2. Maldito Dia

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-Bem, Harry Styles... você é um professor de merda. Não sabe nada sobre as nossas situações. Não há magia de cura para os nossos casamentos. Você não sabe de nada, o que sabe das nossas vidas? Provavelmente fez sua pesquisa no Google ou nas páginas do TMZ. – ele fala com uma onda de arrogância e bebe mais um gole do seu vinho.

Imitando sua ação, volto para o meu assento, pouso meus dedos na frente do meu queixo, os cotovelos apoiados na cadeira e mergulho meu olhar pra ele. Assim com pouca quantidade de maquiagem, para mascarar o inferno inegável em sua pele, eu o defino:

- Louis William Tomlinson-Malik, marido de Zayn Malik e filho de Mark Tomlinson e Johannah Darling. Formado em negócios e finanças desde 2009, embora sua paixão verdadeira seja Filantropia (estudo do humanismo), gasta seu tempo livre trabalhando nas instituições de caridade e organizações sem fins lucrativos. E na faculdade conheceu Zayn, seu marido. Você era exclusivo para ele, durante o Natal de 2008 ele te propôs casamento na frente das duas famílias na propriedade de seus pais em Paris. E no verão seguinte, se casaram e sua lua de mel foi no Caribe. Você odeia aranhas, filmes de terror, e você não pode funcionar sem o Starbucks, e tem o vício pelo sorvete Chip Chocolate Mint.

E você toma esse sorvete todo dia, é sua droga atualmente, eu acredito. E de acordo com os tabloides, seu marido está dormindo com seu melhor amigo e com a metade das garotas de Wimbledon, onde vocês moram. Além disso, vocês não fodem nos últimos meses, mas isso é apenas um pouco do que eu não peguei no Google. – levanto minha sobrancelha e me inclino pra frente da mesa.

- Devo ir em frente? – pergunto presunçosamente.

As ondas de silêncio invadem a sala. Os olhos de Louis Tomlinson têm lágrimas sendo transformado em um oceano de dor. Eu não me importo, não deveria me importar.

- Bem, parabéns seu babaca! Você sabe navegar na Wikipédia! – ele diz, com a boca seca e sua taça de vinho vazia.

E como uma graciosa gazela, levanta da sua cadeira, de cabeça erguida e sai da sala. Eu me viro para continuar apreciando a minha refeição. Um a menos, apenas dez para ir em frente, ele não é o primeiro e não será o último a desistir.

- O faça ficar!- uma voz sussurra. Elizabeth, a dona de casa que está mais preocupada em ser digna do que onde seu marido coloca seu pau.

- Por que eu deveria?

- Porque ele precisa de você. Todos nós precisamos de você. – várias cabeças acenam em acordo em torno da mesa.

- Talvez ele precise mais do que qualquer outra pessoa. – ela completa.

Mais acenos e alguns murmúrios.

Eu suspiro desistindo, sabendo exatamente o que estou prestes a fazer, indo contra os meus princípios, que aprendi durante esses seis últimos anos:

"Nunca fique emocionalmente envolvido com um cliente"

"Nunca pressione ou os persuada, isso tem que ser uma escolha deles"

"E nunca, jamais, peça desculpas por sua técnica não-convencional, mesmo quão cruel ou ousado que possa parecer."

Chego à porta de sua suíte que está entreaberta, mas eu bato, deixando-a ranger para me revelar.

- O que você quer?- ele pergunta se recusando a olhar pra mim, arrumando sua mala de roupa.

Entro sem me preocupar em esperar por um convite e fecho a porta.

- Indo para algum lugar?

- Para casa, isso foi um erro.

-Isso é engraçado, eu nunca te imaginei como um desistente.

TAINT [sexual education] l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora