Suck It And See

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Nota da Autora:
Bem, esta é minha primeira Fanfic envolvendo a banda, então não sei se está necessariamente bom, mas decidi posta-lá pois me empolguei, tive um sonho com a ideia toda, então espero que gostem, a história será explicado totalmente nos
próximos capítulos. Sem mais enrolação, aí está a história <3
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Playlist da fanfic: https://open.spotify.com/user/12155482485/playlist/0vV7OTHWWL6ghtsvrpPIsN
Musicas do Capítulo: Too Much To Ask, Cherry Wine.
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"Your love is like a studded leather headlock
Your kiss it could put creases in the rain
You're rarer than a can of Dandelion
And Burdock
And those other girls
Are just postmix lemonade
Suck it and see, you never know
Sit next to me before I go
Jigsaw women with horror movie shoes
Be cruel to me, 'cos I'm a fool for you"

E quem diria, essas palavras poderiam transformar sua vida em um inferno, reforçou Dakota. E que a faria conhecer o demônio em sua forma real, que agora estava sentado a sua frente, e ele tem um nome, Alex Turner.
Os dois permaneciam em silêncio, separados por uma mesa de centro, que era grande demais para o espaço entre os sofás. Sofás brancos e de couro, que haviam um espaço considerável para três pessoas se sentarem à eles, mas na cabeça de nenhum que estava ali presente, se passava a ideia de se sentarem lado a lado. Não naquele momento.
Alex a encarava, mas não era um olhar simples, havia um rancor, um ódio tão forte, que nem o próprio conseguiria descrever ou ao menos saber de onde veio. Sua vontade era de quebrar tudo o que havia em sua frente, com a maior força possível, conseguia sentir sua veia em seu pescoço pulsar freneticamente, que estava mais do que aparente em seu corpo.
Dakota apenas não ligava mais, não fazia nada, e estava pouco se fodendo para Turner e para o seu jeito idiota e egocêntrico, era tudo diferente agora, e de uma maneira que não poderia ficar pior.
Ela não tinha mais forças, não conseguia conversar, dormir, e fazer grandes esforços, o pior que sua única companhia (infelizmente) era Alex.
Ele é assustador e intimidador, o que a deixava totalmente desconfortável naquela situação, com os olhos enormes somente ali, focados na jovem, e a sua veia assustadoramente pulsando em seu pescoço e seu maxilar marcado com ódio.
Turner passou as mãos nos bolsos de sua jaqueta de couro, procurando seus maços de cigarro. Isso o impediria de fazer qualquer coisa absurda, mas em fracasso não os encontrou, lembrando que Dakota havia utilizado os últimos nessa manhã.
- Saia -  disse se desfocando de seu pensamento e olhando para em baixo em procura a um maço nas pequenas duas gavetas da mesa.
Era tudo o que ela queria ouvir.
Mas sem forças não conseguia retirar sua perna tão rapidamente quanto queria, a mesa era grande demais para o espaço e suas pernas.
Alex iria explodir a qualquer minuto, era agoniante a lerdeza da garota para ele.
- Pelo amor de Deus saia logo! Você é tão burra ao ponto de não conseguir sair de uma porra de um sofá? - ele gritou finalmente achando um maço em meio a segunda gaveta.
- É e-essa mesa estu-upida - ela decidiu não falar muito alto pois percebera sua reação à sua resposta.
Logo em seguida a retirou rapidamente, um medo a tomou, sem motivo, ou talvez fosse apenas ele que ainda a olha assustadoramente.
Ele suspirou e logo acendeu o isqueiro se curvando ao cigarro e o acendendo, tragando profundamente e soltando.
Dakota se distraiu com a cena, parando seus passos da saída da sala de estar e o olhou suavemente, não se sabe o por que ela fez isso, mas ele percebeu e retornou seus olhos a ela.
O medo voltou em si e ela seguiu, o ouvindo murmurar.
  - Vadia - ela o viu ser recostando ao sofá pelo canto de seu olho.
  - Vá se foder, seu merda - as palavras da garota saíram involuntariamente, de uma forma tão baixa, mas perceptível.
Ele parou sua tragada pela metade e arqueou as sobrancelhas surpreso, quem essa puta pensa que é?
