O sol do final de tarde se forma e acrescenta uma cor avermelhada e garante pelo menos uma boa visão para quem vai se jogar daqui a pouco.
Sim, você não leu errado. Daqui a pouco vou me jogar deste lugar e meu corpo vai cair de uma grande altura em direção ao solo. Meus membros irão sofrer pelo impacto e retorcerem, além de meus órgãos ficarem expostos por todos os cantos, como uma mancha de tinta que respingou numa tela, sem direção exata.
Vou ter alguns segundos para pensar em algo bom, pois com o choque que meu corpo vai sofrer no solo, creio que será instantânea a morte, mas sei lá, nunca perguntei de quem sobreviveu a uma queda qual a sensação, logo, imagino um cenário de rápida conclusão: queda-impacto-morte.
Pronto! Assim acaba tudo... ou não?
"A menina que se suicidou da sacada", "a menina que se jogou do prédio", e outros nomes são os que me vem à cabeça quando as pessoas comentarem a minha trágica história pelas ruas, pela internet, pelas cidades etc.
Aposto que sequer vão lembrar do meu nome e nem do meu rosto daqui a um tempo, apenas da minha estupidez de ter se jogado da sacada de um prédio e de ter somente dezessete anos ao fazer isso. "Que triste, tão nova", "ainda tinha uma vida inteira pela frente" e outros sermões virão infestar meu túmulo quando descobrirem minha identidade. Sempre é assim.
Busco algo no bolso pequeno que há neste vestido e encontro um pequeno objeto, envolto em uma embalagem, aquele que me acompanhou durante toda a noite e ficou esperando sua chance de me alegrar nos momentos finais. Meu último doce em vida.
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Os Doces Pensamentos de uma Amarga Suicida
Bí ẩn / Giật gân"Sim! Eu vou morrer daqui a pouco. Você vai notar a vida saindo de meu corpo e meu cadáver perecer logo logo. Triste não é, mas é pior sabendo que você também tem parte da culpa disso acontecer. Exato! Você que está lendo estas linhas, a culpa també...