a mídia é só porque eu amo essa foto. e dedicado pra carol, porque ela me ajudou a terminar isso aqui :)
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Michael chutou todas as pedrinhas que encontrou no seu caminho de
volta para casa com veemente irritação.O colégio nunca havia sido seu lugar preferido no mundo, mas naquele dia em especial as coisas não tinham ido nada bem, deixando o garoto em um humor que o remeteria a sentar e chorar a qualquer momento. Sua cabecinha de 12 anos doía e seus olhos ardiam com a confusão dentro dela.
Planejou chegar em casa silenciosamente e esgueirar-se até seu quarto sem ter que dar explicações para ninguém, mas desistiu assim que a porta explodiu atrás de si com força exagerada. Encolheu os ombros e suspirou, largando a mochila em qualquer lugar e se jogando no sofá.
Passos foram ouvidos saindo da cozinha.
Michael pressionou uma almofada com força contra o rosto, esperando que, como uma esponja, ela sugasse aqueles pensamentos desconexos que martelavam sua mente.
— Filho? — uma voz suave soou, vinda de trás do sofá — Está tudo bem?
O garoto sob a almofada fez um biquinho. Não estava bem, mas definitivamente não queria falar sobre aquilo. No entanto era infinitamente difícil esconder seus sentimentos dos pais, uma vez que esses o conheciam bem demais. Limitou-se então a cruzar os braços e grunhir.
Ashton sorriu condescendente.
— Como foi o seu dia hoje na escola? - ele perguntou, bagunçando levemente os cabelos do filho — Super divertido?
O cacheado esperou Michael responder, mas o garoto não o fez. Todos os dias depois da escola Michael chegava emburrado reclamando de alguma comida do refeitório ou um dever complicado demais — não era exatamente novidade. Rindo do drama diário, Irwin retirou a almofada vermelha de sobre o rosto do mais novo.
Parou de rir assim que viu os olhos úmidos e a expressão triste do menor.
— Oh, Mike. O que aconteceu? — Ashton franziu as sobrancelhas, dando a volta no sofá para abaixar-se a frente do outro. Michael se sentou, sentindo ainda mais vontade de chorar por ser tão fraco com os seus sentimentos e enxugando com as mãos as lágrimas que escorriam.
O pai preocupado segurou seus pulsos gentilmente, retirando-os da frente do rosto que escondiam. Viu que o garoto tinha os lábios duramente cerrados, tentando impedir o choro que apertava a garganta.
— Michael, por favor, o que houve? —
Ashton sentiu seu coração apertar ao sentir que havia algo realmente errado — Conta pro seu pai. Você sabe que pode me contar qualquer coisa. Me deixe ajudá-lo.Michael suspirou profundamente, tentando não balbuciar como um bebê idiota. Mas assim que abriu a boca pra falar, apenas um fio de voz agudo irrompeu, iniciando soluços contínuos. Ele abraçou a almofada, afundando o rosto ali e tentou inutilmente abafar os sons que fazia. Irwin sentou ao lado do filho, abraçando-o pelos ombros e tocando seus cabelos loiros e lisos.
Esperou que o choro cessasse para falar — Tudo bem, Mike. Está tudo bem, eu estou aqui. Me conte o que aconteceu, vamos.
A criança suspirou ainda trêmula, olhando para as próprias mãos e decidindo se seria pior ou não tentar explicar a situação.
— É-é o Luke e..
— O Luke? — Ashton franziu a sobrancelha — Seu coleguinha?
Michael assentiu vacilante.
— O que ele fez a você?
— N-não é o que ele fez a mim, pai — a voz do menino subiu duas oitavas, aguda. Mordeu o lábio tentando se acalmar — É-é o que estão fazendo com a gente.
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unique ♡ 》 cashton
Fiksi PenggemarO amor não tem gênero, religião ou raça. O amor é o que define nosso caráter e nos oferece a beleza de ser humano. É o que nos difere como únicos e ao mesmo tempo nos junta como iguais.