar. Nada de sangue.
-Ah, sim. – Isto está ficando confuso e por mais estranho que seja estou acreditando nela. Mesmo que nesse momento eu só queira desfalecer nesse chão bonito e brilhoso.
-Você está bem com essa história completamente nova? – Não estou nada bem, na verdade nem sei se ao menos isso é verdade. Porque fala sério, Vampiros? Realmente muito original e excêntrico.
-Estou confusa, mas acredito em você. – Isso é uma meia verdade, mas eu preciso do emprego. E se ela diz que vampiros existem e que vou ter que trabalhar para eles, então tudo bem.
-Preciso que confie em mim, nada irá acontecer com você enquanto estiver sobre nossa vigilância. E como nossa empregada, faz parte de nossa família. Resta saber se você faz parte da nossa e entente o risco de ser discreta sobre nossos assuntos.
-Acho que sou parte dessa família a partir de agora. – Sorrio, coisas malucas acontecem em nossa vida para muda-la para sempre. E talvez, a uma pequenina chance de eu estar ficando completamente maluca.
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The Vamps - Magic Blood (conto)
FantasyOs vampiros não são os únicos habitantes da mansão da R.C.C. Adrian Maldoveanu é o segundo na linha de sucessão ao trono da presidência do Clã de feiticeiros da Romênia e mora com seu melhor amigo Will Jones na grande mansão na Transilvânia ele nun...