Capítulo 4 - Cuidado! Os Camarões podem ser a nova onda para passar vergonha

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Depois da breve e informativa conversa com Dona Aurora, ela me mostrou uma pequena parte da mansão e o salão de principal de festas que vou trabalhar. Parece que hoje o mestre deles vai se casar, deve ser uma boa experiência para o meu primeiro dia. Uma cerimônia vampírica de casamento...isso deve ser um tanto peculiar.

Visto meu novo uniforme de trabalho, um vestido até os joelhos preto, vermelho e branco com a sigla da R.C.C. Dando uma rodadinha para me olhar no espelho não deixo de pensar que esse povo adora essas três cores. Preto, vermelho e branco estão por todo lugar.

-Malia! – Meu nome é gritado por Dona Aurora me assustando. Viro rapidamente minha cabeça em direção a sua voz.

-Sim, Dona Aurora.- Respondo pegando o pouco de folego que ainda me resta.

- O que você ainda está fazendo aqui? – Ela suspira. Faço uma menção em responder, mas ela me corta.

– Não responda. Vá já para a cozinha, temos muitas coisas para fazer e pouco tempo. – Passo por ela correndo e vou em direção a cozinha o mais rápido possível.

- Calma garota. – Uma das empregadas de cabelo castanho e olhos mais azuis que céu em um dia ensolarado me cumprimenta logo que passo pela porta de entrada.

-A dona Aurora pediu para que me apressasse. – Digo entre respirações pesadas.

-Ela é durona quanto se trata do trabalho. – Ela pega uma cesta de pães e coloca na minha frente.

-O que eu faço? – Pergunto ainda intrigada com as bisnagas de pães.

-Pegue um e faça cortes de 3cm. – Ela pega a faca e começa a cortar um pão que estava em sua mão, dividindo ele em pedaços finos de formatos indefinidos.

-Vamos servir toradas? – Pego outro pão e faço como ela. Eles pareciam mais requintados para comer torradas.

-Canapés de ricota com amora.- Ela sorri.

-Ah sim.- Sorrio de volta. Torradas, fala sério...

-Desculpe, ainda não me apresentei. Viorica – Sua mão se estende, e não deixo de reparar na farinha entre seus dedos.

-Malia.- Aperto sua mão e com um sorriso voltamos ao trabalho.

Não sei por quanto tempo cortei pães, coloquei ricota e amoras em cima das toradas. Minha mão já estava doendo quando Dona Aurora entrou pela porta e começou a ditar ordens.

-Malia, largue esses pães, pegue uma bandeja de camarão e leve para o salão principal. Preciso deles no centro da mesa de degustação.

Com um aceno de cabeça vou em direção a tal bandeja, que por si é enorme e provavelmente pesada. Seguro-a com as mãos e com o pouco de equilíbrio que ainda me resta saio pela porta andando cuidadosamente pelos corredores da mansão.

Sem qualquer aviso começa a surgir pessoas de sei lá aonde. Isso foi mágica ou elas brotaram do chão, não é possível. Não consigo pensar em nada, se não em gritar – Deem passagem, alimentos para o banquete passando. – O que foi idiota, já que ninguém chegou a se afastar. Uma alma amada esbara no meu braço e acabo perdendo um pouco de equilíbrio. Tentando me manter em linha reta, sem sucesso acabo trombando com uma parede de músculo.

Fico estática. Não sei o que fazer, a camarão por toda parte. Um par de mãos me envolve não me permitindo ir de encontro ao chão. Fecho meus olhos e torço para que seja um dos empregados. Mas para a minha total má sorte é a apenas o bonito feiticeiro que Dona Aurora havia comentado. Adrian era seu nome e ele parecia ainda mais belo fora da foto enquadrada no escritório de Aurora.

Agora ela estava ferrada, por todo cabelo sedoso de Adrian havia camarões. Tento inutilmente retirar os camarões de sua cabeleira – Oh meu deus, Senhor Maldoveanu me desculpe.

Estou desesperada, não posso perder esse emprego. É o meu primeiro dia e já estou fazendo besteiras. – Desculpe.- Eu não parava de repetir essas palavras ao retirar cada camarão do cabelo do chefe.

E como se não fosse o bastante um camarão idiota ousa ficar deixo do meu pé e eu escorrego. Se não fosse Adrian provavelmente eu estaria no chão novamente.

Olho em seus olhos e tudo que eu quero fazer agora é cavar um buraco nesse maldito chão e me enterrar nele.

-Qual é seu nome Mi bela? – Fico um tanto vermelha quando ele tenta ser sedutor. E não consigo formar palavras, aonde está a Malia que não deixa ninguém te abalar agora?!

-Eu...eu...Ma...- Estou gaguejando agora, fala sério. Mas para a minha salvação e ruina Dona Aurora aparece e não há uma pessoa se quer que não escuta sua voz estridente.

-Malia, o que você fez! Olhe essa bagunça! – Ela parecia horrorizada. Olho em direção a Adrian e ele me lança uma piscadela. Reviro os olhos e começo a sair do aberto de seu aperto, mas ele dificulta minha saída e faz olhar para ele novamente. – Você está bem?

-Sim.- consigo soltar minha voz e aproveito para sair de seu meio abraço. Corro em direção a cozinha, deixando Dona Aurora com um olhar atravessado e um Adrian com um sorriso bobo no rosto.

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PRÓXIMO DIA DE POSTAGEM: 07/01/2016

Um bom Natal é um próspero ano novo pessoal. Voltamos com as postagens depois das festas, beijos!

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The Vamps - Magic Blood (conto)Onde histórias criam vida. Descubra agora