POV Edgar
Depois que as meninas foram descansar eu fiquei sozinho, coloquei a nave no piloto automático, e fui até um local que eu gostava muito, era bem próximo a cabine do piloto então eu poderia ir tranquilo, chegando lá eu sentei no chão da nave e esse local era o único onde o chão era transparente então dava pra ver o que passava em baixo de nós, como as pequenas estrelas e alguns planetas muito pequenos.
[...] Fiquei sentado ali por um longo tempo, pensando em como as coisas aconteciam em um piscar de olhos, a alguns dias atrás estava sentado junto a minha família todos muito alegres, e hoje estou aqui nessa nave somente com a minha Irmã Lúcia e com a Alice e o peregrino, talvez seja o destino que tenha planejado que aconteça tudo isso nas nossas vidas ou talvez só seja nossa historia tomando o caminho que devia. Fiquei tanto tempo olhando para o nada que quando fui tentar levantar fiquei com tontura e acabei preferindo sentar de novo e foi quando peguei no sono e tive esse sonho.
Flashback: estava em um lugar escuro sozinho, e de repente uma luz se acendia atrás de mim e eram meus pais e a Lúcia e eu corria até eles mas quando eu ia os abraçar eles sumiam, e essa cena foi se repetindo várias vezes até que em uma delas a Alice apareceu e disse:
– A partir de agora você está sozinho, todas as pessoas que você dizia amar foram mortas em um grave acidente, não restou ninguém e você perdeu a oportunidade de ser feliz. - ela dizia isso e ia desaparecendo e sua voz ficava cada vez mais longe, e eu tentava correr atrás dela mas eu estava preso e quando eu fiquei sozinho de novo eu consegui sair do lugar em que eu estava, mas todo o cenário escuro tinha se transformado em uma linda casa e tinha três crianças brincando no quintal de bola e Alice estava brincando com elas, e passado um tempo deles brincando Alice mandou todos entrarem para se arrumarem, e foi o que todos fizeram, ela passou por mim e me deu um pequeno beijo na bochecha e entrou na casa, mas de repente tudo estava ficando diferente a linda casa agora era um lugar feio e que dava medo, e eu entrei na casa e fui até os quartos mas chegando lá só encontrei os corpos das três crianças já sem vida, e ouvi um grito vindo de um outro quarto, logo corri até lá mas quando cheguei já era tarde de mais e só consegui ver a Alice caída sem vida, eu cai no chão gritando e chorando desesperadamente... Acordei com a Alice me cutucando carinhosamente.
– Alice? - perguntei chorando e temendo que fosse outro pesadelo.
– Sim, sou eu, calma foi só um sonho ruim já vai passar. - ela disse e me abraçou e ficou me acalmando, até que eu fui ficando mais calmo e parando de chorar.
– Está mais calmo agora? - ela perguntou fazendo carinho no meu ombro.
– Sim, acho que sim. - respondi calmamente para ter certeza que conseguiria falar.
– Quer me contar o que você sonhou? - ela perguntou e eu contei todo o sonho.
– Calma não precisa ter medo, você ainda tem a Lúcia e eu aqui com você.
– Obrigado, não sei o que seria de mim agora sem vocês.
– Acho que não seria nada. - ela disse rindo e eu acompanhei.
– agora vamos levantar daqui para comer alguma coisa, pois estou morrendo de fome. - ela disse, e já é normal ela falar que está com fome porque ela fala o tempo todo. Levantamos e fomos até a cabine que ficava os suprimentos.
Um dos lados que eu mais gosto da Alice é que ela consegue me distrair muito fácil, e sempre consegue me fazer rir.
[...] Comemos e ficamos um tempo jogando conversa fora, até que a Lúcia apareceu e sentou pra comer o que nós havíamos preparado.
