Capítulo 21

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Acordei com a luz do sol batendo em meu rosto. Virei de lado, a cama estava vazia, sentei rapidamente e encarei o quarto, nada de Ana.

Havia um bilhete em cima da mesinha, levantei e o li.

"Mel, tive que sair cedo para resolver umas coisas. A tarde a gente se vê"

Bufei.

Porque todos falavam que iam resolver umas coisa, não podiam falar o que iam resolver logo, argh.

Coloquei uma roupa e sai do quarto, as luzes estavam todas apagadas.

- Pai? Jack?

Ninguém respondeu, fui ate a cozinha, escutei um barulho. Peguei a frigideira que estava na pia.

- Bu - gritou alguém atrás de mim.

Me virei com tudo, pronta para dar uma frigiderada na cabeça da pessoa, quando vi que era meu irmão.

- Meu deus do céu! Por um momento achei que ia morrer com uma frigideira - disse ele.

- Desculpa - disse colocando a frigideira na pia - Você me assustou.

Outro barulho veio da sala.

- Alana esta aqui? - perguntei tentando olhar para sala.

- Não - respondeu - Estamos sozinhos.

Um barulho de salto batendo no chão, vindo em direção da cozinha chamou minha atenção.

No começo pensei que era Ana, mas então vi uma mulher, ela era jovem, tinha cabelos pretos lisos e grandes e usava um vestido apertado. Ela era linda.

- Uou! Quem é essa? - perguntou Jack.

Puxei ele para trás de mim.

- Melanie Clark - disse ela sorrindo, um sorriso diabólico - Confesso que pensava que você era bem melhor.

- Quem é você? - perguntei com a voz firme.

Ela sorriu mais ainda.

- Prazer - disse ela estendendo sua mão - Me chamo Isabelle Tenner.

Jack esticou o braço para cumprimentá-la, mas puxei seu braço e o olhei feio.

- Como entrou aqui? - perguntei.

- A porta tava aberta - disse com tom de inocente.

- Como sabe meu nome?

- Todos sabemos seu nome - disse ela sorrindo - Quero que venha comigo.

- Não vou a lugar nenhuma com você - disse.

Ela revirou os olhos.

- Como sempre você sempre complicam - disse ela, seus dentes afiados apareceram.

Jesus! Ela era uma vampira.

- Deus! - exclamou meu irmão. - Essa dentadura é ótima, ate parece ser de verdade.

- Cala a boca Jack - disse - Sai daqui.

- Mas...

- Agora - disse.

Jack bufou se virou para abrir a porta e ir para o fundo da casa, quando em um piscar de olhos Isabelle apareceu na frente dele, suas presas saltaram mais ainda pra fora.

Puxei Jack com tudo para trás, fazendo ele cair e deslizar no chão.

Da onde eu havia tirado essa força?

- Você vai comigo - disse ela - Ou eu mato seu irmão.

- Você não vai tocar no meu irmão, nem em um fio de cabelo - disse.

- Vamos ver - disse ela.

Antes dela conseguir ir para o lado do meu irmão, que ainda estava no chão de boca aberta, agarrei o braço dela e o torci para trás. Ela urrou de dor.

- Vadia - gritou.

Ela me jogou contra a parede. Minhas costas, parecia que havia quebrado algo, a dor me atingiu. Isabelle deu risada e me deu um soco.

Antes mesmo dela poder dar outro, caiu de lado. Ana e Patch estavam na minha frente.

Cai sentada no chão, sem ar.

Ana sumiu com Isabelle para fora de casa, Patch se abaixou em minha frente.

- Você ta bem? - perguntou.

- Meu... Meu irmão - disse.

Patch encarou Jack, que ainda escava sentado no chão, olhando assustado.

- Ele esta bem - disse Patch - Só assustado e confuso.

- Jack - disse.

Engatinhei ate Jack e abracei ele.

- O que foi aquilo? - ele perguntou.

Me afastei dele e o encarei.

- Eu to fincando louco? - perguntou - Eu estou ficando louco, é isso né.

- Não, Jack. Você não esta louco - disse.

- Mas... O que... O que aconteceu aqui - disse ele - É impossível. A velocidade dela, a sua força. A sua força.

- Porque todos se impressionam com minha força? - perguntei para ninguém em especial - Não pareço sem tão fraca assim.

Ana entrou e encarou todo mundo.

- Ela não vai atrapalhar você por algum tempo.

- Mel - chamou Patch.

Encarei ele.

- Você ta machucada - disse.

- Não estou não - disse.

- Esta sim - disse Ana.

Patch tocou no canto do meu lábio, depois me mostrou o sangue. Não consegui tirar os olhos dele.

- Mel...

Escutei a porta bateu. Olhei para os lados, meu irmão estava ali. Droga.

Sai correndo para fora de casa, alcancei Jack e segurei seu braço.

- Onde você vai? - perguntei.

- Preciso tomar um ar - disse ele - Isso tudo é loucura.

- Também queria que fosse mentira - disse - Mas não é, vem, vou te explicar tudo.

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