Excitement

86 6 0
                                    


"No jogo da sedução só existe uma regra: nunca se apaixone."


A ideia dada por David para provocar Louis era completamente bizarra. Onde já se viu provocar um canibal com carne? Mesmo ele gostando de carne humana, carne de animal é carne do mesmo jeito, então eu teria que pensar por conta própria na maneira mais severa. Concordei com David, pois além dele ser um enorme amigo que me ajudou em tudo para que esse estudo fosse para frente, ele ainda esta agindo lá fora no jornal no meu lugar. Acho que fazer isso foi o mínimo. Ele deve ter sentido que tem participação aqui.

Saí do quarto e desci as escadas num pulo assim que ouvi o barulho da campainha. Havia ficado esperando por algumas horas até que finalmente chegou. Quando abri a porta só deu tempo de ver um carro já tomando rumo ao fim do quarteirão. Pelo visto a pessoa só deixou a entrega em cima do carpete e partiu. Fico pensando se talvez seja alguma pessoa do jornal que não queira ser vista por mim, ou pelos "maníacos da Deep Web".

Puxei a caixa, que era um tanto quanto pesada, para dentro e com os dentes rompi o lacre que a envolvia. - ver toda aquela carne vermelha me lembrou do plano que eu devia estar pensando para castigar Louis - Fui arrastando a caixa até a cozinha e lá tirei a grande peça de carne e a enfiei no freezer. No fundo da caixa coberto por alguns panos tirei o celular e como David pediu o escondi em minha roupa.

Já que os rapazes estavam provavelmente em seus quartos eu aproveitei para assistir alguma coisa na sala. Ainda precisava pensar no que fazer com Louis e talvez algum programa ou filme me desse alguma inspiração. Lá pras duas da manhã eu já me via uma morta viva, tinha assistido uns dois filmes seguidos e nada havia servido pra me dar alguma ideia, absolutamente nada. Na minha cabeça passou mil coisas, mil coisas que não fariam cócegas nele, mil coisas que o fariam rir de mim, rir da minha capacidade. Isso esta me desanimando tanto.

O que vim fazer nessa casa se não tenho criatividade nem para dar um castigo perverso o suficiente em um canibal? Castigo perverso. Eu sou tão inútil que falando nisso só penso em sádicos. Penso em algemas, chicotes e açoites. Nada que eu possa usar com ele. Pareceria totalmente antiprofissional. Eu não vou dar para o Louis, claro que não, isso não tem lógica, Dakota. Mas.. eu posso muito bem não dar pra ele. Se eu não der pra ele não será como uma recompensa e não deixa de ser um castigo, né?

Fui à garagem procurar algumas coisas necessárias e quando as achei subi para ver no armário uma roupa para a ocasião. Sempre achei muito interessante essa história de submisso e controladora e nos filmes a roupa é a mais sexy possível. Porém a coisa mais próxima disso que achei foi uma calça preta de couro falso e um cropped preto. Deve servir.

Arrumei-me e segui até o final do corredor onde era o quarto do Louis. Evitei fazer qualquer barulho, girei a maçaneta e entrei na ponta do pé fechando a porta atrás de mim. Ele estava dormindo de frente e isso já me era de grande adianto. Aproximei-me do seu corpo, peguei com muita calma em seu braço, o ergui e amarrei-o com uma corda a cabeceira da cama. Fiz a mesma coisa com seu outro braço e tirei o edredom que o cobria. Louis se encontrava apenas de cueca box.

Vendei seus olhos com um lenço e subi em cima da cama para ficar de frente para o seu corpo. Agachei-me diante do mesmo e passei meus dedos em sua face.

Tão lindo e tão cruel.

Tomei coragem, respirei fundo e dei um tapa em seu rosto, o que o fez se assustar e tentar levantar, mas voltou com todo impacto por estar amarrado.

— O que é isso? — gritou.

Louis continuou tentando soltar suas mãos e levantar, então sentei em cima do seu quadril para impedi-lo de fazer qualquer movimento.

