Chapter Two

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Briana Harmon, Nova York
15:38p.m.

- Bri? - eu perco minha concentração por um segundo quando alguém me chama suavemente, eu ergo minha cabeça do desenho e encontro Alice.

- Oi Alice. - ela suspira e se senta na cadeira de frente para a minha mesa.

- Eu estou indo almoçar, queria saber se você quer ir comigo? Eu vi que você só comeu morangos desde que chegou. - eu tinha sérios problemas de alimentação e parece que todos estavam tentando controlar isso.

- E-eu acho que vou aceitar sim. - digo mais para deixá-la tranquila do que comer.

- Vamos? Eu conheço um ótimo restaurante italiano que é pertinho, podemos ir andando. Só deixe eu pegar a minha carteira.

- Tudo bem Alice, eu pago. Você está me convidando, é o mínimo que eu posso depois de você me lembrar que eu ainda tenho que almoçar.

- Tudo bem, mas vamos.

Eu pego minha carteira, pego meu celular e coloco para tocar novamente ao invés de vibrar. Ando com Alice conversando sobre alguns projetos e trocando opiniões sobre nossas ideias. Começamos a andar na calçada já mudando de assunto, eu disse que as meninas estavam com a ideia de me arrastar para uma balada.

- Mas Bri, qual o problema? Você sempre está muito centrada no trabalho, sempre tão quietinha, eu não entendo qual o problema.

- O problema Alice é que sou eu!

- Como assim querida? - eu suspiro para responder, mas um barulho alto de pneus correndo as ruas chama nossa atenção.

- O que? - eu pergunto pra mim mesma.

Um carro preto atravessa a esquina que estávamos e o carro que estava atrás, da policia, é jogado para o nosso lado. Eu não sei quem me puxa nem quando me puxa, mas sei que o carro bateu com força contra um poste. Eu solto um grito de susto.

- Meu deus, o que foi isso? Você está bem? - pergunta Alice me olhando inteira enquanto segura meus ombros.

- Si-im. Fo-oi só o-o susto.

- Tem certeza?

- Sim.

- Ah graças a deus, se você chegasse com um arranhãozinho em casa, acho que a Nikki me esgana. - eu rio.

- Vamos logo.

O carro não parecia ser uma viatura de policia, era um imenso carro preto. Bom, parecia que ninguém queria sair ali de dentro, então eu e Alice continuamos a andar para o restaurante.

Voltamos a conversar normalmente também, entramos no restaurante com aparência bem aconchegante e rapidamente escolhemos nossas mesas, o garçom nos atende logo em seguida, fizemos nossos pedidos e ele sai.

- Então Bri, eu não acredito que você nunca teve um namorado.

- Eu já tive, mas na adolescência. Foram só namoros bobos.

- Mas porque? Uma garota tão linda e brilhante como você não atraiu nenhum homem??! - eu suspiro.

- Talvez não seja a aparência, talvez eu só seja desinteressante. - dou ombros como se o assunto não me importasse muito.

- Você não é desinteressante, e sabe o que eu acho? - a nossa comida chega, eu agradeço e depois volto ao assunto.

- Não, o que você acha?

- Que se eu fosse homem, eu pegaria você!

- Alice! - digo rindo e ela ri.

- Eu estou falando sério, uma garota incrível dessas dando sopa por ai! Os homens só podem estar loucos, cegos ou completamente desatentos.

Destino IncertoOnde histórias criam vida. Descubra agora