O dia mais chato de nossas vidas.

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  Kawan.

   Acordei com o abajur ligado e com Diana quase encima de mim, peguei meu celular encima do criado mudo para ver a hora... Merda! Já era tarde, 2:00 da manhã, por que os pais de Diana não me acordaram? Olhei novamente para meu celular, nenhuma ligação perdida dos meus pais, estranho... Diana se mexeu em.meus braços, em seguida, abriu os olhos.

- Oi!- sorriu.

- Oi.- sorri devolta.

- Que horas são?- perguntou, forçando a vista para ver a hora do meu celular.

- 2:00 da manhã!- respondi devolvendo o celular para o criado mudo e voltei para Diana.

   Diana se apoiu no cotovelo e ficou me olhando. Minha mão caminhava por sua costa, a outra por sua perna. Sua mãos acariciou meu rosto, limpando uma lágrima que estava no canto dos meus olhos, nem tinha reparado. Será que chorei dormindo?

- Você está bem?- perguntou preocupada comigo.

- Vou ficar!- sorri- vamos dormi, temos aulas ainda hoje.- dei um beijo em sua boca e a trouxe de volta para mim.

     Voltei pra minha casa bem cedo para me trocar, estava chuvendo. Passei pelo lugar que Thomas costumava ficar sentado ou deitado, lágrimas caiu dos meus olhos e sendo levadas pelas gostas grossas da chuva que caíam sobre meu rosto...

- Por que você me deixou...- sussurrei baixinho para o lugar que Thomas costumava ficava.

   Todo encharcado, entrei no meu apartamento molhando por onde eu passava. Tomei um banho quente, para aquecer o corpo da friagem que tomei minutos atrás. Sai do banho, fui dirito me trocar. Coloquei uma calça preta jeans meia folgada, a camisa da escola, um tênis OUTLIER cinza claro e uma jaqueta de couro preto de frio.

    Ainda chovia muito, estava dando a hora de Diana passar aqui em casa, será que ela vai enfrentar essa chuva? Bem a cara dela! Meu celular vibrou no meu bolso era uma mensagem dela...

Mensagem

- Minha mãe vai levar agente, desce ^-^

- Ok!

    Assim que respondi, peguei minha mochila e desci. Encontrei meus pais tomando café da manhã, eu apenas dei um beijo na testa dos dois e desci. Minha mãe insistiu para que eu comece alguma coisa, mas eu estava sem fome.

Apontei na porta do prédio, o carro da mãe de Diana estava parado na frente do meu prédio. Vi Diana gesticulando as mãos para que eu fosse logo. Não pensei duas vez, e fui... Sai correndo escada abaixo até o carro da minha sogrinha, abri a porta e entrei, quase ensopado.

- Bom dia!- comprimentei as duas assim que fechei a porta.

- Bom dia!- cantarolaram as duas juntas, um sorriso invadiu meu rosto, mas logo ficou sério!

Diana do banco da frente, viu a minha tristeza inundar meu rosto. Hoje não vai ser um bom dia. Minha sogra seguiu caminho a escola, não demorou muito e chegamos, paramos de frente, a chuva grossa de antes, ficou mais fina, mais para chuviscos, descemos antes que a chuva engrossasse.

Na escola todos nós olharam, sem exceção de nenhum, até mesmo os professores, achei que aqui seria o lugar ideal para não ficar lembrando de Thomas, mas... Me enganei. Queria perguntar se perderam alguma coisa mais Diana falou primeiro.

- Perderam alguma coisa?- perguntou, imediatamente voltaram a fazer o que nossa presença impediram ao chegar.

- Obrigado!- agradeci, puxando-a para um abraço.

    Entramos na sala de aula, todos como sempre estavam esperando nossa competição diária pra ver quem ficaria com o lugar da frente... Mais foi totalmente ao contrário, fomos juntos até as duas carteiras. Fiz questão de sentar atrás, Diana sentou na da frente atrás de Verônica, que ainda não chegou, nem ela e nem Jefferson, o que devem estar aprontando?