— Oi lobinho. — chamei-o da mesma maneira que Zayn costuma chamar — Vim brincar um pouco.

— Para com isso, Dakota. Me solta agora!

— Quem você acha que é? — saí de cima dele — Acha que pode fazer o que bem entender e que nada vai acontecer contigo? — dei outro tapa em sua face com as costas da minha mão.

— ME SOLTA! — disse com um tom furioso.

— Cale a boca, Louis. Ou vou ter que tapa-la também?

Desci meu dedo indicador do seu peito até a barra da sua cueca.

— Muito engraçado, Dakota. Agora tira essa venda e me solta. Eu não vou mais sair da casa, se é isso que você quer.

— Pensasse nisso antes, Louis.

Rocei com outra corda em seu corpo e ele tentou distanciar-se.

— Por favor. Não ousa.

— E se eu ousar?

Rocei a corda nele mais uma vez antes de chibata-lo com a mesma em sua coxa.

— Para! — grunhiu.

— Não, matador. — bati com a corda em sua coxa outra vez.

Louis ficou pulando e puxando seus braços, mas eu estava tranquila. Ele não conseguiria soltar o nó que eu dei.

Puxei o lenço que havia colocado em seus olhos liberando sua visão.

— Por que está fazendo isso? — me estudou dos pés a cabeça.

Agachei-me novamente perto de seu corpo e falei no pé do seu ouvido:

— Porque eu não sou tão tola quanto vocês acham que eu sou. Vocês não vão brincar comigo e me fazer de otária. — apertei suas bochechas com uma mão e sussurrei — Espero que quando eu acabar você tenha entendido. — dei uma mordidinha em sua orelha e distanciei-me para olhar sua expressão.

Novamente sentei em seu quadril em cima da sua cueca e o fiquei fitando seus olhos.

— O que vai fazer? — perguntou-me

Segurei na cabeceira ficando com meus seios quase na altura de seus olhos e comecei a empurrar a cama fazendo com que minha bunda batesse em seu membro a cada vez que a cama voltasse para o lugar.

— Wow, isso. — sussurrei e depositei outro tapa em seu rosto.

Louis estava sem reação e eu já sentia algo crescendo em baixo da sua box.

— Isso, sim, vai Louis.

Comecei a empurrar a cama com mais força. À medida que eu aumentava os movimentos, sentia o Louis enrijecer mais em baixo de mim e quanto mais eu o via nesse estado mais ele tentava se soltar.

Aproximei-me de seu rosto e esfreguei meus seios no mesmo.

— Hm! — Larguei da cabeceira e fiquei como se eu estivesse cavalgando em cima dele.

— Me solta, Dakota. — ergueu seu rosto tentando se aproximar de mim.

Parei de quicar em cima do seu membro e me aproximei de seu rosto. Louis estava pingando suor sem estar fazendo nada.

— Vai sair de novo, vai? — rebolei em cima dele — Diz, diz que nunca mais vai fazer nada do tipo.

— Eu.. — ficou em silencio e eu levei minha mão a seu pênis por fora da cueca — Ta.. não vou. Agora me solta, por favor, Daka.

Louis estava totalmente excitado. Continuei apertando-o e olhando sua expressão de prazer.

— Hm, ok. — levantei de cima do seu quadril, peguei a corda que estava usando para açoita-lo e me direcionei a porta.

— Você não esta fazendo isso. DAKOTA!

— Bons sonhos, Louis.

Abri a porta e saí do quarto com um sorriso de orelha a orelha. Assim que fechei-a, vejo Zayn no corredor me encarando.

— Você não fez isso.

— E se eu tiver feito?

— E o profissionalismo, Dakota? Deu pra ouvir a cama batendo do meu quarto.

— Quando é com você, pode e quando é com ele é antiprofissional? Só me faça um favor, não entre no quarto. Boa noite.

Segui para o meu quarto e o deixei parado no mesmo lugar olhando-me até eu sumir.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Nov 03, 2016 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Deep Web [Z.M L.T] PTOnde histórias criam vida. Descubra agora