CEO: Quebre Todas As Regras Vol 2 **Degustação**

Capítulo 5: Reencontro

Capítulo V

Reencontro

A vitória está reservada para aqueles

que estão dispostos a pagar seu preço

(A arte da Guerra - Sun Tzu)

Ana me encarava aturdida.

-Vem Bella, deve estar te confundindo com outra pessoa. - Ele insistiu tentando convencê-la.

- Para Diego! - Protestou, desvencilhando-se para caminhar até mim.

Não pude evitar de sorrir ao ver como ela o afastara. O rapaz me encarava, um olhar furioso, talvez fosse uns dez ou quinze anos mais jovem que eu e mesmo com aquele porte atlético que ostentava eu seria capaz de eliminá-lo, aquela seria uma boa luta.

- Disse que me chamo Ana Karvat, mas não disse o seu. - Respondeu em tom investigativo.

-Robert Pipermen , mas quando estávamos sós, você me chamava de Dom.

Quase pude ouvir seus pensamentos, maquinando tão rápido, a procura de nossas memórias, e não consegui evitar a dor do desapontamento quando ela balançou a cabeça e suspirou.

- Desculpe, mas não lembro de nada.

Precisava pensar rápido antes que fosse tarde.

- Ninfa, cinco minutos é só o que eu peço. - Pedi dando um passo a frente, diminuindo ainda mais a distância entre nós.

Ana olhou para Diego que tentava esconder sua impaciência.

- Pode ir na frente, daqui a pouco te alcanço. Cinco minutos, é o tempo que tens senhor Pipermen.

O rapaz saiu contrariado. "Ponto para mim" Sorri, diante da primeira vitória, mesmo que ínfima perto da guerra que eu estou disposto a travar pela minha ninfa.

- Vem vamos sentar ali. - Disse apontando para o banco debaixo de uma imensa árvore.

Observei sua silhueta, ela havia mudado, suas pernas mais grossas e talvez a bunda estivesse um pouco maior, "mais gostosa". A despi mentalmente, imaginando como seria comê-la ali.

- Estava olhando pra minha bunda? -Protestou indignada.

Sentada na posição de lótus, eu dei uma risada.

- Mais apetitosa do que eu me lembrava. - Confessei.

_Escuta aqui sem cantadas baratas, ok?Nem faça eu me arrepender. -Bufou.

"Controle-se Robert, pense com a cabeça de cima " Sentei ao seu lado, Ana tamborilava os dedos de maneira impaciente na coxa branca.

- Certo, me desculpe. É tão surreal olhar para você. Chegou um momento que perdi as esperanças de te encontrar.

- Então por que não me procurou? - A voz carregada de mágoa e ressentimento, agora suas delicadas mãos mexiam na barra do shorts, evitando me olhar diretamente.

- E quem disse que não te procurei? Você me abandonou no altar, fiz tudo o que estava ao meu alcance pra ter seu amor, ignorei minha natureza de dominador. Passei por cima do meu orgulho e me dispus a mudar por você, um casamento surpresa a maneira de eu declarar meu amor por ti, e quando não apareceu no altar, eu simplesmente perdi o chão, achei que tinha mudado de ideia e fugido com Marcos. No dia seguinte procurei você por todos os lugares, hospitais, necrotérios, mas tinhas desaparecido sem deixar um único rastro.

Era tão difícil continuar, senti um aperto no peito, não conseguia continuar, nunca havia conversado sobre aquela noite com ninguém.
- A dor de não sabe foi terrível. - peguei sua mão trêmula e segurei entre as minhas. - Não saber onde e como você estava, não saber se voltaria a sentir sua pele, o sabor dos seu lábios, o cheiro de morango que emana de seus cabelos. É difícil acreditar que nossa história foi apagada, tudo foi intenso demais.