– Sentiu o cheiro de longe né dona Lúcia? - brinquei com ela, pois todas as vezes em que eu estava comendo alguma coisa ela aparecia, sai logo de lá antes que ela jogasse alguma coisa em mim. Só ouvi ela gritando.
– PARA DE SER CHATO E ME DEIXA COMER EM PAZ.
Sai rindo e fui direto para a cabine, chegando lá levei o maior susto, pois estávamos bem perto de um planeta, ainda bem que eu cheguei a tempo se não, não sei o que teria acontecido com a nave, eram tantas as possibilidades.
– ALICE CORRE AQUI. - gritei ela, que logo apareceu.
– O que houve Edgar?
– Olha esse planeta ai na frente, você vai querer parar nele? - perguntei com medo da resposta, não estava com um pressentimento muito bom sobre parar lá.
– Não sei, o que você acha? Esse planeta é tão estranho dá até arrepios.
– Eu estou com um pressentimento ruim sobre esse planeta, acho melhor seguirmos em frente, mas a decisão é sua. - deixei nas mãos dela, pois era ela quem estava atrás da rosa.
– Bom vamos fazer assim, vamos nos aproximar só para darmos uma olhadinha, não vamos nem descer da nave, tudo bem para você?
– Claro, mas vamos manter um distância segura, se algo acontecer nós saímos o mais rápido o possível de lá.
Eu não gosto muito da ideia de descermos nesse planeta, ele lembra algumas partes do pesadelo que eu tive a pouco tempo, ainda bem que a Alice não vai querer descer, vejo que ela também está com um certo medo, mas a curiosidade dela era maior, fomos nos aproximando e o pressentimento só aumentando.
– Alice acho melhor pararmos por aqui mesmo, o pressentimento só esta aumentando.
– Vamos só mais um pouco, daqui eu não consigo ver muita coisa.
estávamos quase chegando no planeta quando a Lúcia veio correndo.
– Edgar vamos voltar pro nosso caminho, você esqueceu da história que o papai contou para nós uma vez ?
– Que história? - a Alice perguntou
– Edgar volte que eu conto para ela.
– Claro. - foi a única coisa que respondi, precisava sair de perto daquele lugar o mais rápido o possível. Fui pilotando a nave para sair daquele local, enquanto Lúcia contava a historia para a Alice.
– Bom Alice, quando eramos menores nosso pai sempre contava histórias a noite sobre planetas que ele ou alguém já tinha visitado e tinha conseguido voltar vivo, em uma dessas noites ele contou a historia de um planeta, necessariamente desse planeta. - Lúcia apontou para o planeta a nossa frente e continuou.
– ele disse que esse planeta é assim porque houve uma guerra, e as pessoas que ganharam a guerra fizeram uma promessa de que ninguém que fosse de fora daquele planeta entraria nele e sairia vivo, eles fizeram várias armadilhas para que as pessoas nem passassem da entrada morressem lá mesmo, você não viu os corpos?
– Quais corpos? - Alice perguntou.
– Os corpos logo na frente daquele planeta, estávamos tão perto que dava para ver em um canto a pilha de ossos.
– Era por isso que você não queria ir mais próximo Edgar ? - Alice me perguntou.
– Também, mas eu estava mesmo sentindo o pressentimento.
Consegui voltar para nossa rota e continuamos nosso caminho.Bom gente está aí mais um capítulo, espero que tenham gostado, desculpa a demora ocorreu alguns imprevistos que me deixaram sem ânimo para escrever, se você gostou deixa sua estrelinha e se você achar que eu devo melhorar em algo deixe seu comentário isso ajuda muito, obrigado e até o próximo capítulo beijos
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A Menina Que Procurava A Rosa Perfeita
RandomOi, meu nome é Alice moro em um lugar chamado paraíso, tenho dezoito anos, perdi minha mae quando era bebê e não conheço meu pai. Estou a procura de uma (Flor) rosa perfeita, e enquanto estiver a procura dessa rosa passarei por muitas loucuras, vou...