Midnight Memories - H.S.

1 - Introdução

"Antigamente, a nação sobrenatural dominava o mundo. Como todo povo, as diferenças sociais e raciais faziam com que houvesse algum desentendimento entre os clãs e isso sempre acabava em guerra. A terceira guerra aconteceu em determinado momento em que os humanos estavam em multiplicação intensa. Poderiam ser frágeis em relação ao sobrenatural, mas era tão inteligente quanto e foi assim que conseguiram acabar com toda essa aparição de seres míticos como os próprios diziam e fez com que ao longo dos séculos ninguém mais se lembrasse de nada. Com a dominação da humanidade, os filhos de Hades, criaram a dimensão sobrenatural."

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Estava caminhando pelas ruas solitárias de Chicago já perto da meia-noite, tentando passar o tempo. Tempo que não atinge uma grande parte da minha família há séculos, chega a ser engraçado por um momento, apenas por um momento já que ninguém sabe a parte ruim de viver a eternidade.

Respirei fundo tentando me livrar dos meus pensamentos, não que eu precisasse, e nessa respiração eu parei instintivamente sentindo o cheiro mais delicioso do planeta. Eu nunca senti nada assim, seria sangue? Senti meu coração acelerar. Sem aguentar mais nenhum minuto, fui atrás para saber o que era ou quem era.

Comecei a correr rápido e pular em cima dos prédios, não podia me bater com ninguém. Cheguei ao ponto onde eu sentia mais forte, olhei para baixo e vi uma pessoa. Ela estava parada em frente a algum lugar observando as ruas, devia estar pensando em algo. Analisei seu pescoço rapidamente e pude sentir a pulsação na veia jugular onde passava seu sangue. Minhas presas automaticamente cresceram ficando a amostra. Foi aí que eu entendi de onde o cheiro vinha. Era dele.

O vi se movimentar e se afastar um pouco da porta de alguma casa de show indo para esquina escura. Não seria um bom lugar a ir, quando tem vampiros soltos por aí. E o seu cheiro não me deixava escolha, minha garganta começou a arder implorando por uma só mordida. Eu não aguentava mais.

Dei um salto silencioso parando atrás do rapaz, que por sinal era lindo, e sem hesitar enfiei minhas presas em seu pescoço. O seu sangue estava quente e agradável, de todos que já experimentei o gosto desse era o melhor. Precisava drená-lo. Havia uma regra para todos os vampiros: Se morder um humano, tem que matá-lo. Mas eis que surge um problema, eu não queria mais o sangue dele. Pela primeira vez me senti satisfeita sem matar alguém, um vampiro nunca fica satisfeito. Meus dentes ainda estavam cravados no pescoço daquele rapaz e em um ato rápido retirei minhas presas dele. Algo mais forte não me fez matá-lo e isso era o pior problema.

Olhei pra ele já desmaiado e o coloquei sentado e encostado no muro. O choque da realidade veio que nem um raio. O que eu acabei de fazer? Assustada, fugi para o mais longe possível dali, de volta para minha casa.

Minha mente latejava por causa do que eu acabara de fazer. Repetia sempre mentalmente "Eu não podia ter feito isso. NÃO PODIA".

Bom, antes de continuar o começo das confusões da minha vida, devo me apresentar. Eu sou Sam, uma rara vampira nascida neste século. Tenho apenas duas décadas de nascida. Minha família é do Clã Lestat, somos o primeiro clã de vampiros a ser formado.  Meu tio e meu pai são denominados dois dos três filhos de Hades, já que o nosso clã vampiro é o mais velho e mais poderoso. Existem outros clãs, como o Clã das Succubus, Clã das Bruxas, Clã dos Lobos e milhares de outros. Nossa dimensão foi feita para separar o universo sobrenatural e o universo humano, pois os humanos dominaram o mundo.

Meu pai, sendo o mais velho de todos é o mais poderoso, sendo esse denominado como um rei. E era com esse que eu agora estava em grandes problemas. Somente pelo simples fato de não matar aquele humano, ele agora se transformará em alguns dias. Os Lords ( três filhos de Hades) fizeram as regras, como o clã dos vampiros é o mais poderoso isso vinha causar problemas com a quantidade deles, daí eles foram exterminados pelo que eu saiba. Aquele rapaz era o primeiro em séculos que veio a ser criado. No mundo inteiro somente minha família e alguns amigos eram vampiros, o resto pertencia a outros tipos de clãs. Resumindo, eu estava em apuros.