- Que estranho!- comentou Diana apontando com o polegar o lugar vazio de Verônica.

- Pra mim é suspeito!- sorri desanimado.

A professora de história entrou na sala de aula toda social, calça jeans apertada, uma blusinha branca qualquer, blazer cor salmão com renda e o sapato alto também cor salmão. Linda! Seu marido deve estar bem feliz com sua mulher agora, depois de sua bravura ontem ao entrar na sala. Assim que ela me viu, me chamou para que eu fosse lá na frente falar com ela. Fui, bufando, mais fui...

- Você esta bem?- perguntou ela um pouco preocupada comigo.

- Vou ficar!- respondi.

Ela acentiu com a cabeça.

- Certo... - Brincou com a caneta entre os dedos...

Se eu não tivesse tão abalado com a morte de Thomas, pensaria que estava atraída por mim, o que seria trágico... Muito trágico! Ela é linda e tudo, mas não curto mulheres mais velhas... Não 10 anos há mais que eu.

- Sobre o passeio...- começou ela,- não foi liberado esse mês.- fez meio biquinho.

- Tudo bem!- disse desanimado, não estava afim de resolver aquilo hoje.

    Voltei para minha carteira, Diana não estava com uma cara boa, parece que estava com ciúmes. Sentei no meu lugar, Diana não ousou virar para mim. Eu não estava ligando para isso, não estou pra briga. Estiquei meus braços para frente tocando o corpo de Diana. Apoiei minha testa encima do caderno que não sei como foi parar ali quando voltei para minha mesa.

   Minutos depois, senti os dedos de Diana entrelaçar nos meus, pertando-os. Eu à olhei, estava com os cotovelos apoiados encima da minha mesa, mais ainda de costas para mim. Ela tem o poder de me acalmar com apenas um toque. Respirei bem fundo de alívio, achei que ainda estava com ciúmes.

Depois da escola, pedi para Diana ir para sua casa, eu queria ficar sozinho um pouco. Disse à ela que depois iria para sua casa. Subi para o meu apartamento, fui direto tomar um banho, quando sai, meu celular estava vibrando encima da cama. Olhei na tela para ver quem era... Jefferson!

Início de ligação.

- E aí?

- E ai!- falou com a voz rouca.

-Tudo bem?- perguntei achando-o um pouco pra baixo.

- Gripe cara!- respondeu respirando fundo, deu para ouvi seu nariz entupido.

- Vixi...

- Desliga o telefone.- ouvi a voz de Verônica ordenando Jefferson à desligar o celular. - Já vou... Cara vou desligar. - Riu.

- Agora estou entendendo tudo- rimos juntos, - vai lá cara, antes que ela volte e taque seu celular no chão!- falei

- Ok! - Desligou.

Fim de ligação.

Deixei o celular encima da cama mais uma vez para que eu podesse me arrumar. Vesti apenas um shorte do pano leve, em seguida me joguei na cama deixando meu celular cair no chão, não liguei, ficou lá! Não estava conseguindo ficar deitado, ficar sozinho aqui em casa sem a Diana... Achei que ficar sozinho um pouco resolveria, mais não, só piorou.

    Coloquei uma camisa fina de frio preta gola V com cordão frouxo em ziguezague, calcei meu chinelos e sai do meu apartamento direto para o de Diana. Tentei não olhar para onde Thomas ficava, mais era difícil, parecia me atrair ainda mais sem ele ali. Passei reto, entrei no elevador com os olhos cheio de lágrimas, mais não as deixei caírem. Assim que Diana abriu a porta de seu apartamento, agarrei ela, puxando-a para um abraço apertado. Eu estava com saudades dela, como pode isso?

- Não me deixe!- sussurrei para ela, com medo de que algo à tire de mim, com medo não te-lá mais em meus braços.

- Eu não vou, - me apertou em seus braços, me sinto tão seguro perto dela.- Eu amo você!

- Eu te amo Diana!

O Meu Melhor AmigoOnde histórias criam vida. Descubra agora