O corpo de Dakota gelou, percebendo o barulho sumir totalmente, criando um silêncio tenso.
O barulho de Alex se levantando rapidamente do couro e jogando algo fortemente contra o vidro a assustou mais ainda, porém não ouviu os passos dele atrás dela, isto é bom ou ruim?
Permaneceu parada de costas, sem saber o que fazer.
- O que diabos você disse? - Sua voz saiu forte, não muito alta, indignada e com raiva.
Suspirou forte e continuou seu caminho até o quarto, e andou o mais rapidamente que pode, ela não conseguia dizer nada e reagir, não queria encara-lo.
  - Dakota! - ele gritou alto o suficiente, como se ela fosse uma filha mal criada, e andou rapidamente a fim de alcançá-la, mas ela se trancou rapidamente ao quarto.
Ele fervia, sua respiração era brusca. Ela ouvia encostada à porta, aliviada, mas com medo, ele nunca reagiu tão rudemente, estava mais estranho que o normal.
O silêncio se fez por vez, ele deve ter ido relaxar na mente de Dakota, ela fechou os olhos e estremeceu um pouco, seus olhos se marejavam de raiva, já deveria estar acostumada, pensou ela.
Ao outro lado, ele ainda estava ali, mas não sabia o que fazer, ele poderia quebra-lá em pedaços mas ao mesmo tempo não queria, a raiva e seu lado "dócil" estavam em um impasse, deixando em uma tela branca em sua mente, mas ele lembrou das palavras da garota.
Chutou a porta com forças, o que a fez dar um pulo de susto, ele quase havia a arrombado.
  - Alex, para! - ela gritou  perto da porta, nervosa.
  - Vai ser pior de você não abrir - ouviu-se a voz assustadoramente doce.
  - O-o que você quer? - receosa perguntou, com a mão na tranca.
  - Abre - ela permaneceu em silêncio sem saber o que fazer.
Esse homem é totalmente louco, nunca se sabia o que esperar, ele não é previsível como todos, sempre uma reação é um jeito diferente para tudo, e ela tinha muito medo disso, muito medo, pois com isso, ele não tinha limites.
Ela respirou fundo, mas não pensou, logo destrancou, se arrependendo.
Turner abriu a porta rapidamente a batendo na parede, e avançando no corpo de Dakota, que foi repreendido na parede por causa dele, que a segurou pelos punhos com todas as forças.
Ela fechou os olhos e suspirou segurando um choro.
- Por que você disse aquilo? - O garoto sussurrou rapidamente tentando manter a calma, respirando pesado, e ela sentia, com arrepios.
  - Fo-oi sem querer - trêmula dizia, o encarando, perdendo os verdes em seus olhos para o marejado da água em seu olho.
  - Algo assim não poderia sair tão repentino de sua cabeça. Não assim! Então me fala logo porra - ele apertou mais os braços dela involuntariamente, doía bastante.
- Para com isso, tá doendo - ela dizia baixo não querendo causar mais nada, ela não queria admitir todas as coisas para ele, principalmente agora, o medo a dominava totalmente com raiva e angústia.
Alex não se importava, não mais, não agora, mas já se importou, e logo depois provavelmente iria, sua cabeça era tão confusa como uma máquina.
  - E-eu não vou fazer nada, eu prometo - ele cedeu os braços da garota um pouco e acalmou a voz, fechando os olhos e percebendo o que estava fazendo.
Dakota como sempre não pensou.
Alex apenas dessa vez, não pensou.
  - Você mudou Alex - ela deu uma pausa para ver seu rosto, mas ele não parecia ter reação.
Sua voz o irritava por dentro mas ele absorvia todas suas palavras, tão idiota, ele se achava tão idiota, ela o transformou em um melodrama, seu pior pesadelo.
  - E foi pra pior - ele abriu os olhos olhando a garota que se acanhava a cada palavra - Eu acho que eu só conheci o Alex superficial, que todos diziam que fazia piadas sujas, cantava como um anjo e escrevia coisas que só o próprio poderia entender até o final, e agora, eu conheço o Alex de verdade, e eu dizia que te amava do jeito que você é, eu nunca amei tanto alguém como você era incrível - ela suspirou e começou a marejar, ela não ficou triste, ela estava com muita raiva ao repensar - Agora você virou um porco, um sujo egocentrista que nem se quer sabe o que faz da sua vida e se banca o cool, e me dá vontade de vomitar vendo as pessoas falando que você é o ser mais incrível do mundo, mas você é um fodido, filho da puta.
