- O quê?
- É isso mesmo.
- O que exatamente eu perdi, alguém pode me explicar?
Starbucks, eu, Kurt, Blaine e uma verdade bombástica depois da aula de segunda-feira. Eu sabia que esse momento chegaria.
- É... Digamos que você esteve ausente durante algumas reviravoltas. – respondi a Blaine, coçando a nuca meio sem jeito. – Pensei que o Kurt já tinha te contado.
- Não, eu não estou sabendo de nada. – ele negou, boquiaberto, e ambos olhamos para Kurt, cujo queixo sumia de vista sob a mesa e olhos me fitavam com infinito choque. – Amor?
- Caralho, Rachel. – ele xingou, após alguns segundos paralisada, e Blaine soltou um suspiro de alívio diante do sinal de vida dele. – Puta que pariu!
- É, eu sei. – respirei fundo, tomando um gole de meu cappuccino. Eu precisaria de muita cafeína para aguentar o tranco.
- Alguém pode me inteirar do assunto, por favor? – Blaine reclamou, totalmente confuso, e vendo que Kurt voltara a ficar imóvel, me manifestei.
- Como você já deve saber, eu e Santana estamos namorando. – comecei, vendo-o assentir. – Acontece que há algum tempo, Quinn e eu acabamos nos envolvendo também, e as coisas aconteceram tão rápido entre nós que acabamos nos apaixonando. Eu sei que isso soa ridículo, mas não é, acredite. Pelo contrário, é a mais pura verdade. E... É tão verdadeiro que eu estou cogitando a possibilidade de terminar tudo com Santana pra ficar com ela.
- O quê? – Kurt repetiu, um pouco mais alto que antes, e eu fiz uma careta medrosa, enquanto Blaine segurava sua mão e a olhava com preocupação.
- Meu Deus do céu. – Blaine disse, olhando-me com extremo espanto. – Você deixa essas coisas acontecerem na sua vida justo quando eu não estou? Vou levar isso como uma ofensa!
- Não fale como se as coisas não acontecessem na minha vida quando você estava por perto também. – resmunguei, vendo-o erguer as sobrancelhas, concordando. – Não se esqueça que meu primeiro beijo foi no armário do quarto da sua avó com um garoto que eu mal conhecia, e você estava do outro lado da porta ouvindo tudo.
- Eu nunca vou me esquecer da cara dele dizendo Não precisa usar os dentes, Rachel, sua língua já é o suficiente naquele tom tão assustado. – ele suspirou, como se aquela fosse uma belíssima lembrança. – Até hoje eu te imagino querendo morder o pobre garoto feito uma barracuda. Coitadinho, ele era um bom rapaz.
- Cala a boca, garoto que peidou e espirrou no meio da encenação de Hamlet. – mostrei a língua, prendendo o riso e vendo-o retribuir meu gesto de carinho. – Ser ou não ser, eis a questão foi seu trauma durante anos, e você nunca sabia se explicava a versão verdadeira ou se simplesmente deixava as pessoas pensarem que você tinha dúvidas quanto a sua orientação sexual quando te perguntavam por que você odiava tanto Shakespeare. As duas hipóteses lhe pareciam igualmente constrangedoras.
- Caralho, Rachl. – Kurt voltou a dizer, da mesma maneira de antes, e eu simplesmente o ignorei, assim como Blaine; éramos melhores amigos há eras, sabíamos muito bem que ela ainda repetiria as mesmas palavras por um tempo, até finalmente absorver a notícia. – Puta que pariu!
- Você confia nela? – Blaine perguntou, voltando ao assunto e dando uma mordida em seu muffin de chocolate; eu assenti sem hesitar. – Tem certeza de que ela te ama?
- Acho que nunca tive tanta certeza de alguma coisa quanto eu tenho disso. – respondi, disfarçando um sorriso idiota. – É tão nítido que chega a me assustar.
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My Biology - Faberry
FanfictionO que fazer quando você se vê envolvida com sua professora de biologia, mas terrivelmente atraída por sua insuportável professora de laboratório? Rachel não esperava pelas reviravoltas de seu último ano no colégio e nem que seus pensamentos seriam t...