Capítulo 12

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Acordei. Ana me encarava da minha cama. Ela sorriu.

- Boa tarde bela adormecida - disse ela.

Sentei, percebi que Patch já havia levantado, pois a cama do meu lado estava vazia.

- Ele foi comer alguma coisa - disse Ana.

Olhei para ela.

- Você ta gostando dele não é? Da pra perceber isso na sua cara - disse ela.

- Eu não sei - disse - Eu me sinto muito bem quando estou do lado dele.

- Pra falar a verdade eu sempre achei que você e Ethan iam ficar no final - disse ela - Mas agora já não sei mais.

Concordei.

- O que? Eu e Ethan?

- Dava pra sentir o cheiro dos hormônios ate na China - disse ela.

- Nada a ver - disse.

- Você sabe que no fundo eu to certo.

Fiquei quieta, pois no fundo ela estava certa.

Bateram na porta.

Ana levantou e fui abri-la. Era o diretor.

- Boa tarde meninas - disse ele - Vim avisar que amanha as cinco da tarde partiremos para a casa.

- Ok - disse.

- Tenho um ótimo resto de dia.

Ele saiu e Ana fechou a porta.

- A paz acabou - disse ela - Vamos voltar pro inferno.

- Só vai ter uma semana de alunas - disse.

-Eu sei - disse ela - Ai finalmente. LIBERDADE.

Dei risada dela.

Um trovão ecoou pelo quarto me assustei.

- Que estranho - disse Ana - Não estava com cara de que iria chover.

Levantei e fui para a janela. O tempo estava escuro, iria cair uma bela de uma tempestade.

Olhei para Ana assustada.

- E agora? - perguntou.

- Quero meu irmão - disse.

- Vamos pro quarto dos meninos antes que chova.

- Vamos.

Saímos do quarto e fomos correndo pro quarto dos meninos.

Eu e Ana morríamos de medo de tempestade, não sei porque mais toda vez que começava um tempestade íamos a procura de alguém que nos sentíamos seguros.

Chegamos na frente do quarto dos meninos.

Havia sangue na varanda, muito sangue. Olhei assustada para Ana.

- O que vocês fazem aqui? - perguntou Lucas atrás da gente, ele olhou pro chão e arregalou os olhos - O que é isso?

- Cadê o Patch? - perguntei.

- Eu não sei - disse ele - Quando sai ele ainda não havia chegado.

- Merda - disse Ana - A porta ta trancada. Patch.

Ana o chamou e nada dele respondeu.

- Sai da frente - disse.

- O que você vai fazer? - perguntou Lucas - Arrombar a porta, isso é madeira reforçada, ate para um lobisomem é difícil.

Não disse nada, com uma força que eu não sei da onde eu tirei chutei a porta, que abriu com tudo. Ana com agilidade entrou, entrei logo atrás, Lucas estava paralisado olhando a porta, agora arrombada.

O chão do quarto também havia sangue, Ana foi ate a porta do banheiro e se chocou contra ela que abri. Ela arregalou os olhos e logo fecho.

- Acho melhor esperarmos aqui - disse ela.

Entendi o que ela disse, queria da risada, mas não conseguia estava preocupada demais com Patch, olhei para Lucas que ainda encarava a porta.

Ele fechou a porta e tentou arromba-la, depois de muito esforço coseguiu.

Ta! OK! Agora eu fiquei assustada, como eu consegui arrombar aquela porta? Nem porta normal eu conseguiria com a minha força. Olhei assustada para Ana.

Patch saiu do banheiro enrolado em uma toalha, ele nos encarou confusos.

- Será que eu não...

Ele paro de falar quando viu a porta com o trinco quebrado.

- A não Lucas - disse ele - Não acredito que você vez isso de novo.

- O que? Dessa vez não fui eu - disse Lucas levantando a mão em forma de rendição, ele apontou pra mim - Foi ela.

Patch me encarou, dei de ombros.

- Não me perguntei como. - disse.

- Da onde você tirou essa força toda? - perguntou - Essa madeira é reforçada difícil de ser arrombada, já colocamos essa pra não correr o risco de Lucas quebrar de novo.

- Já arrombou a porta? - perguntei.

- Estava bêbado - disse ele - Mas eu não sou o caso aqui.

- Eu vi sangue - disse, mas fui cortada por um trovão, me encolhi - Pensei que estava machucado.

- Levei um soco no nariz - disse ele - Acho que quebrei, ta doendo e não para de sangrar.

- Se meteu em briga? - perguntou Lucas.

- Não - disse Patch - Fui comer alguma coisa, do nada cadeiras voaram, um cara todo musculoso entrou bêbado e começou a brigar com todo mundo. Continuei sentado comendo, então ele veio ate mim e me deu um soco, doeu.

- Desculpa por entrar assim no banheiro - disse Ana.

- De boas - disse Patch me encarando.

O nariz dele começou a sangrar de novo. Fui ate o banheiro e peguei papel e molhei.

- Lucas vai pegar um kit de primeiros socorros - disse.

- Mas ta chovendo.

- Eu vou com você - disse Ana o abraçando.

Os dois saíram, fui ate a porta e encostei, tive que colocar um tênis que achei de baixo da cama para segurar fechada.

- Senta - disse pra Patch.

Ele se sentou, fui ate ele levantei sua cabeça. Outro trovão ecoou, tremi de medo.

- Tem medo de tempestade? - perguntou.

- Tenho - respondi sabendo que não ia adiantar esconder - Fica quieto, que eu vou limpar o sangue, se doer você pode... - peguei a mão dele e coloquei em minha cintura - pode apertar minha cintura.

Patch sorriu, mas ficou quieto.

Comecei a limpar, dei uma olhada no nariz dele, estava fora do lugar, como eu sabia? Eu não sei.

- Preciso coloca-lo no lugar - disse - Vai doer um pouco.

Ele concordou, coloquei a mão em seu nariz e o voltei em seu lugar em um movimento rápido. Patch aperto minha cintura, começou a sair mais sangue.

Eu não fazia a mínima ideia do que estava fazendo. Só sabia que eu tinha que fazer aquilo. Patch ainda apertava minha cintura, ainda com a mão em seu nariz fechei os olhos. Era difícil o ver passando dor, como eu queria que ele não tivesse se machucado.

Patch se solto da minha cintura, outro trovão ecoou. Me afastei um pouco.

- Vai ficar tudo bem - disse ao ver a cara de espanto dele.

- Mel - me chamou - Não sei como você fez isso, mas você curou meu nariz.

- Que?

InalcançávelOnde histórias criam vida. Descubra agora