Quando já percebera, ela estava gritando de raiva e chorando, Alex ria ironicamente como um psicopata andando pra trás e se voltando novamente, uma risada falhada.
  - Qual é a merda da graça Alexander? - já não suportava mais.
Ele ia se recuperando do riso e olhou para ela fechando a cara aos poucos, e em uma velocidade quase imperceptível pela garota, que não teve tempo de pensar em revidar, a sua mão gelada e branca atingiu seu rosto em um tapa, desnorteando-a um pouco, e caiu no chão sem querer ficar em pé, ou simplesmente por não conseguir, e então eles ficaram em silêncio.
Alex sentou na cama, piscou os olhos e então percebeu o que tinha feito, com as mãos em seu rosto.
Uma parte se arrependera muito profundamente, mas por enquanto, ela não dominava seu corpo, por enquanto.
Dakota se recuperou sem palavras e reação, seu rosto queimava como o inferno e ela sentia cada parte de si se desintegrando.
  - Eu vou embora. - disse fria.
Ele era dominado cem porcento por arrependimento.
- Da-kota me desculpa - ele passou as mãos no cabelo se dando conta do que havia feito.
  - Cale a boca Alexander.
Nada, nem uma palavra passava em sua mente, um vazio a tomou conta, ela se sentia morta, era como se ela apenas fosse um corpo, uma silhueta com capacidades de falas, que eram programadas por sua mente, como se ela fosse dominada por uma máquina fantasma.
  - E-eu não - ele tentou dizer mas ela o interrompeu mas não com palavras, se levantou com dificuldade, ele tentou ajudá-la mas ela o ignorou, e seguiu ao banheiro.
- Quero você fora do meu quarto, por favor - foram suas últimas palavras até ela se fechar.
Alex poderia simplesmente insistir, mas não iria dar certo, o que havia ocorrido com ele? Sua cabeça não estava no lugar.
Ele tinha vontade de chorar, mas não conseguia, e não queria, ele virou o pior pesadelo de si mesmo.
De pouco a pouco foi caindo a (droga) da ficha.
Ele bateu em uma mulher, não em uma simples mulher, a mulher mais especial da sua vida, que agora estava partindo, e ele não a culpa.
- Ma-as que merda eu estou fazendo? - ele se levantou ainda fixando o chão, totalmente confuso e sem saída.
Ele fechou a porta atrás de si, encostando a cabeça e procurando o celular, o achando e discando para pessoa certa, ou não.
  - Matthew eu f - ele tentou dizer mas interrompido foi pelo amigo.
  - Al, aonde você tá caralho?! - disse impaciente.
Sua face se transformou em algo mais confuso do que já estava antes, ele virou uma bomba-relógio prestes a explodir.
  - Como assim onde? - seu tom de voz mostrou uma ingênuidade, Matt a percebeu e ficou com mais raiva.
- Como assim você não sabe?! A reunião da turnê porra! - Isso era inaceitável para o amigo, como poderia alguém esquecer uma coisa tão importante?.
  - A-a turnê - ficou sem graça e com mais raiva de si após isso - não me passou nem pela cabeça, acho que realmente estou ficando louco - alguns pensamentos retornaram em sua cabeça, o fazendo adquirir um tom baixo e melancólico, que foi percebido ao outro lado da linha.
  - Cara, tá tudo bem? - Matt adquiriu totalmente o tom mais calmo que podia, ele sabia que quando estava sentimental ou com raiva, ele era um outro alguém.
  - Depois eu falo com você, cancela pra amanhã - Turner sem ao menos dizer um tchau ou ouvir outras palavras, pôs o telefone a terminar a chamada e o jogou para algum canto da sala, ele não ligava.
Se virou ao velho armário de bebidas, pegando uma cerveja e seu violão e como sempre, um cigarro.
O acendeu e alternou entre alguns goles, sentado na frente da porta do quarto de Dakota, ou melhor, seu quarto, onde quase não colocava os próprios pés.
Então pegou o violão com aqueles pensamentos que teve em ligação, e tocou a própria, relembrando de tudo.

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