Tudo Errado

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Quando aquele momento se acabou não sabia o que fazer, para onde olhar, muito menos o que falar a única coisa que passava pela minha cabeça era sair daquele lugar o mais rápido possível e foi o que eu fiz, sair sem nem pensar deixando Potter assustado para trás.

Não sei como aquilo poderia ter acontecido. Se alguém soubesse? Se me pai soubesse? O braço direito do Lord das Trevas tem um filho gay, e pior! Um filho que traiu sua causa e beijou o inimigo mortal do pai. Eu estava morto, ou pela mão dele ou pela mão do Lord das trevas. Como pude beijar aquele retardado? 

Minha noite estava sendo péssima! Não consegui dormir, a imagem de Potter sempre vinha em minha cabeça, o gosto do beijo, os seus lábios tão macios... eu estava enlouquecendo!  Já estava amanhecendo e ainda não tinha pregado os olhos. Mudei de posição na cama e apertei a almofada sobre minha cabeça para afastar esses pensamentos.

No dia seguinte, eu estava um trapo! e ainda por cima com muita vergonha de encontrar Potter, mas a culpa não era só minha. ele correspondeu aquele beijo. era a unica certeza que eu tinha. Se o idiota tivesse me afastado ou empurrado sei lá, qualquer coisa! Não estaria nesta situação.
Então fui para o Salão Principal tomar o café da manhã. mas Potter não estava lá. Aquilo foi um grande alívio para mim.

 - Será que ele tinha morrido? - pensei - Não... Eu não teria tanta sorte assim! Aliás ultimamente não tenho tido nenhuma sorte.

Fui para aula de Transfiguração sozinho, os idiotas do Crabbe e Goyle como sempre ficaram por último para comer as sobras da mesa. Não entendo como eu posso me relacionar com pessoas como eles, bom... pelo menos as famílias deles são ricas, e também são aliados do meu pai. Se não fosse por esses detalhes acho que os coitados estariam na Lufa-Lufa pela falta de talento. 

No longo caminho para aula, fiquei pensando como iria olhar para cara do Potter daqui pra frente. mas não podia faltar aula. meu pai me mataria, claro, antes ele me daria uns belos crucios!

Finalmente cheguei na sala. mas Potter não estava lá. 

- Será que ele está tão envergonhado quanto eu? - pensei - Ou será que ele morreu mesmo? - rir imaginando Potter levando os crucios do meu pai que estariam reservado para mim caso eu o decepcionasse. 

Esses pensamentos saíram da minha cabeça quando a professora McGonagall ensinava o Feitiço Homorfo, ele cancela a forma animal do animago, fazendo-o voltar a forma humana. muito interessante. poderia ser útil para mim. - Falei escrevendo as anotações, mas logo isso se esvaiu da minha cabeça com a lembrança dos lábios de Potter no meu, e de como aquilo era vergonhosamente bom...

- Malfoy? - Pansy que estava sentada do meu lado me chamou.

- Sim? - respondi limpando a baba que escorria dos meus lábios.

- Você não vem? - ela me olhou estanho.

- Para onde? - perguntei sem entender. 

- Bom... a aula acabou, sim? - ela falou parecendo que estava respondendo como um mais um são dois.

- Ah, é claro. - respondi fechando a cara.

Fomos para o Grande o Salão, e mais uma vez Potter não estava lá. a ausência dele estava me deixando aflito. O que será que aquele idiota estava fazendo? Eu odiava ficar curioso.

Weasley e Granger tinha chegado mas nada do cicatriz. Me imaginei perguntando onde ele estava. - dei uma risadinha pelo nariz- Isso era estranho até pra mim quem dirá á eles. fiquei na minha, com esperança de ouvir eles falarem alguma coisa sobre o sumiço do Potter.

muito tempo se passou e nada... Já era de Tarde.

resolvi andar pelo castelo, estava tudo normal como sempre há não ser pelo Longbottom que quase iria ser golpeado pelo Salgueiro Lutador. - Vi a cena pela janela do castelo-  Aquilo me deixou muito sorridente até lembrar da noite em que também fui golpeado por alguém na Torre de Astronomia. me pergunto até hoje quem foi o desgraçado. Até tinha esquecido de procurá-lo e fazer ele ou ela pagar por aquilo.

Horas se passaram e já era de noite retornei para o Grande Salão concluindo o ciclo de refeições.

- Potter deveria estar morrendo de fome pois não veio para comer nada. - pensei - mas é não tô nem aí. Nem sei porque estou pensando nisso.

- Mas imagino que um de seus amiguinhos patéticos deve ter levado alguma coisa para ele. - Que droga! por que estou pensando no retardado do Potter?

Fui para o Salão Comunal da Sonserina mais cedo que o normal, fiquei deitado na minha cama esperando o sono chegar, notei que Crabbe e Goyle não estavam na cama... Como sempre No Grande Salão comendo as sobras da mesa. - rir quando me imaginei falando isso.

Sem nada para fazer peguei minha varinha e comecei a praticar alguns feitiços que já tinha aprendido nos anos anteriores. apontando a varinha para uma almofada falei Wingardium Leviosa e ela começou a flutuar, sob a cama. por um momento esqueci tudo aquilo que tinha acontecido na noite passada.

Ouvi passos, e deixei a almofada cair.

- Há é você ​Goyle. - falei vendo quem era.

- Esperava alguém? - ele perguntou com a voz estranha. como se quisesse disfarçar algo.

- Claro que não! Ninguém. - respondi franzindo a testa.

- Onde está o Crabbe? - perguntei sem dar muita atenção. 

- Comendo as sobras que ficaram no Grande Salão.. - ele falou estranho.

- Hummm... - rir - Me admira muito você não estar com ele. - Falei voltando ao feitiço fazendo a almofada flutuar.

- Tenho uma coisa melhor para fazer. - ele falou sentando na minha cama e me olhando.

- Você tam algo melhor á fazer do que comer? duvido! - falei deixando a varinha de lado - Me diz o que é. - perguntei curioso.

- Isso!! -  ele falou pulando para cima de mim.

- O Q-que isso?? você vai me matar!!! não consigo respirar!! SAÍA DE CIMA DE MIM!! - Realmente ele era muito pesado.

- O que você está fazendo imbecil? Como ousa tentar me agarrar? O que você acha que sou? - cuspi as palavras na cara dele me levantando.

- Calma, Malfoy!! - ele falou.

- Calma? como ousa me pedi calma de pois de me atacar? - Olhei com nojo.

- O que você tá querendo? -  perguntei.

- Te beijar.

- Hammm? Você bebe.... - antes que eu pudesse terminar Goyle já estava forçando seus rosto contra o meu com um beijo brutalmente indesejado. Seus lábios atacaram os meus, sua língua tentava invadir minha boca mas eu o rejeitava com todas minhas força. Era a cena mais nojenta da minha vida, não sabaia como sair daquela situação. Seu corpo de rinoceronte prendia o meu e eu não conseguia me mexer para parar aquilo.



De Repente é AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora