Entrega

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Juliana

Faltavam 3 meses para o meu casamento e eu não tinha tido notícias de Thiago nas ultimas semanas. Estavamos distantes, conversavamos pouco por mensagem, mas queria que ele estivesse presente no momento. Liguei para Lari e perguntei por ele e ela disse que ele estava viajando com a Aline e voltaria em breve, então resolvi deixar o convite na sua caixa de correios. Já tinha entregue o da minha família e pros meus amigos, e Henrique iria entregar os dele. Deixei para entregar o convite do Lucas por ultimo, pois queria ir até a casa dele. 


Lucas

- Ju, que surpresa. - Abri a porta sem camisa e coçando os olhos. - Eu estava dormindo, foi mal. 

- Eu posso voltar outra hora, se quiser. 

- Não perca viagem, entra aí. - A convidei pra entrar. - Quer café? 

- Obrigada, eu só vim dar uma passadinha rápida. 

- Você negando café? - Estendi a xícara. - O que aconteceu? 

- É, você realmente me conhece. - Ela diz pegando a xícara.  

- Claro. - Passei os braços por cima de seus ombros e foi me levando até a sala. - O que manda? 

- Eu vim te entregar o convite. - Ela dizia mexendo na sacola. - Eu disse que viria pessoalmente. 

Peguei o convite da sua mão e abri em silêncio. Eu não podia acreditar que ela estava me entregando um convite de casamento, que não seria o nosso, me sentia um lixo por ter feito tudo aquilo com ela e não poder mais dividir meus dias junto dela.  - É bonito. 

- Você vai, não é? - Ela perguntava animada. 

- Você quer que eu vá? - Perguntei.

- Claro que quero, você é meu amigo. 

- Tudo bem, eu vou.

Ela me dá um abraço apertado. Fazia tanto tempo que eu não sentia o seu calor, fazia tanto tempo que eu não a via tão alegre. Terminei com a Gabi por causa dela, eu não conseguia tirará-la da cabeça, mas mesmo assim, a felicidade dela era a minha, então eu tinha que estar presente no seu casamento como seu amigo. Talvez nem o tempo iria tirar esse sentimento de culpa, a Juliana era uma mulher maravilhosa, ela era tudo o que eu queria em alguém, mas eu a perdi e só agora me toquei o quanto ela é importante pra mim. Toda vez em que a gente se encontrava, eu torcia pra eu controlar minha ansiedade em beijar a boca dela, em tê-la novamente pra mim. Os anos poderiam se passar, ela poderia estar, como vai estar, com outra pessoa, mas ela nunca sairia dos meus pensamentos, nunca: 

- Preciso ir. A gente se vê depois, ok? - Ela diz me dando um beijo no rosto e indo em direção a porta. 

- Sim, até mais. 

Ela me lança um sorriso, sai e fecha a porta. Como eu sentia falta dela... 

  •••    




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