Chapter Five

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- S-será que ela vem mesmo? - O moreno estava aflito. Era o dia do seu casamento com a baixinha, depois de um ano de namoro ele não teve dúvidas de que era ela quem queria para viver o resto de sua vida. Como havia se estabelecido nos Estados Unidos novamente, ele é americano de nascença e foi morar com a mãe na Itália desde cedo, decidiu pedir a mão da sua garotinha.



Aconteceu num dia tranquilo de domingo quando estavam no apartamento da pequena, esta falava sem parar, animada por conta dos seus primos e como eram umas gracinhas. A menina Jullie tinha os cabelos azuis de Juvia e os olhos de Gray, enquanto o menino, Zack era a cópia perfeita do pai. O maior sempre ficava admirado e bobo perto da menor, aquele sorriso dela era sempre tão contagiante.


- Levy tem uma coisa que eu preciso te falar... - Sussurrou no ouvido, fazendo com que a azulada se arrepiasse em seus braços.


- O que foi? - Se virou com certa curiosidade.


O moreno desfez o abraço e se ajoelhou na frente dela, os olhos já se enchiam de lágrimas sem que percebesse e soltar um suspiro foi impossível quando ele abriu a pequena caixinha preta com duas alianças.


- Você aceita casar comigo? - Perguntou temeroso, claro que sempre iria existir a insegurança, a pergunta foi a confirmação que precisa para pular em cima do seu namorado e lhe encher de beijos por todo rosto.


- Sim eu aceito! Ai Gajeel... - Finalmente saiu de cima do maior, esse pôs a aliança em seu dedo e ela fez o mesmo. - Eu estou tão feliz. - Abraçou-o com força.


Gajeel apenas respondeu com um singelo beijo na testa e sorriu de canto, permitindo-se finalmente abraça-la e roubar-lhe um longo beijo.



- Elas vão chegar... Tenho certeza. - Gray ao seu lado não estava muito diferente, estavam compartilhando da mesma aflição, e se as duas decidissem os abandonassem no altar? Seria uma dupla vergonha já que marcaram a data juntos, planejaram tudo juntos e talvez o coração de ambos os rapazes não aguentassem tamanha humilhação.


- São as noivas. - Alguém gritou dando início a marcha nupcial.


O local escolhido para a cerimônia foi o grande jardim da casa dos pais de Gray, a pedido da mãe, afinal. Poucas pessoas se faziam presentes entres os convidados, só os amigos mais próximos. Lucy e Natsu formavam o casal de padrinhos de Gajeel e Levy, enquanto Evergreen e Elfman foram os de Juvia e Gray. Entre os convidados estavam o doutor que fez o parto de Juvia, Makarov, junto com seu neto Laxus e a esposa grávida, Mirajane. Cana e Bacchus, seu namorado, e do lado Gildarts sempre a vigília da filha, era um pai bastante ciumento. Até Rogue fora convidado, a seu lado estava uma "amiga", chamada Minerva.


Como o pai de nenhuma das mulheres viviam mais nesse mundo coube a Silver, pai de Gray, a tarefa de entregá-las. Estavam deslumbrantes, enquanto o vestido de Juvia era mais chamativo e cheio de detalhes, Levy optou pela simplicidade, sempre com um belo sorriso emoldurando seu rosto, no ápice de sua felicidade.


Zack e Jullie foram quem trouxeram as alianças, acompanhados por Mika, a cerimônia correu tranqüila e o tão aguardado momento do sim aconteceu. Os casais foram ovacionados com palmas e chuva de arroz, todos seguiam agora para o buffet onde seria a festa, para ver a primeira dança do casal.


- Eu nunca me senti tão feliz. - A baixinha confessou. Estava agarrada ao seu moreno dançando uma música lenta e agradável, fechou os olhos querendo que aquele momento não acabasse nunca.


- Eu também não... - O maior sussurrou baixinho, atraindo a atenção da azulada para si. - Eu te amo Levy. - Disse olhando nos olhos dela.


- Eu também te amo Gajeel. - Desviou o olhar, envergonhada, mais logo retribui o marido com um calmo selinho.


Dançaram a noite toda, foram felizes a noite toda e fizeram amor a noite toda.



(...)



- Mamãe onde está o papai? - A pequena Charlie, apelido derivado de Charlotte, puxava o vestido da mãe.


Levy estava concentrada lendo um livro sobre a Grécia antiga, sua barriga já era visível graças aos 5 meses de gravidez.


- Ele chega logo querida. - Fechou o livro e tirou os óculos de leitura, convidando a pequena a se deitar em seu colo.


- Eu não quero... Eu só quero... - Nesse instante a campainha toca. - PAPAI! - A menina corre para atender.


- Charlie. - Gajeel pega a criança no colo. Charlie tinha 4 anos e era uma criança ativa e esperta, imagem e semelhança do moreno, puxou da mãe o amor pela história.


- Anda papai, tenho algo pra te mostrar. - Agitada desceu do colo do pai e correu pelos corredores, o puxando.


- Esses dois... - A azulada sorriu.


- Mamãe, mamãe! - Logo depois a garotinha voltou correndo, com uma caixa em mãos. - Parabéns! - Extendeu até a maior e dando-lhe um estralado beijo na bochecha se sentou ao lado dela.


- Parabéns meu amor. - Gajeel chegou logo depois e deu-lhe um breve beijo. - Abra. - Sorriu incentivando-a.


A azulada confessa que estava curiosa, logo no começo quando soube da gravidez, quando começou todo o processo de pré-natal até chegar no 4º mês, Gajeel a acompanhou até a clínica para o ultrassom, finalmente iriam saber o sexo do bebê, só que não foi isso que aconteceu e Gajeel pediu ao médico que não contasse nada a Levy e que inventasse a desculpa de que não conseguia saber o sexo do bebê (Claro que ela não sabia disso).


Quando a caixa foi aberta um envelope daquela mesma clínica estava em embaixo de um par de sapatinhos, sapatinhos azuis.


- E-então você leu? - Disse abismada, recebendo um aceno positivo do marido. - N-nosso garotinho querido. - Chorou se abraçando no marido, sendo amparada pela filha que lhe fazia carinho nos cabelos.


- Eu vou ter um irmãozinho mamãe! Você 'tá feliz mamãe? Eu 'tô muito feliz! - Charlie comentava animada. Levy enchugou as lágrimas beijando Gajeel. - ECA! - A pequena reclamou e os dois se separaram rindo.


- Eu estou muito feliz meu anjo. - Beijou a testa da garota.


- Só não vai me esquecer. - Cruzou os braços fazendo bico.


- Claro que não meu amor. - Riu e abraçou os dois amores de sua vida, agora eram três e ela mal podia esperar para que esse garotinho chegasse e trouxesse mais alegria ainda a sua vida.


Estava completa, e aquele pedaço que faltava em seu coração fora preenchido com muito amor, tanto que não cabia em seu peito.


Enquanto a Gajeel, tinha certeza que ela seria para sempre a sua garotinha.

Little GirlOnde histórias criam vida. Descubra agora