Abri a porta para ver se o dono do bilhete ainda estava por ali, mas o corredor estava completamente vazio.
Fechei a porta e abri o bilhete... ' você será a próxima!'
Uma vertingem percorreu meu corpo diante daquelas palavras. A grafia do suposto assassino era muito boa. Concerteza o suposto assassino gosta de escrever... Mas quem poderia ser? E como sabem da minha existência com relação a esse caso?
Minha cabeça tentava pensar em alguma coisa, mas não conseguia pensar em mais nada a não ser da possibilidade de ser a próxima assassinada. "tayler tem razão... eu não estou segura nesse lugar."Depois de alguns minutos pensando no que fazer alguém bate na porta.
" será o assassino de Lúcia Robert?... " penso, tentando manter a calma.
Batem na porta novamente...
Olho pelo olho mágico e avisto... A morena da recepção?Abro a porta e avisto a morena com um sorriso um pouco maquiavélico.
- Olá senhorita Beatriz! Exclamou a mulher bonita.
- Oi...tentei falar mais minha voz quase não saiu.
- Enviaram uma encomenda para a senhorita. Falou a morena,olhando para mim de forma estranha.
- Quem mandou? Perguntei tentando recuperar a compostura.
- Tayler Joseph de Albuquerque. Falou com uma certa ironia.
- Obrigada senhorita. Falei pegando minha encomenda.
- Me chame de Catrina ou trina. Falou de manera amigável.
- Tudo bem Catrina... Obrigada. Falei fechando a porta logo em seguida."O que será que tayler me mandou..."
Abri o pacote e me deparei com um monte de tulipas vermelhas dentro daquela caixa.
Tirei um bilhete que dizia: ' uma caixa de tulipas para a flor mais linda que eu tenho a honra de trabalhar junto...'
" ele mandou isso pra mim? " ainda estava perplexa com tal atitude.
Peguei meu celular ainda em choque e liguei para tayler.
- Tayler? Indaguei um pouco ansiosa para ouvir sua voz.
- Oi bia! Exclamou Tayler divertidamente.
- Eu estou olhando para o presente que você enviou para mim... Falei um pouco envergonhada.
- Espero que tenha gostado da surpresa. Falou com uma certa alegria.
- Claro que gostei! Mas por que você fez isso? Perguntei com medo da resposta.
- Por acaso não posso dar um presente para minha melhor amiga?! Indagou tentando ficar magoado com as minhas insinuações.
- Sério tayler! Me diga logo o que você está aprontando ou você vai ver a onde enfiarei essas flores! Exclamei irritada.
- Porque você sempre está ou me batendo ou me ameaçando?! Eu só mandei as flores pra tentar agradar um pouco você... Quem sabe assim você não volte. Falou chateado.
- Eu sabia!!! Você só mandou essas malditas flores pra tentar me convencer a voltar... Seu... Seu cretino. Falei desligando na cara dele." você é uma idiota Beatriz Smith. Só na sua cabeça pensar na possibilidade de você e tayler formarem um casal." falei para mim mesma, com os olhos marejados.
Não tive coragem de jogar as flores, apenas coloquei elas no frigobar do qual os hóspedes possuía em seus quartos.
O bilhete eu li umas mil vezes e depois rasguei. Fui fraca por um momento pegando os pedacinhos do bilhete e colando-o de volta.
Depois de chorar e beber um vinho que encontrei no tal frigobar, peguei o outro bilhete do qual tinha recebido minutos atrás com o propósito de continuar a investigar sobre o assassinato ocorrido.Acordei cedo.Eram 6 da manhã e já estava de pé, pronta para continuar a coletar mais informações para me levar ao assassino.
Catrina ou trina estava atendendo algumas ligações o que facilitou minha saída despercebida.
Andei pesquisando sobre Lúcia e descobri que ela era uma escritora iniciante, depois de passar as férias aqui em burgspring ela iria para a festa de lançamento de seu livro fora do país. "Ela iria fazer sucesso..." pensei.
Contudo, seus sonhos foram interrompidos. Uma outra coisa curiosa era que além de ser escritora, Lúcia Robert era bibliófila,( colecionadora de livros).
" interessante... " pensei.
Tomei um café expresso e fui em busca de alguma pista relacionada ao bilhete que recebi.Passei a tarde procurando alguma coisa que pudesse ajudar mas foi em vão.
" talvez George possa me ajudar! " pensei, indo em direção a biblioteca de George Bush.
No meio do caminho parei em uma floricultura e comprei um buquê de lírios brancos para a filha de George. Realmente a pequena livia tinha me encantado com seu jeito puro e sincero. É tão bom ser criança... Elas falam o que pensam e não tem medo de amar. Seria tudo tão mais fácil se a maioria dos adultos conservasse o coração puro e sincero de uma criança.George rotulava algumas prateleiras de livros, depois que nos aproximamos George tem meio que se arrumado mais... " será que o bibliotecário tá afim de mim? " meu subconsciente perguntava em um tom debochado do qual me fez sorrir.
- Olá George! Exclamei observando sua surpresa ao me ver.
- Beatriz... Você me surpreendeu com a visitava. Falou tentando limpar um pouco de pó que caiu na sua cabeleira loira.
- Bom, eu queria a sua ajuda mas não quero atrapalhar... Falei um pouco decepcionada.
- Você nunca atrapalha. No que posso ajudar? Perguntou se mostrando prestativo.
- Achei isso em baixo da minha porta e como você ler muito talvez você possa me dizer se essa grafia é de homem ou mulher. Falei esperançosa.
- Deixe eu dar uma olhada. Falou pegando o bilhete das minhas mãos.
George passou um bom tempo analisando o bilhete até dar seu veredito final.
- Bom, a grafia aparenta ser de um homem. Note que ao mesmo tempo que tem uma firmeza nas letras também tem um certo desleixo. Além disso, a pessoa que te mandou esse bilhete é canhota. Falou entregando novamente o bilhete para mim.
- Obrigada George. Você me ajudou bastante com essas informações. Falei dando um beijo em seu rosto, deixando ele um pouco sem jeito.
- Sempre que precisar de ajuda pode me chamar. Falou ainda com a mão onde eu tinha beijado.
- Olhe comprei para livia. Ela disse que gostava de lírios e quando eu vi não resisti em comprar. Falei entregando o buquê de lírios brancos.
- Ela vai adorar Beatriz. Muito obrigado por lembrar da minha filha, ela também gostou muito de você. Falou sorrindo de maneira simpática.
- Eu adorei conhecer seus filhos George. Você tem filhos adoráveis. Bom, tenho que ir agora. Falei me despedindo, saindo da biblioteca e voltando para o hotel. O dia ensolarado transformou-se em uma forte chuva e com isso mais um ataque do assassino misterioso ou bibliomaníaco burgspring City.
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Bibliomaníaco ( Parado por um Tempinho)
Mystery / ThrillerEm burgspring tudo é tranquilo e aparentemente normal. Até ocorrer assassinatos misteriosos nessa pequena cidade. Despertando assim, a curiosidade de Beatriz. Uma jornalista que está de férias, buscando em burgspring o famoso sossego que todos fal...