Recarga II

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Entro no ônibus e dou graças que o motorista já arrastou, vou seguindo pro primeiro lugar vazio que minha mente percebe, ela não está mais tão rápida, a velocidade de tudo voltou ao normal, e eu ainda estou tentando entender. Como que por impulso por não entender e uma atração familiar olho para janela, e sentada nela está aquela ruiva de mais cedo, percebo que ela não é tão bonita assim de perto, mas tem um corpo bem interessante.

-Isso foi bem indelicado da sua parte.

Ouço aquela voz de novo... mas... Não está em minha mente, percebi que a frase saiu da boca dessa ruiva. Fico assustado e sem voz para falar. Ela está realmente falando comigo????????

-Você podia ter guardado esse comentário pra você. Sei que não sou linda, mas isso foi muito indelicado.

-COMO? QUEM? PORQUE? HÃ?- eu estava gritando, e as pessoas me olhavam como se eu fosse maluco

-Pare de fazer zuada, te explico tudo depois, deixa a gente chegar.

-Pra onde vamos? - só então me dei conta que eu não sabia qual o ônibus eu tinha entrado

-Fica quieto e espera, você é muito agoniado, e você nem merece que eu fale com você depois do seu comentário.

Resolvi ficar calado esperando esse tal lugar onde iriamos chegar, será que ela ouve tudo que eu penso?

-Nem tudo, mas você tem que aprender a parar de pensar tanto.

Resolvo não pensar em nada importante até chegarmos, chega uma hora que ela pede o ponto e descemos, percebo que estou em frente a biblioteca, ainda quero que ela se explique, mas espero o tempo dela. Vamos até um lugar mais afastado e vazio da biblioteca.

-Bem, então vamos lá... Por onde eu começo? - ela parecia estar perguntando mais pra ela do que para mim.
"Pelo começo"
- Sem piadas sem graça tá Theo - como ela sabe meu nome? - Enfim, você pode dizer que sou um tipo de fada, ou conselheira, guardiã , ou todas as coisas.

-.... Você ta de zoa né?

-Não, isso é serio, eu sou um tipo de fada e você é um elemental, um ser capaz de manipular elementos da natureza, e como tal, você tem que aprender como usar o seu poder, e é por isso que estamos aqui.

Eu realmente não queria aceitar aquilo, mas queria ver até onde aquilo ia, ela me explicou também que as guardiãs como ela, tem um poder mental mais desenvolvido que os humanos, então são capazes de ler intenções, e em alguns caso, a mente de seu "protegido" dependendo da intenção que ele esta passando. Ela disse que sempre ficou por perto desde o meu nascimento esperando que eu mostrasse meus poderes pois todos os candidatos devem ser acompanhados e protegidos, na verdade, nem ela sabia qual o meu elemento até aquele fio aparecer.

Me explicou que elementais são abençoados por algum dos antigos deuses que regem os elementos bases, esses seres são capazes de dominar um dos 5 elementos principais, e seus correlacionados, por exemplo, um elemental de fogo, seria capaz de utilizar um pouco do elemento ar e o subsequente raio, pra cada elemento posterior, seu domínio seria mais fraco, alem de ser muito mais difícil de treinar, então a maioria se foca somente em seu próprio elemento já que mesmo com uma vida inteira, você não consegue domínio total. Falou também sobre as combinações, mas disse que eu deveria seguir ela que eu aprenderia muito mais.

Ela disse que diferente dos elementais, que manifestam ou não seu elemento durante a vida, as fadas já nascem em um elemento, e como vivem bem mais, conseguem se dedicar a outros durante a sua vida, mas enquanto seu protegido elemental não despertar seus poderes, a guardiã também não consegue dominar todos os elementos, e que apesar do que seria o normal, ela despertou poderes do Fogo desde o inicio de sua vida e depois que eu despertei o meu ela só conseguiu sentir a influência da Água, e que era estranho pois ela deveria sentir ao menos dois novos elementos e eles não deveriam ser tão opostos. Ela então foi até a estante e puxou 5 livros, cada um tinha um nome de um elemento base. Fogo, Água, Terra,  Ar e Energia, também conhecido como Raio. Logo em seguida a estante abriu e apareceu uma escadaria .

-Vamos, não temos tempo a perder. Se quer saber mais, precisamos ir.

Eu não acreditava em uma palavra do que ela disse, mas a curiosidade me movia em direção as escadas.

-Mostre o caminho

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