Capítulo 15 - Fugitivos

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POV Lúcia
- Ei! - ouvimos alguém chamando e quando viramos era quem menos esperávamos ver ali. Era... Era nosso pai, eu não acreditava que era ele, mas não tinha como duvidar, eu não sabia se abraçava ele ou se ficava chateada, eu pensei que ele estivesse morto, mas se ele estava aqui, nossa mãe devia estar com ele também. Tudo aconteceu muito rápido, em alguns segundos estávamos vendo ele, e no outro apareceram os mesmos caras atrás dele, mas eles não o prenderam como eu achei que fariam.
- Venham por aqui. - ele disse entrando na casa, mas ficamos meio em choque e não o seguimos, e acabamos sendo forçados a seguir nosso pai. Fomos para um porão que tinha na casa e quando chegamos lá, nosso pai sentou em uma cadeira que tinha e nós ficamos em pé na sua frente.
- O que vocês estão fazendo aqui ? - ele perguntou.
- Eu que devia perguntar não acha ? Eu achei que vocês estivessem mortos. - Edgar falou com um tom meio frio.
- Onde está nossa mãe? - perguntei, porque até o momento não tinha visto ela.
- Ei calma eu não consigo responder tantas perguntas assim. - ele disse mas com certeza ele estava mentindo porque, quando eu era pequena eu fazia várias perguntas e ele respondia todas tranquilamente.
- Bom, primeiro acho bom vocês terem educação comigo, segundo a mãe de vocês não veio comigo. - não acredito que ele deixou nossa mãe naquele lugar correndo perigo.
- O que ? Porque ela não veio com você ? Como você pode deixar ela lá sozinha? - perguntei quase sussurrando, Edgar estava em silêncio, mas eu vi nos olhos dele que ele estava sofrendo tanto quanto eu ao saber que nossa mãe não tinha vindo.
- Eu não amava mais a Clara, só continuei com ela porque vocês acharam aquela garota e ela tinha algo que me interessava, falando nisso cadê ela? - ele perguntou com um tom ameaçador.
- Não é dá sua conta, eu não acredito que você foi capaz de deixar ela morrer ela não tinha te feito nenhum mal. - eu disse segurando o choro.
- É da minha conta sim, ela tem algo que eu quero e espero que ela não tenha fugido com a nave, porque se ela estiver fugido vou atrás dela onde ela estiver, e outra a clara deve ter morrido mesmo e era isso que ela merecia por ter deixado vocês fugirem com a nave. - não consegui me segurar e fui pra bater nele, mas os caras que estavam atrás de nós me seguraram.
- Sinto pena de você, e nesse momento Alice deve estar bem longe.
- Como assim longe? Ela não estava com vocês ? - Ele perguntou gritando, e eu tive uma vontade imensa de rir, mas consegui me segurar.
- E ela estava, mas a essa hora ela deve estar bem longe. - Edgar disse com um tom sarcástico.
- Prendam eles em algum lugar e vamos atrás dela, ela não deve estar muito longe. - ele disse e saiu do porão, logo fomos amarrados juntos em duas cadeiras que haviam ali e eles saíram.
- Ah eu preciso sair daqui, estou apertada para ir no banheiro. - eu disse, e era verdade eu precisava ir no banheiro, e precisava também dar um jeito de fugir pois não queria voltar a ver o rosto daquele cara que um dia eu chamei de pai.
- A Alice está correndo perigo e você está pensando em fugir para ir no banheiro? Você è impossível. - Edgar disse, e tentou puxar algo que tinha em seu bolso.
- Claro que quero fugir para achar a Alice mas preciso ir no banheiro né. - eu disse como se fosse óbvio.
[...] depois de um tempo tentando nos soltar estávamos quase conseguindo quando escutamos um barulho e Edgar parou de tentar tirar a corda achando que era o Rafael e quando menos esperamos nosso socorro chegou.
Sim a Alice, ela não tinha ido embora como pensávamos, sabia que ela não largaria a gente aqui e iria sozinha.
- Nossa ainda bem que achei vocês, já estava começando a achar que eles tinham levado vocês para um lugar pior. - Ela disse, e correu para nós soltar terminou de desamarrar as cordas e nos abraçou.
- Alice eu achei que tinha dito para você ir embora. - Edgar disse e balançou a cabeça negativamente, mas depois sorriu.
- É você tinha me dito isso, mas eu não quis te escutar, e você devia me agradecer por isso né, mas vamos deixar isso pra depois, agora me conta quem são aqueles caras ? - ela perguntou e achei correto contar toda a verdade para ela.
- Bom quem nós pensávamos que estava morto não está mais. - eu disse e ela me pareceu bem confusa.
- Espera aí... Seus pais ainda estão... Vivos ?
- Mais ou menos, nossa mãe... - Edgar disse mas não terminou a frase e acho que ela entendeu.
- Mas então porque que o senhor Rafael não solto vocês?
- Alice, ele não é mais nosso pai, nossa mãe morreu por culpa dele, e foi ele quem nos prendeu aqui, e ele está... Te procurando porque ele quer a nave. - eu disse e ela ficou um tempo calada.
- Então vamos embora logo antes que ele volte.
Quando estávamos saindo escutamos uma voz atrás de nós.
- Olha quem apareceu! Minha querida Alice. - olhamos para trás e ele estava sozinho, então teríamos chance de fugir.
- Olha quem eu achei que estava morto e não está! - ela respondeu sarcasticamente
- É nem tudo é o que achamos ser não é mesmo? - ele disse sorrindo.
- Fala logo oque você quer.
- Se você me der a sua nave vocês saem daqui sem nenhum arranhão, agora se você não quiser me dar ela por livre e espontânea vontade vocês vão simplesmente ficar aqui e me fazer companhia. - ele disse e se sentou na cadeira, Alice olhou para mim e eu entendi o que ela queria dizer, ela ia enganar o Rafael.
- Bom tudo bem, eu te entrego a nave. - ela disse, Edgar pareceu não acreditar mas ficou calado, ela entregou a chave a ele.
- Boa menina, agora vocês podem ir embora.
Saímos de lá o mais rápido possível, e ela nos levou para um lugar bem distante de lá.
- Eu sei, não devia ter feito aquilo mas quando encontrei o lugar que vocês estavam, eu ouvi a parte que ele queria pegar a nave e sai de lá o mais rápido possível, voltei até a nave e tirei umas coisinhas dos motores, peguei tudo que era nosso e então eu ouvi vozes e voltei para pegar vocês, cadê o peregrino?
- Não sei ele estava com a gente quando encontramos o... - de repente ele apareceu abanando o rabinho e pulou na Alice.
- O que isso que você tem na boca meu pequeno? - Alice disse e ele entregou uma chave para ela, era uma chave diferente da que ela entregou ao Rafael, mas não era uma chave qualquer era a chave de uma outra nave.
- Era a nave que era da minha mãe, e o Rafael não gostava dessa nave porque ela era muito velha, e ele queria a sua porque era uma dos últimos modelos, e ele havia conseguido. - Edgar disse.
A nave da minha mãe era velha mas funcionava muito bem, fomos então em direção a nave que estava um pouco mais afastada daquele local.

Oi gente voltei, espero que vocês tenham gostado desse capítulo, se você gostou deixa uma estrelinha aqui e se quiser um comentário também é muito bem vindo kkk
Bom até o próximo capítulo e obrigada a quem está acompanhando!! Beijos

A Menina Que Procurava A Rosa PerfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora