Levantei umas três horas da manhã com imensos barulhos de ventos vindo da minha janela.
Levantei correndo abri a janela coloquei a esperança pra dentro do meu quarto em cima das flores da mesinha fechei novamente a janela e deitei na cama, e levemente adormeci.
Acordei umas oito horas da manhã, abri a janela como sempre e por incrível que pareça o sol estava lindo, peguei a minha borboleta e coloquei nas flores da janela.
Ao pegá-la percebi q uma de suas asas estava meio trotinha e q ela não estava voando.- bem, pode ser pelo fato dela ainda ser muito nova e que suas assas ainda nao esticaram - falei pra mim mesma.
Abri a porta e fui ao banheiro, escovei meus dentes, lavei meu rosto e fui a cozinha pega três biscoitinhos.
Ao chega na sala vi que meu pai não tinha ido trabalhar por que a porta estava aberta.
Olhei pela janela e o vi conversando com a mesma vizinha que tinha me visto com o Muriel.
Corri para o meu quarto e mandei uma mensagem pra ele.Amor não venha aqui hoje....
Meu pai esta em casa ....
Eu te amo :-)Ao termina a mensagem escutei a porta da sala bater com muita força,e pegadas fortes subindo a escada.
Me cobri com o edredão e fingi estar dormindo.
Depois de uns dez segundos escuto sons de batidas em minha porta
- YARA acorda, quero fala com você - ele falo com uma voz grossa, como se estivesse com muita raiva.
- estou indo - tentei fala com a voz mas doce possivel, mas era quase impossível por que o nervoso era muito grande, fazendo meu coração pular pela boca.
Abri a porta, tentei não parecer nervosa.
Ele entro sem fala nada sento em minha cama mando eu sentar do lado dele.- Você sabe quais são as regras que eu coloquei nesta casa não sabe ?
- Sei sim - e antes que eu pudesse fala algo ele me interrompe e vai logo no assunto.
- Olha só, a vizinha me falo que você esta muito grudada com o filho do vizinho ao lado, e que você esteve na varanda de casa com ele, você sabe que eu não quero isso e sabe que você não pode fica lá fora.
Tem algo a dizer sobre isso ? - ele indagou olhando furiosamente em meus olhos.Eu não sou uma pessoa muito calma e paciente, ainda mas com meu pai, que se acha o dono do mundo.
- Eu so quero um pouco de alegria, eu estou presa nesse inferno de casa, sou obrigada a fazer coisas que eu não deveria fazer. Sim eu falo com ele, ele vem aqui em casa, ele e so um amigo, eu preciso dele por favor....
- Você sabe o que eu acho sobre isso, espero que não se repita mas.
Ele olhou em meus olhos cheio de lágrimas como se não desse a mínima pro que eu sentia, na verdade ele não da.
Ele levanto e saiu, fui logo atras e fechei a porta com toda a minha raiva.Em choros olhei pra minha janela e vi a minha borboleta, a minha esperança que estava pronta pra voar e ir em Bora.
Comecei a chorar e a querer fazer coisas que um dia eu ja fiz e ja pensei, e simplismente abri a gaveta do meu guarda-roupas, e ela estava lá, do mesmo jeito q eu tinha deixado ela a 2 anos atrás, a unica coisa que poderia arranca a minha dor, a minha querida gilete.
peguei ela e como em um pisca de olhos gotas vermelhas de sangue caíram no chão, gotas de alivio, gotas que rancam toda a dor de meu corpo.
Preferir não ter uma borboleta em minha alma, mas sim espinhos, por que é disso que realmente sou formada, de espinhos pontiagudos.
Limpei o sangue do meu braço e os pingos do chão, meu pai ja havia saído, e eu como sempre tenho que fazer tudo, só que desta vez não com um sorriso, mas com a dor no meu olhar, a dor de uma pessoa que não queria ver mas a vida.
E meu dia se vai mas uma vez, Muriel me mando várias e várias mensagens, mas a dor e a capa do silêncio me envolveu me fazendo esquecer de tudo e de todos, me fazendo volta a ser a menina deprimente e solitaria que não queria mas ver a luz do sol.
" As dores do corte não chegam nem perto das dores da alma "
A borboleta da minha alma morreu sufocada pelos meus espinho, deixando apenas uma largata presa e solitaria.
