11 de ABRIL 1912 - Titanic

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Acordei com minha mãe arrumando as malas.
- Mãe o que você está fazendo? - Disse.

- Vamos se mudar para o Nova York, querido.

Eu não consigo entender.
- Mas mãe, como nós vamos para Nova York?

Ela respondeu.
- Nós vamos viajar no Titanic. Para Nova York.

Eu perguntei:
- Mãe, por quê? Por que nós vamos para Nova York?

- Por que.... Por que...Por que seu pai não é medico? Então, seu pai ganhou uma oportunidade de trabalhar no melhor hospital, que portanto, nós vamos viajar no Titanic.

Mas uma coisa me afetava:
Vou deixar a minha avó.
Minha prima.
Meus tios.
Meus amigos e amigas.

Isso é uma coisa bastante corrido para mim.
Chegando a cozinha, vi uma pequena carta, me dava uma tentação, e aí peguei e li.
Caro Dr. Manoel.
Estamos lhe dando a oportunidade de trabalhar no melhor hospital dos Estados Unidos da América, que fica em Nova York. Esperamos a sua resposta.

Bom, ele aceitou, mas eu não queria ir. Diz minha mãe que nós vamos viajar em um cruzeiro de luxo, ficamos na primeira classe.

Preparando minhas malas, minha mãe pergunta:
- Miguel, você que ir mesmo para o trabalho no do papai?

- Não. Você que ir, não quer?

Ela deu um pequeno suspiro.
- Bom, Miguel. Você quer ver o papai solitário, morando sozinho sem ninguém para dizer "Como foi seu dia" ou "como foi seu trabalho"?

- Não, não desejo isso a ninguém. Ficar solitário é tipo: você ficar em uma sala, sendo que o único passa-tempo é a saudade e a trisreza.

Eu amo meu pai, mas não queria ir. Mas quem sou eu para dizer o que deve e que não deve fazer. Agora, eu sou obrigado a passar a morar em Nova York e fazer, nem tanto, novos amigos.
Pai, boa-sorte!

O Garoto No Titanic (Conto concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora