Alice era uma menina! Menina dócil, alegre e extrovertida até que chegou um dia que as dores da vida fizeram ela se tornar triste, depressiva e suicida. Ela era uma menina um pouco complicada, impulsiva e as pessoas que ela mais amava a abandonaram. A vida tirou toda a felicidade dela e só trouxe tristeza, dor, sofrimento e solidão e aquela menina alegre que ela era antes, não existia mais. Agora ela é uma menina pensativa, calada, solitária, grossa e fria, mas é só pq ela não quer ser magoada outra vez, todas as pessoas que ela amava a abandonou, ninguém intendia ela. Se alguém olhasse no fundo dos seus olhos pudia ver o abismo que ela tava, podia ver a dor e o sofrimento dela, mas ninguém se importava. E pra aliviar toda sua dor ela passou a se corta e isso se tornou como um vicio, mas era a única solução que ela tinha pra amenizar sua dor as lâminas eram suas "Melhores amigas". As pessoas achavam que ela estava feliz só pq ela sorria, mas na verdade ela só não queria ter que explicar nada pra ninguém. As pessoas só viam a sua dor quando via os seus pulsos cortados e muitos começavam a falar coisas "Doida" "Fraca" "Se mata logo, não vai fazer falta" ela saia correndo e chorando pra casa e em seu quarto com suas lâminas ela tentava esquecer tudo que ela ouviu, tentava amenizar sua dor em cada corte. As palavras machucam e talvez as pessoas não saibam o peso de uma palavra e as consequência que ela pode causar pra quem as ouvem. Ela só queria alguém que não a julgasse, alguém que a compreendesse e por mais complicada que ela seja alguém que ficasse, permanecesse sempre ao lado dela e não foce embora da vida dela, ela só queria amor, mas ao se olhar no espelho ela se perguntava "Como alguém pode me amar? Eu sou feia, complicada, só ajo por impulso e acabo magoando as pessoas que amo, sou grossa, arrogante, impaciente. Como alguém poderia me amar?" Ela se olhava no espelho e acreditava que era horrível e se acabava em suas lágrimas e dizia pra si mesmo "Ninguém nunca vai me amar, eu não sou uma pessoa amável, e caso alguém um dia possa se interessar por mim ao me conhecer teria medo, quando visse que eu era complicada iriam embora como todas as outras pessoas sempre fizeram, ninguém nunca ficou na minha vida, sempre partiram, sempre foram embora, afinal qual pessoa lutaria por mim? Qual pessoa poderia insistir em mim? Eu entendo até eu quero desistir de mim.Eu só queria alguém que entrasse na minha vida e jamais saísse, que apesar de eu ser complicada não desistisse de mim" ela estava conformada com isso a vida fez ela se fechar e se trancar em um mundo que era somente dela. Ela passa a madrugada chorando, se cortando e ao amanhecer colocava novamente sua mascara de "Menina Feliz" e assim era sua rotina, não tinha um dia se quer que ela não se cortasse ela se perguntava "Pq a vida é tão cruel comigo?" "Eu quero morrer". Nos seus olhos azuis se escondia uma escuridão, um abismo, um mar de tristeza. Mas todos os dias ela lutava para tentar ficar forte, mas todos os dias acontecia algo cada vez pior para a enfraquecer, ela só queria e precisava de alguém que chegasse nela e fale-se "- Me abraça, eu tô aqui, eu nunca vou te abandonar" isso com certeza iria a ajudar e amenizar sua dor, alguém que ficasse com ela, a entendesse e nunca desisti-se dela por mais complicada que ela seja. Mas ela era uma espécie de "Tanto faz" na vida das pessoas, ela era exatamente uma página, mas nunca séria um livro na vida de alguém, ela sempre seria um "era uma vez" mas nunca um "feliz pra sempre". Todos queriam optar sobre uma dor que ela sentia sozinha, todos a julgavam mas nunca procurava saber o que ela sentia e se ao invés de julgar procura-sem entender-lá talvez isso a ajudaria. Em casa ela podia ver o amor que os seus pais davam ao seu irmão, mas não davam a ela, era como cuidassem dela somente por obrigação por terem a colocado no mundo. Na escola um garoto chegou nela e falou - Garota você é doida, odeio pessoas que se cortam, bando de otário. Ela respondeu - Eu não tenho culpa de ser assim e eu também me odeio. E saiu correndo para o banheiro e desabou em lágrimas pegou suas lâminas na mochila e começou a se corta em seguida foi em bora em rumo a sua casa e nos corredores as pessoas falavam "Olha a maluca" "Suicida" "morre logo não vai fazer falta pra ninguém" enquanto isso lágrimas escorriam em seu rosto. Ao chegar no ponto de ônibus tinha um garoto e o garotinho perguntou pra ela - Você é um anjo? ela logo diz - O que? Garotinho: - Minha mãe disse que aqueles que tem os pulsos marcados são anjos. Ela: - Eu não sou um anjo. Garotinho: - É claro que é ! Mamãe disse que os anjos que se cortam é pq eles não gostam da vida na terra, eles tentam se matar pra voltar pro paraíso, eles são muito sensíveis, a dor do outro e deles mesmo. Ela: - Você sabe, sua mãe é muito sábia. Garotinho: - Ela também é um anjo, mas já voltou para casa. Seu ônibus chega e ela sobe e fica olhando pra quele garoto, ao chegar em casa ela encontrar seus pais brigando novamente. Ela estava cansada de tudo isso de ver seus pais brigando todo dia, das pessoas a humilharem, criticarem, tava cansada de sofrer, de fingir estar bem, tava cansada de tudo, ela era um anjo e queria voltar pra casa. Trancada no seu quarto os seus fones de ouvido no volume máximo escultando uma de suas músicas preferidas do Link Park "Chop Suey" que em sua letra dizia:
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Lágrimas de sangue, chorando pelos pulsos.
RandomÉ um livro com frases, com pequenos texto e história, e com desabafos, sobre pessoas que faz automutilação como forma de se sentir melhor.