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POV Dinah

Encontrei Lauren no tribunal, eu via em seus olhos o quanto ela estava nervosa. Esperei Whitmore a deixar sozinha e fui até ela. 

— Hey— Lauren me abraçou e começou a chorar em meus ombros. — Lauren, olhe para mim, pare de chorar.

— D-D-Dinah e-eu estou com medo. — Eu via em seus olhos o quanto ela estava apavorada. 

— Eu sei, Lo. Preste atenção no que eu vou dizer — Ela assentiu e eu continuei — Tem um advogado da família Healy aqui, não demonstre fraqueza, eu vou dar o máximo de mim e por favor tente não chorar quando for falar sobre Camila, ok? 

Lauren balançou a cabeça freneticamente em concordância e ouvimos o nosso caso sendo chamado.

— Caso 1326, os presentes compareçam ao tribunal.

Vi o policial levando Lauren para o centro do tribunal e me dirigi à bancada ao lado da ré.
O juiz se chamava Thomas Whitmore, sim, Whitmore. O homem era calvo, um tanto quanto gordo e aparentemente ranzinza. Infelizmente o delegado Patterson mandou o caso de Lauren para o tio do policial Whitmore o que praticamente fodeu a situação toda. Espero que ele não use nenhum argumento absurdo, seria idiotice.
O advogado dos Healy era Timmothy Turner, ele sempre defendeu Matty todas as vezes que a polícia o prendia, não sei porque está aqui já que nenhum dos Healy está presente.
Depois que todos estávamos em nossos devidos lugares o juiz começou a falar.

— Lauren Cabello-Jauregui, acusada de assassinar Matthew Timothy Healy no dia 13 de novembro. Delegado Patterson, o senhor tem a palavra. 

O delegado não estava aqui para depor nem contra nem a favor de Lauren, ele estava aqui para contar o ocorrido, o que eu acho desnecessário já que Lauren iria falar isso depois.

— Bom Meritíssimo, a ré foi presa temporariamente dia 14 de novembro logo após terem sido encontradas suas digitais no revólver que foi achado junto ao corpo da vítima. 

— Só isso, delegado? — O juiz não tirava os olhos de Lauren enquanto a mesma olhava para todos os lados, nervosa com toda a situação.

— Sim, Meritíssimo.

— Doutor Turner, prossiga.

Turner levantou a começou a andar pela sala até a bancada do juiz.

— Eu gostaria de chamar a senhora Jauregui para o banco dos réus.

Lauren olhou para mim e eu assenti para que ela obedecesse ao advogado.

Depois que Lauren sentou, Turner prosseguiu.

— Lauren, juras falar somente a verdade e nada mais que a verdade? 

— Juro. - Disse ela, com a mão direita erguida.

— Lauren, na hora do ocorrido aonde a senhora estava?

— Jantando com minha esposa. — Eu percebi que Lo não sabia como se dirigir à Turner, mas tudo bem.

— Pode relatar o que a senhora fez no dia do assassinato?

— Claro. Eu fui trabalhar às 8 horas como sempre faço, ao final do expediente fui ao restaurante B.O. Gourmet com minha esposa e quando saímos encontramos Matthew.

— Pois bem, ele estava acompanhado?

— Não, ele estava sozinho.

Turner voltou à sua mesa e pegou um envelope.

— Aqui dentro eu tenho fotos do corpo de Matthew Healy. Eu quero que dê uma olhada e prossiga com o relato.

Vi Lauren abrir o envelope e a cada foto que ela encontrava, mudava a direção de seu olhar para mim. Seu rosto estava pálido e seus olhos iam se enchendo de lágrimas.

Never look backOnde histórias criam vida. Descubra agora