Kamilla: Minha filha! Que saudade. -disse me abraçando com força.
Laura: É, saudade também. -sorri e ela abraçou Henrique em seguida.
Muka: Filhona!! -disse bagunçando meus cabelos- E aí? Ainda andando com o skate que eu te dei?
Ah é, meu pai tinha me dado um skate profissional mas eu não andava muito. Acho que não puxei por eles, que adoravam. Já o Henrique, nem preciso falar.
Laura: Sim. Ando as vezes. -sorri fraco e Henrique me encarou.
A casa era grande e acolhedora. A empregada, Lúcia, mostrou toda a casa por dentro e por último nossos quartos, que também eram grandes e tinham tudo que a gente iria precisar.
Depois de ter guardado todas as minhas roupas no guarda-roupas, desci as escadas e meus pais estavam na sala. Fui até lá e sentei com eles.
Kamilla: Minha pequena, já está uma moça. -disse me olhando e sorrindo.
Laura: Nossa mãe. Não faz tanto tempo desde que nos vimos por último.
Kamilla: Claro que faz, boba.
Muka: Laura, por que não vai conhecer o vilarejo? Todos aqui são muito queridos.
Laura: Sozinha? E se eu me perder? -digo sorrindo irônica.
Muka: Você se perder aqui é burrice, né.
Nossa, que grosso.
Saí e fui andando devagar pela rua de pedras que tinha lá. Todas as casas eram como a que estávamos, mas de outras cores. As crianças brincavam na rua como se não houvesse amanhã e todas as garotinhas usavam vestidos e laços no cabelo. Os adultos conversavam e riam. De4777777777 certa forma aquilo tudo era estranho, estava me sentindo em um filme. Sensação esquisita, só resolvi deixar pra lá porque sabia que provavelmente era paranoia.
Cheguei na última casa da rua, que era diferente das outras. Era cinza e sem vida. Parecia aquelas casas de filme de terror.
Cheguei em casa por volta das 20h30 da noite. Meus pais estavam se sentando na mesa para jantar.
Muka: Se perdeu?
Laura: É claro que não.
Henrique: Por que demorou tanto?
Laura: Ué. Eu estava caminhando por aí.
Henrique: Não sei não, pai. Acho que ela viu algum garoto bonito e....
Muka: Bem que ela fez. Está na idade.
Oi???
Kamilla: Bom, o prato de hoje é lasanha. Bora comer?
Laura: É por isso que eu te amo, mãe.
Sorrimos e eu fui a primeira a me servir. Por que sou uma filha e irmã muito legal, que pega o primeiro pedaço da lasanha.
Depois do jantar, fui para o meu quarto e tomei um banho.
Bom, talvez você se pergunte por que demorei tanto tempo pra voltar pra casa. É que eu resolvi entrar na casa supostamente mal assombrada do final da rua. Não achei nada demais lá, além de fotos queimadas e madeiras melecadas no chão. Não, você não leu errado, eram sim madeiras melecadas. Tipo uma gosma. Sei lá.
Arrumei minha cama e deitei. Ainda era cedo pra dormir mas eu estava cansada. Quando estava quase pegando no sono, alguém entrou no quarto. Maravilha.
Muka: Filha?
Laura: Oi? -o encarei.
Muka: Não quero que acorde tarde amanhã.
Laura: Por que?
Muka: Vamos receber visita à noite.
Laura: Mas se é só de noite, qual o sentido de não poder acordar tarde?
Muka: Bom, você que sabe. Só avisei.
Laura: Obrigada. Boa noite.
Muka: Boa noite.
Ele me deu um beijo na testa e saiu. Demorei, mas dormi.
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Eu e meu irmão [EM REVISÃO]
RomanceHenrique e Laura são irmãos que vivem e estudam em uma universidade de Boston. Seus pais moram nos Estados Unidos e tentam ser presentes na vida dos gêmeos. Henrique: Garoto de 16 anos que possui uma personalidade forte e ama ser o irmão super prote...