COMO HUMANA

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A vida em abundância vem apenas através do amor.

Edward p.v.o

- Hum. - sibilou Bella quando a garçonete nos deixou a sós na mesa.

O restaurante era simples, mas aconchegante. Procurava olhar pra Bella o tempo todo ignorando assim os pensamentos lascivos das garotas do lugar. Até da garçonete.

- Ela ficou repassando o número do telefone pra você em pensamento? - questionou Bella emburrada.

Reprimi o riso.

- Não. Ela não sabe que leio mentes.

- Talvez ela tivesse esperanças de que você recebesse o número magicamente.

- Você é absurda Bella. - ela fez uma careta. - Onde está seu casaco? - saiu mais como uma repreensão do que como pergunta.

Bella olhou pra si mesma percebendo, como eu, que não estava de casaco.

- Ficou no carro da Angela.

Suspirei e a cobri com o meu casaco. Era grande, mas Bella não se importou, o vestiu e dobrou as mangas pra poder mexer as mãos.

Continuei a olhando, agora cheirando discretamente meu casaco. Ela bebeu um gole da coca trazida pela garçonete e começou a beliscar um pãozinho.

Eu a admirava, mas esperava pelo ataque. Podia ser um choro, um

tremelique, quem sabe até os dois? Ou talvez ela saísse correndo querendo ir pra casa?

- O que foi? - perguntou confusa, depois sorriu. - Claro que você como um bom Cullen está esperando que eu faça um escândalo.

Eu assenti e ela riu baixinho.

- Você sempre tem reações nada normais.

- Fui criada por sete vampiros peculiares. Minha cabeça é diferente das outras. Não sou nada normal.

Ri divertido enquanto ela suspirava.

- Além do mais, me sinto segura com você. - sua voz era um sussurro e suas bochechas estavam coradas.

A garçonete chegou no momento em que eu ia responder. Deixou o pedido de Bella na sua frente e virou-se pra mim.

- Há algo que possa fazer por você?

Ignorei todas as intenções da sua pergunta e dos pensamentos nada descentes.

- Não, obrigada. - respondi ríspido ainda olhando pra Bella.

Ela saiu e eu continuei minha observação para com Bella. Ela comia calmamente e delicadamente. Sua face mudava de tempo em tempo, expressões diversas que apareciam sem que ela percebesse, por que estava concentrada demais pensando.

Mordi a língua, uma reação totalmente humana, quando queria perguntar o que ela estava pensando.

Subitamente a necessidade de tocá-la me atingiu, novamente, de forma violenta.

Levantei do meu lado da mesa, trazendo minha cadeira comigo. A coloquei do lado da de Bella, que me olhava confusa, e sentei passando o braço por seus ombros.

- Estávamos longe demais um do outro. - respondi simplesmente.
Ela corou e assentiu concordando. Voltou a comer enquanto eu a

admirava.

- Papai sabe? Sobre o incidente de hoje? - perguntou a certa altura.

- Só Alice e provavelmente sua mãe.

Razões para viver #WATTPAD 2016Onde histórias criam vida. Descubra agora