Capítulo 27

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Enlouqueci com estado da minha casa, estava tudo revirado e até parece que um furacão passou por ali. Não havia sinal de ninguém e nem sequer um barulho, eu corri todos os cômodos e nada de ninguém. Corri pro jardim e lá a primeira vista está tudo normal, eu corri ainda meio bêbada e num desequilíbrio pela combinação salto e cachaça eu fui parar no fundo da piscina, que por sorte não era dia de limpeza e estava cheia.

Procurei meu celular mas estava sem bateria (a bateria estava descarregada), corri pro portão e não vi nem sinal do Gabriel e muito menos do Rafael. Corri até a guarita onde ficam os seguranças mas lá não havia ninguém, eu fiz a primeira coisa que me veio a cabeça... Eu fui correndo pra casa de Clara.

Bati na porta com toda a minha força e quando fui bater novamente a porta se abriu bruscamente e eu cair nos pés do meu tio Lui, eu estava com a roupa de ontem amassada, molhada devido a minha queda na piscina e meus cabelos estavam desgrenhados.

- Paula está tudo bem com você? - questionou o meu tio. - Sua aparência está péssima.

- Tio me ajuda. - ele esticou a mão esquerda e me levantou do chão. - Cheguei em casa e tava tudo revirado e não tinha ninguém por lá.

- Se acalma Paula, a sua mãe e seus filhos estão aqui. - ele apontou pra bolsa da mamãe que estava em cima sofá. - Eles foram assaltados.

- Ai meu Deus... Assaltados?

- Eles estão no quarto da Clara, pode ir lá vê-los. - ele me encaminhou até o quarto.

Quando entrei no quarto eu vi a minha mãe com meus filhos deitados na cama da Clara e eu os agarrei aliviada.

- Mãe senti tanto medo perder você e os meus filhos, quando eu cheguei a casa estava em frangalhos. - falei. Mas a mãe estava super aflita. - Mãe o que aconteceu?

- Filha os bandidos levaram o seu irmão.

Aquelas palavras me deixaram desnorteada e sem reação, meu irmão sequestrado e eu me sentia impotente diante daquela situação. O que seria de mim sem o meu irmão favorito (e único), sei que somos ricos mas eles já roubaram a casa e não havia necessidade de levar o meu irmãozinho.

Tempinho depois...

Já estou na minha casa e acabei de amamentar a Sophia e seguir pra cozinha e tomar um pouco de café, não havia muita coisa naquela geladeira e então optei por uma manga com um pão e requeijão, peguei o jornal pra me destrair com as notícias mas só tinha tragédias e cada uma pior que outras, a minha mãe estava sedada devido a um "calmante" que o meu tio deu pra ela, mas em meio a tudo issotelefone da sala tocou. Tocou várias vezes e ninguém apareceu pra atender e eu fiz o sacrifício de caminhar até a sala.

- Alô. - atendi aflita e sem a menor paciência pra ficar falando ao telefone.

- Presta atençao Paula eu estou com o Jhonatas seu irmão e você tem 24 horas para nos entregar 2 milhões de reais. - disse uma voz abafada do outro lado da linha.

Eu nunca mediei um sequestro, não sei o que se faz numa hora dessas. Mas resolvi fazer como nos filmes.

- Se vocês estiverem mesmo com o meu irmão eu quero falar com ele. - falei convicta mas por dentro eu estava morrendo de medo.

- Só pra comprovar tem algo debaixo de sua porta. - o sequestrador fez uma pausa dramática. - E não envolva a polícia nisto. - em seguida desligaram a ligação.

Joguei o telefone no chão e fui correndo até a porta e lá tinha um envelope pardo, aparentemente vazio ou se tivesse algo estaria bem fino. Quando eu me atrevi a abrir me assustei era uma foto do Jho, ele está vendado e algemados num lugar que mais parece um lixão com tantas tranqueiras.

História de Amor e ÓdioOnde histórias criam vida. Descubra agora