Memórias da Meia-noite.
A milhares de anos a dimensão sobrenatural foi formada depois da guerra e da dominação dos humanos no mundo. Os clãs sobreviventes se abrigaram e conviviam em paz, com proteção e vigilância dos chamados Lords, filhos de Had...
Na cozinha, tinha que fazer um corte no pulso para sair o sangue. Mas eu não tinha coragem de me cortar, mesmo sabendo que a saliva dela podia me curar. E se eu morrer de hemorragia? Lia como toda sua malvadeza não esperou me preparar e cortou meu pulso com a faca. Aquilo doeu pra caralho! Eu ia gritar quando ela fez algo que nem ia imaginar na minha vida inteira.
Ela me beijou.
Aquilo me surpreendeu, mas retribui. Senti que o meu corte não doía mais e quando ela se afastou abriu os olhos e a cor vermelhada entre eles logo apareceu. Estava ficando tonto e ela percebeu, lambendo o corte em meu pulso, o fazendo cicatrizar.
- Obrigado. – Murmurei enquanto afastava um pouco constrangido. No momento que nossos olhos se cruzaram, foi uma perca de tempo nos afastar porque eu a peguei pela cintura a colocando com rapidez sentada na mesa e em poucos segundos nós estávamos aos beijos outra vez.
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Ela bagunçava meu cabelo enquanto traçávamos a língua uma na outra. Meu Deus, nunca tinha percebido o como ela era quente. Me encaixei mais entre suas pernas e um gemido escapou entre seus lábios. Aproveitei para explorar um pouco o seu corpo com minhas mãos enquanto ela fazia o mesmo. Não conseguia pensar em porque nós estávamos fazendo isso, só fazíamos.
Uma hora eu tive que respirar e foi quando a nossa consciência voltou. Ela logo mudou sua feição para orgulho e se afastou descendo da mesa.
- Isso nunca aconteceu, está bem?! – Ela se virou e deu para perceber que estava envergonhada. Sorri com isso.
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- Sabia que se atraia por mim. – Falei baixo ainda com um sorriso vitorioso no rosto, porém ela ouviu, mas não falou nada.
Caminhávamos em direção à varanda e nós ainda estávamos em silêncio. Não sei ao certo ainda o que aconteceu, só sei que foi bom demais e nem se ela dissesse que foi horrível eu acreditaria. Dava pra ver o quanto estava com raiva porque baixou sua guarda. Ô menina orgulhosa!
- Aquele beijo, eu só fiz para te ajudar. – Ela quebrou o silêncio, ainda de costas para mim.
- E o segundo? – Perguntei sorrindo. – Não foi só eu que te beijei. – Ela parou na minha frente, me fazendo parar e me encarou.
