21. Sonhos

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- Ei, Louis! – eu digo me sentindo aliviado, como se eu não tivesse respirado facilmente sem sua presença.

Eu odeio como o meu corpo já o conhece, como ele reage de forma tão diferente a ele do que com qualquer outra pessoa. E porra, isso lhe dá o poder sobre mim, algo que ninguém jamais teve, desde o dia que eu tinha um mundo livre, longe dele.

- Eu posso entrar?

- Alô? Olá? Oláaaaaaaa? – Sarah grita no telefone.

Oh, merda.

- Me deixe ligar pra você de volta, ok? – murmuro ao telefone.

- O quê? Quem é esse? Quem está aí?- Sarah pergunta.

- Talvez eu devesse voltar... Eu... – Louis sussurra sobre os gritos irritantes de Sarah.

Eu balanço minha cabeça para ele e detenho-o com uma mão enquanto ele tenta se afastar, então me viro para que eu possa lidar com Sarah corretamente.

- O que eu tenho na minha casa não é da sua conta. Entendeu? Você é uma funcionária e nada mais. Mas da próxima vez que você pensar em abrir a boca pra me questionar, você não vai ser mais isso. – digo friamente e desligo o telefone pra que minhas merdas não assustem Louis, e me viro de volta pra ele, esperando, rezando, que ele ainda esteja lá.

- Uau! Olhe pra você, o chefão, estalando o chicote! Ai!

- Estalando o chicote? –sorrio maliciosamente, dando um passo para o lado pra que ele possa entrar. Então acaricio sua bochecha com apenas um dedo quando ele cora.

- Você queria ter essa sorte? O chicote pode ser bem prazeroso. – eu pergunto ainda pegando em sua bochecha.

- Sr. Styles, você está flertando comigo?- ele pergunta girando o rosto pra mim com a mão no quadril.

Eu fecho a porta e me inclino pra trás cruzando os braços na minha frente.

- Eu não sei. Depende do porque de você estar aqui.

- Isso é ridículo, ou estúpido. Mas visto que eu já babei em você e provavelmente você já me ouviu roncar. Enfim, vamos esquecer isso. Ok?

Ando pra ficar diretamente na frente dele e pego seu rosto em minhas mãos, parando suas palavras depreciativas. Ele é tão macio, eu posso até sentir o calor do seu rosto em minhas mãos... É como segurar fogo.

- O que eu posso fazer por você, Louis?

Ele olha admirado e seus lábios se apertam, fazendo com que meu olhar estude o movimento. Como pode ser isso? Este poderia ser o momento em que eu confesso os meus pecados e beijo este belo anjo, o momento em que eu poderei provar o céu pela primeira vez.

"Faça. Olhe para ele, ele está implorando por você."

Beijar Louis seria tão fácil. Tocá-lo, beijá-lo, abraça-lo, saboreá-lo... Seria como respirar. E porra... Eu quero respirar, quero inspirar ele em todos os sentidos possíveis... Mas eu não quero contaminar ele, não quero que ele seja igual a mim: um trapaceiro, desviado, um mentiroso. Ele merece algo melhor, não pior do que ele já tem, que é Zayn.

Porra. Ele não me quer. Louis tem ele. Essa verdade é como ser despejado em uma banheira de água gelada e eu me afasto dele, retirando as minhas mãos das suas bochechas.

- Então, hum, eu preciso de sua ajuda Styles. Por favor.

Eu levo as mãos ao meu cabelo, apenas para me dar o que fazer e em seguida, vou para a cozinha pegar uma bebida, para a minha boca subitamente seca. Pego uma chaleira de chá... Não! Suco? Água? Não!

TAINT [sexual education] l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora