Respire.
Mantenha a calma.
Pense.
Tudo vai dar certo.
Agora... Hora de reagir.Voltei a fixar meus olhos na diretora, e entrei na sala, fechando a porta atrás de mim. Caminhei rapidamente até a cadeira vazia, que graças a Deus, ficava na ponta, ao lado da de Quinn. Pelo menos eu não precisaria ficar perto de Santana, muito menos de Puck.
- Imagino que saibam por que estamos aqui, certo? – o diretor Figgins disse, olhando para mim e para Quinn, que assentiu. – Não deve ser surpresa para nenhuma das duas o fato de que a professora Lopez fez algumas acusações a seu respeito, então.
Engoli em seco, vendo-a nos encarar incisivamente. Um silêncio tenso caiu sobre nós, até que Quinn o quebrou.
-Ainda assim, eu gostaria de ouvir o que a professora Lopez tem a dizer. – ela falou, extremamente séria, e ela ergueu uma sobrancelha, como se achasse seu pedido uma perda de tempo. – Receber uma punição sem ouvir as acusações seria o mesmo que assinar um contrato sem lê-lo.
Após alguns segundos de reflexão, o diretor pareceu convencer-se.
- Por favor, professora Lopez, repita o que me disse há pouco. – ele assentiu, voltando seu olhar para Santana, assim como todos nós. Ela me lançou um rápido olhar antes de começar a falar, e eu me senti estranhamente enjoada.
Talvez prevendo o que viria.
- Eu fui ameaçada.
Franzi a testa, sem me recordar do momento em que tal fato havia acontecido. Talvez porque ele não tenha acontecido.
- Ela sempre teve essa obsessão por mim, desde que comecei a dar aulas para a sua turma. – Santana prosseguiu, e eu senti que precisaria de muito esforço para que meu café da manhã, ainda sendo digerido em meu estômago, não fosse parar sobre a mesa do diretor. – Eu sempre tentei evitar qualquer tipo de aproximação desnecessária, até o dia em que ela se cansou de meu comportamento profissional e ameaçou me acusar de abuso sexual se eu não aceitasse um relacionamento íntimo.
Meu rosto estava congelado numa expressão incrédula, ultrajada e revoltada. Eu só podia estar delirando... Não havia outra explicação plausível.
- Eu preciso do emprego, não tenho a vida ganha. – ela continuou, com a expressão inocente, e minhas mãos se fecharam em punhos em torno dos apoios laterais da cadeira. – Por isso, temendo que ela realmente me denunciasse, eu aceitei sua condição, mas sempre pensando numa forma de fazê-la voltar atrás e retirar sua ameaça. Felizmente, após algum tempo, convencida de que eu jamais poderia retribuir seus sentimentos, ela me libertou de sua chantagem. Infelizmente, porém, seu foco desviou-se para outra professora.
- No caso, a professor Fabray. – o diretor disse, e Santana assentiu. Meus olhar estava inconscientemente cravado nela durante todo o seu falso depoimento, e eu não me surpreenderia nem um pouco se ela e Puck começassem a pegar fogo dali a alguns segundos devido ao meu ódio. Olhei rapidamente para Quinn, vendo-a encarar a mesa com o rosto isento de expressão.
Ela já esperava truques baratos como aquele. Eu também já. Mas não tão baratos como simplesmente jogar toda a culpa para cima de mim. E ainda por cima, trazer Puck, cuja presença eu ainda não entendia.
- Não foi muito difícil para ela fazê-la corresponder seus sentimentos, já que seu histórico entre as alunas do colégio sempre foi bastante comentado. – ouvi Santana falar, e decidi adotar a tática de Quinn e não olhar mais para ninguém; mantive meus olhos baixos e o maxilar trancado, recusando-me a assistir àquele momento deplorável. - E honestamente, diretor, eu não creio que seja esse o tipo de profissional que uma instituição de ensino tão renomada queira ter em seu corpo docente. Além do fato de que a Srta. Berry claramente necessita de suporte psiquiátrico, afinal, ninguém em seu perfeito estado mental faria o que ela fez.
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My Biology - Faberry
FanfictionO que fazer quando você se vê envolvida com sua professora de biologia, mas terrivelmente atraída por sua insuportável professora de laboratório? Rachel não esperava pelas reviravoltas de seu último ano no colégio e nem que seus pensamentos seriam t...