Tattooed Heart

O Café e a volta.

O que está acontecendo aqui! - Grita alguém nos acordando.

- Ai meu Deus me desculpe! - Bea levanta e me puxa junto.

- Quem é ele? - Pergunto confusa.

- O gerente, meu chefe. - Explica Bea.

- Eu simplesmente chego aqui e encontro o andar de baixo uma bagunça! - Continua o senhor gritando.

- Eu posso explicar! - Bea tenta mas ele continua.

- Venho ao telhado como todas as manhãs e encontro a senhorita dormindo com uma menina! Isso é inaceitável! - Ele continua bravo.

- O nome da menina é Camila e ela não estava bem então viemos aqui e olhamos pras estrelas pra ela poder se acalmar. - Explica Bea.

- Você está demitida vá embora agora! Não foi pra isso que eu te confiei a chave do café! - Diz andando até as escadas.

- Espera, a culpa não é dela. Fui eu que "obriguei" ela a vir aqui, se não fosse por mim ela nem passaria perto daqui. - Explico segurando seu braço.

- Não vou voltar atrás na minha decisão! - Diz ele e desde as escadas.

- Por favor acredite em mim! Ela não tem culpa de nada! - Digo segurando as mãos de Bea e descendo as escadas.

- Saiam daqui! Ja ja os clientes começam a chegar e eu ainda terei que arrumar a bagunça de vocês! - Diz ele nos empurrando.

- Me desculpe - Diz Bea indo em direção a porta.

- Espere! - Ele nos surpreende. - As chaves.

Assim que ela entrega as chaves a ele e entramos no carro vejo que ela não estava triste.

- Você está bem? - Pergunto preocupada.

- Tá brincando? Eu odiava esse lugar e todos ai, eu só trabalhava por que minha mãe me obrigava mas eu saí de casa mesmo! - Explica ela e eu fico realmente surpresa.

- Mas e as contas que você tem que pagar? Quando se mora sozinha tem contas pra pagar ne? - Contínuo confusa.

- Na verdade eu só pago o aluguel, que é bem barato e a minha escola é pública, então não tenho problemas no momento. - Diz ela olhando pras ruas a nossa frente.

- Na verdade eu estava pensando em arranjar um emprego, tem alguma ideia de onde pode ter vaga? - Digo olhando pra ela que continua com o olhar nas ruas.

- Porque não pega meu lugar! - Diz ela olhando rapidamente pra mim.

- Que? - Digo confusa.

- Porque não? Acho que se você se explicar ele te da uma chance! - Explica Bea.

- Será que ele me da uma chance? - Questiono ainda confusa.

- Ué ele tem uma vaga sobrando e você precisa de um emprego, tudo se encaixa! - Diz ela animada.

- Não é assim Bea eu preciso de um motivo pra ele me contratar! - Explico.

- Na verdade foi esse o argumento que eu usei pra ele me contratar há uns 2 anos atrás! - Ela diz e nós rimos.

- Sério? Então ta vou tentar! - Digo assim que paramos na frente de casa.

- Espera! - Diz ela antes de eu abrir a porta do carro.

- O que foi? -Digo rindo quando ela abre a porta de seu lado e da a volta no carro.

- Senhorita. - Diz ela abrindo a minha porta me fazendo rir.