3 - First day

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                                  "A pior forma de covardia é testar o poder na fraqueza do outro"

A volta para Georgia com o David foi tranquila. Ele havia me dado a notícia mais maravilhosa que eu podia querer: A polícia da Florida, assim que acabasse o prazo de 30 dias e saíssemos da casa, estaria do lado de fora esperando pelos dois.

Apesar de não estar no contrato era um fato que iria me favorecer. Errado usar e enganar eles, mas só assim eu não correria o risco de ser ameaçada por eles logo no auge do meu reconhecimento.

Depois de desembarcarmos no aeroporto e pegarmos nossas malas, David e eu fomos para minha casa. Eu iria receber instruções de como lidar com esses "hóspedes". Quando chegamos David foi logo se esparramando no sofá.

Nós tínhamos uma certa intimidade por conta de sermos amigos a algum tempo. Eu perguntei se ele queria alguma coisa pra beber e o mesmo respondeu-me que uma cerveja estava de bom tamanho. Peguei sua bebida e me sentei ao seu lado.

— Então, Daka, preparada pra ficar 30 dias confinada?

— Preparada eu não estou. Eu diria que estou confiante.

— Já eu diria que você é confiante e suicida. Kendall concorda comigo.

— Vocês vão ver quando eu sair daquela casa, viva, com o material pra melhor matéria do jornal. Vou rir muito da reação de vocês.

— Ainda falando desse assunto, quero te dar umas instruções.

— Pode mandar.

— Ta, a primeira coisa é que você irá levar um celular, mas esse celular tem ligações restritas. Você só poderá ligar pra mim, Kendall ou Alex. Nunca deixe que eles encostem nele. Segundo é que como você quis, eu consegui de não haver nenhum objeto cortante. Será meio complicado de vocês comerem, mas como só haverá  comidas pré prontas, a maioria para microondas tudo será mais fácil.  A única coisa cortante dentro daquela casa vai ser um canivete que você levará consigo. Um bem pequeno e você esconderá dentro da roupa. Em hipótese alguma você pode perde-lo. Se aqueles caras acham você já era. — eu estava começando a me sentir enjoada, até David tava botando fé que algo de ruim aconteceria. — Terceira coisa é pra você não se deixar levar por eles, são bonitos e charmosos podem tentar te persuadir. Se você cair no jogo deles já era matéria.

— David, relaxa que eu não caio no jogo deles. Sou uma profissional, nunca me envolveria com dois caras que na primeira oportunidade me matariam ou me comeriam.

— Quem bom, Dakota. Pelo menos um pouco de consciência te restou. Agora eu vou indo. Vou pra Flórida ainda hoje. Só passei aqui com você pra te dar as instruções, apoio e te desejar "Boa sorte".

— Obrigado, David. Por tudo. — Abracei-o

— Daqui a um mês a gente se vê.

O levei até a porta. Assim que ele saiu fui tomar um banho e depois me deitei.

[...] 1 semana depois

Acordei ansiosa, hoje era o dia. Dizer que eu estou preparada não é bem a coisa certa. Estou morrendo de medo, mas também estou focada e sei que posso fazer isso. O carro passaria para me buscar aqui no hotel às onze. Eu precisaria correr se não quisesse me atrasar.

Quando cheguei em frente a casa me surpreendi. Era muito bonita. Não imaginava que fosse assim. Pensei em uma coisa mais rústica. Essa casa não fazia muito o estilo David. Apesar de ter que passar 30 dias ali dentro eu tinha trago poucas coisas.

Deep Web [Z.M L.T] PTOnde histórias criam vida. Descubra agora