》O Padeiro português pançudo de bigodes que com seu bom humor e jeito lusitano alegrava a vida do nosso herói, além, é claro, dos pães doces que ele fazia todas as manhãs. Até deixava alguns de lado que eram, de preferência, para o vira-lata.
》A dona Ermelinda de “100 anos”, vendedora de abajures, que, com sua sabedoria de quem viajou pelo mundo e seu estilo elegante dos anos velhos iluminava a vida do pobre cão com várias e várias histórias. As quais ele sempre entendia, pois os cães podem não falar, mas nos entendem melhor do que nós mesmos.
》Havia também o estilista inglês fracassado, alto e tão fino como um palito de dente, jovem com menos de 30 anos. Ele que com sua pompa e paciência, presenteava o cão com blusas caninas em períodos frios. Uma delas se tornou a favorita do amigo de quatro patas. Ela, que depois, se tornaria sua marca pessoal. A blusa azul, com alguns bordados nas laterais.
》E, por último, o “líder”, o mais equilibrado dos lojistas, o mais sensato e menos brincalhão. Óscar, o vendedor de sonhos. Ele vendia molduras, pinturas, tintas, tudo relacionado com arte. Seus quadros eram os mais bonitos, porém, por algum motivo ele decidia deixar eles guardados em seu porão. Usava apenas arte cubista como exposição para os clientes. O nosso herói foi o único que teve a chance de conhecer a galeria do lojista.