Nove meses

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Minha barriga está enorme, parecia uma bola de basquete, até parecia tri-gêmeos ali. Mais era apenas um, e é uma menina, Henrique aceitou ela, os davam até bem juntos quer dizer... Ela sempre se mexia quando ouvia sua voz, quando tocava na minha barriga. Com seu pai, não era nada diferente também, toda vez que Kawan colocava a mão na minha barriga, ela correspondia, também colocando sua mão na dele, aparecia sua mão certinho na minha barriga. Já chorei várias vezes de emoção, não só eu, Milly, Verônica é minha mãe também. Jefferson e meu pai ficaram surpresos com isso, até gravaram e colocaram no Facebook.

- A mamãe do ano... - Disse ele digitando no celular. - Pronto.

- Quando vamos ter o nosso? - Perguntou Verônica saindo de seu lugar no sofá e sentando encima da perna de Jefferson.

- Ih vai demorar...

- Nossa que chato! - Deu um tapa nele e voltou para o seu lugar.

- Nem nos casamos ainda mulher!

Verônica não respondeu, ficou emburrada com os braços cruzados na frente de seu corpo.

- Só eu de vela aqui... Então abajur, quer te um filho comigo? - Disse pegando o abajur da mesinha e fingindo beijar-lo.

Todos riram dela, até Henrique riu. Falando em Henrique, ele completou seus 3 aninhos há oito meses atrás, fizemos festas e tudo.

Henriqué sentou no sofá e deu um beijo na minha barriga... Senti uma contração forte, muito forte, uma, duas, três vezes em seguida. Tentei me levantar, mais não consegui, todos me olharam assustados...

- Me ajudem a leva...

Não terminei de falar e Kawan fez o que pedi, assim que fiquei de pé minha bolsa estorou....

- Vai nascer! - Avisou minha mãe desesperada.

- Me ajuda aqui alguém.- disse Kawan.

Jefferson se levantou rápido e colocou meu braço ao redor de seu pescoço, assim fez Kawan. Os dois me levaram para o carro, me colocaram lá dentro com cuidado. Assim que vi Jefferson sair, me deitei no banco do carro e de pernas abertas. Minha mãe entrou logo em seguida no lado que estava minha cabeça, e, me fez apoiar em seu colo. Então assim fomos, deixando Henrique chorando, junto com meu pai e minhas duas amigas...

Meia hora depois entrei no hospital em estado de emergência, vários médicos e enfermeiros vinheram ao meu encontro. Me levaram para a sala de parto...

Kawan.

- Quem é o pai da criança?- perguntou o médico com um macacão verde com a manga até o braço, touca verde e uma máscara debaixo do queixo.

- Sou eu! - Me levantei assim que meu sogro, Henrique e as garotas chegaram até nós.

- Ela chamou por você, - Olhei para ele.- você que escolhe se vai entrar ou não!

- Eu vou!- falei assim que Henrique grudou na minha perna. - Henrique, - me agachei até ele limpando suas lágrimas. - Papai vai ajudar a mamãe agora. Fica aqui, e seja um gatoto obediente, ok!

- tá bom! - Me deu um beijo na minha bochechas.

Já na sala de parto, parei na porta ao ver Diana de pernas abertas e gritando de dor. Parou um pouco para recuperar o fôlego, então fez força novamente, mais uma vez respirou, mas desta vez me olhou exausta. Diana edtendeu sua mão para mim, para que eu à pegasse, não hesitei, peguei sua mão em seguida dei um beijo na costa de sua mão. Ela mão conseguia apertar minha mão de tão fraca que estava... Mais era o que eu pensava! Quando Diana fez força, apertou bem minha mão, assim fez seguidas vezes... Ouvi um bebê chorando...

Olhei para um bebê nos braços do médico coberto de sangue e ainda conectado no cordão dominical... Minha filha! Fiquei emocionado em ver aquela linda criança, uma lágrima caiu dos meus olhos. Diana apertou minha mão, olhei para ela, estava com um sorriso lindo, mais cansado.

- Nossa menina! - sussurrou quase não saindo a voz.

Baixei a máscara que cobria minha boca e disse:

- Nossa Melissa!

Disse o primeiro nome que veio na minha cabeça, não havíamos escolhido o nome para ela... Até agora!

- Lindo nome. - Disse sorrindo para mim.

O médico trouxeu a Melissa para Diana, deixando-a em seus braços. Diana acariciou as bochechas de Melissa, fiz o mesmo, eu queria muito pega-lá em meus braços.

Ouvi a maquina que média a pressão arterial e os batimentos cardíaco pararem em um som agudo mais ensurdecedor. Os médicos correram para pegar o bebê dos braços de Diana que em seguida deslizaram sem vida....

- NÃO! - Meu coração se apertou ao ver aquela cena.- NÃO, NÃO DIANA... - Gritei, tentei pegar tocar em seu rosto mais fui impedido pelos enfermeiros.

Ao sair da sala, antes de encontrar com os pessoal, desabei em lágrimas, com medo dela me deixa, de Diana partir deste mundo... Ela não pôde me deixar. Deslizei as minhas costas na parede até chegar no chão, e lá fiquei, chorando por meia hora sem parar.

Depois que me recuperei, fuu até o pessoal que esperava uma notícia...

- Nasceu... Seu nome é Melissa, linda... - Sorri, mais logo o sorriso sumiu...

Vi meus pais chegarem no hospital vindo em minha direção.

- Oi querido... - Minha mãe me comprimentou com um beijo no rosto.

- Oi!

- Nasceu? - Perguntou preocupada.

- Sim...

- Mais...?- perguntou meu pai.

- Ouve uma complicação... - Chorei.

Henrique me abraçou chorando também, já tinha até esquecido que ele estava ali. Todos ficaram com lágrimas nos olhos, minha sogra chorava nos braços de seu marido.

Horas mais tarde, fomos ver a Melissa, minha linda Melissa. Estava com Henrique no meu colo vendo a Melissa do lado de fora do quarto que estava dividindo com outros bebês. Todos estavam hipnotizados com a beleza e a fofura da minha filha, até eu estava.

- Linda não? - Disse Matheus do meu lado.

Olhei para ele surpreso.

- O que faz aqui? - Pergunto tentando entender isso como foi que ele chegou, ou soube que estávamos aqui!.

- Milly me avisou.- disse indo até ela.

Matheus puxou ela pela cintura e deu um beijo em Milly, novidade não!

- Ah! - Disse ele chamando minha atenção.- encontrei o doutor e pediu pra avisar que Diana está bem e está no quarto.

- Que quarto?- perguntei colocabdo Henrique no chão para que eu corresse até Diana... - Que quarto Matheus? - Falei entre dentes.

- 234, 3 andar... - Não esperei ele terminar de falar e já fui correbdo para o elevador mais próximo.

Procurei pelo quarto 234, mas nada ainda. Uma das porta do lado esquerdo chamou muito a minha atenção, fui até lá. A porta estava entre aberta, abri ela revelando Diana dormindo na cama de hospital, sua pele estava pálida... Entrei no quarto desesperado!

- Que susto que você me deu garota! - Sussurrei me sentando na beirada da cama e escondendo meu rosto entre seus ombro e o pescoço.

O Meu Melhor AmigoOnde histórias criam vida. Descubra agora