The New Bella

Você não é uma vadia de sorte

Acordei no dia seguinte com uma ressaca bem ferrada e me sentindo totalmente pesada. Estava sozinha no meu quarto e, impressionantemente, ele estava limpo. Nem parecia que na noite passada, as meninas meninas e eu estávamos enchendo a cara e fazendo uma festa do pijama.

Resolvi levantar-me e tomar um banho, não aguento o cheiro de bebida que fica no corpo depois que eu bebo muito.

Eu também não aguento. Fica parecendo bêbado de boteco.

Fui ao banheiro, soltei o cabelos - ta na hora de lava-los - e entrei no box ligando a água na quente. Fiz minha higiene e lavei os cabelos com shampoo de morango. Sai do banho, me sequei com uma toalha felpuda e coloquei uma roupa preta limpa, sequei meu cabelo e fiz um coque.

Pronto, agora sim ta parecendo gente.

Peguei meu celular e vi que tinham alguns emails do meu pai - ele me mandou fotos dele e de Sue no lago - e um outro estranho dizendo:

"Confia no teu coração e se os mares pegarem fogo

e viva pelo amor

Mesmo que as estrelas caminhem na direção oposta"

O que leva alguém a mandar um email com um poema de E. E Cummings?

Quem será quem mandou?

Dei de ombros e o guardei no bolso, fui até a cozinha para fazer algo para comer. Enquanto passava em frente a um dos quartos ao lado do meu ouvi Stefan dizendo "Você prometeu!" e depois alguns sussurros, possivelmente Phill.

– Eu vou te matar Damon! - era a voz da minha mãe.

Fiquei parada em frente ao quarto tentando ouvir o que eles falavam, mas não ouvi mais nada.

Pelo jeito perceberam que você é enxerida e ficaram quietos.

Suspeito, muito suspeito.

Fui para a cozinha e fiz um sanduíche, comi pensando no que ouvi. O que será que houve?

Você não tem sorte hein. Sai de uma cidade que demorou meses pra descobrir um segredo e vai para outra onde vai ter que descobrir mais segredos.

É, sou uma vadia de sorte.

[...]

Depois que comi, voltei para meu quarto e deitei.

– Bella! – alguém cantarolou, ainda não sei distinguir a voz das meninas. Abri os olhos e vi que era Caroline - Bella querida, o que acha de irmos a uma boate? – Pela cara sorridente ela com certeza não iria aceitar um não.

– Claro – estava mesmo precisando sair – Só me dá alguns minutos que estarei pronta.

Ela assentiu sorridente e saiu do quarto.

Peguei minha roupa intima e fui tomar meu tão delicioso e desejado banho. Durante o banho fiquei pensando nas coisas que ouvi. Como assim matar o Damon? E por que ela estava tão nervosa? O que Stefan quis dizer com “você prometeu”? E o que o Phill tinha com tudo isso? Sai do chuveiro, me sequei e coloquei minha lingerie preta, enrolando meu cabelo na toalha logo em seguida.

Abri minha mala, já que ainda não tive tempo de arrumar nada, e peguei uma calça vermelha e preta, um top preto e uma anklee boot preta. Coloquei minha roupa, sequei o cabelo e fiz cachos nas pontas e o coloquei de lado. Esfumei bem uma sombra preta e passei um batom vermelho. Olhei-me no espelho e aprovei o resultado. Até que ser cunhada de Alice teve suas vantagens.

Sai do quarto e não encontrei ninguém no corredor. Todos estavam me esperando na sala.

– Então, vamos? – Caroline falou animada. É sério que essa galerinha está sempre animada?

– Vamos! – Klaus surgiu de não sei aonde e pegou Carol pela cintura. Reparei que Elena revirou os olhos, mas sorriu mesmo assim.

– Elena e eu vamos de moto. Bella, acho melhor você ir com a Bonnie... – Stefan mal terminou de falar e Damon negou falando que eu iria com ele. Só aceitei por motivos:

1) Ele é um gato.

2) Eu terei um pouco de privacidade com ele.

3) Se eu for com qualquer outro casal eu seria vela.

– Divirtam-se e não cheguem tarde. – minha mãe falou quando passamos por ela e Phill (que estavam quase se agarrando ali mesmo no sofá – diga-se de passagem).

Damon me puxou para um carro preto que não consegui perceber muito bem qual era e na verdade não estava nem um pouco interessada em saber qual é. Entramos no carro e ele logo acelerou em direção a boate.

O caminho até a boate foi normal, ouvimos música e conversamos um pouco, não falamos sobre o que aconteceu em casa e não tiveram segundas intenções.

Aham, vocês devem estar pensando em como fazer sexo imprensados numa parede da boate.

É sério, minha consciência não para nunca.

Quando chegamos à boate já se era possível ouvir as musicas mesmo estando ainda no estacionamento. Damon segurou na minha mão e fomos ao encontro de nossos amigos.

– Vamos nos divertir – Caroline falou puxando Klaus com ela.

A fila estava imensa, mas Klaus conversou com o segurança e ele rapidamente nos deixou passar; as pessoas que estavam na fila começaram a reclamar, mas não ligamos para esses recalcados.

Me soltei do Damon e fui direto para o bar.

[...]

– Vai! Vai! – ouvi as pessoas gritarem.

– Desce dai Bella – a voz de Damon ressoou por cima de todas as outras.

– Vem me tirar daqui! – bati o pé. Minha visão estava meio turva, mas pelo que consegui enxergar eu estava em cima do bar, descalça e muito suada. Ou era cerveja? Não sei.

Damon subiu no bar e me pegou, jogando-me em seu ombro como se eu fosse um saco de batata e saiu abrindo espaço na multidão.

– Vou vomitar – senti tudo o que tinha na barriga ir em direção a minha boca. Damon rapidamente me colocou no chão e eu despejei tudo o que tinha. – Eca.

– Nem me fale.

– Eca, o que houve? – Elena falou.

– Duas Elenas – bati palmas. A Elena tem uma irmã gêmea.

– Ela está bêbada – Damon falou.

– Não, a Bonnie está bêbada – ele apontou onde uma menina dançava com três caras enquanto Jeremy estava de braços cruzados com uma cara nada boa – a Bella está quase em coma alcoolico.

– Não... – nem consegui terminar a frase porque minha musica favorita começou a tocar e fui em direção a pista.

Eu rebolava bem bêbada ao som de R U Mine?

– Já chega – Damon me puxou de novo, mas dessa vez em direção ao carro. Eu estava muito fraca para discutir com ele, então só deixei ele me levar.

[...]

Que isso na minha cabeça? Será que me bateram com uma marreta? Por que estou com frio? Tentei abrir meus olhos para procurar um edredom, mas a luz do sol acabou deixando minha visão turva. Gemi pela ardência nos meus olhos e virei-me na cama. Senti um corpo quente ao meu lado e fui me aproximando cada vez mais dele, até que senti alguma coisa rodeando a minha cintura.

Hm... Que braços fortes e quentes...

ESPERA! Braços? Quentes?

Tentei empurrar o corpo ao meu lado para longe de mim, mas foi em vão, parecia duro feito pedra.

– Hm... Para de se mexer. – como assim? OMG, com quem estou?

É sério, você não é uma vadia de sorte.

Continua [...]