Sinopse: Uma proposta de trabalho. Uma briga. Um separação. Quanto vale deixar seu amor sair porta a fora para nunca mais voltar?
Gênero: Romance, drama.
Classificação: Média.
Status: Shortfic – Finalizada.
Observação: Baseada na música Leaving California, do Maroon 5.Acordar tarde em um domingo pode ser uma coisa normal para as outras pessoas, mas não para mim. Eram 10 da manhã e eu continuava deitado, a noite de ontem havia sido uma das melhores da minha vida, na verdade, tudo com a mulher que eu amava se tornava melhor só pelo fato de ser com ela, mas sem duvida alguma havia algo errado. Os barulhos no andar de baixo estavam altos, e consequentemente me chamaram atenção me despertando e logo pensando no pior. Nunca havia descido tão rápido as escadas como naquele dia, chegando à sala dei de cara com uma Marcelle arrumada e levando suas coisas para fora do nosso apartamento.
- O que você esta fazendo? – falei me aproximando aos poucos dela.
- Eu te disse, estou indo embora. Estou deixando a Califórnia.
- Achei que tínhamos passado dessa fase, que estava tudo certo.
- Tendo esses três últimos dias ou não, eu iria embora de qualquer jeito. – respirou fundo.
- Diz pra mim que você não me ama mais. – o silêncio se apossou da sala e uma lagrima caiu de seus olhos, repeti mais baixo. – Diz...
- Eu não te amo mais. Está bom para você? – disse o final com o tom mais alto, fazendo o fluxo de lágrimas que escorriam ser maior.
- Então vai. – disse ainda calmo. – Vai embora então! Mas não espere que eu fique bem! – completei gritando fazendo-a me olhar assustada e mais lágrimas caírem de seu rosto. Ela queria ir embora, então que fosse. Eu sentiria falta dela sim, mas não podia fazer nada.
Olhou-me com os olhos tristes e tive vontade de pedir para que ficasse, eu não ficaria bem sem ela. Sentei-me no sofá e ouvi seus passos e as rodas das malas se arrastarem no chão.
- Está aqui o horário do meu vÔo, caso você queira ir se despedir. – apenas disse. – Ou ir comigo... – completou o mais baixo possível, mas ainda deu para ouvir sombra disso. Parecia loucura ela falar isso depois de me dizer que não me amava mais e que iria me deixar por um motivo tão patético quanto um trabalho que ainda a pagariam mal. Mas um sorriso me surgiu, apesar de não conseguir externar ele, ainda havia coisas boas do que se lembrar da nossa história. Lembrava do dia em que a havia conhecido como se fosse ontem.Flashback On
O sol estava a todo vapor lá fora, mais um dia quente em L.A, os dias ali costumavam ser assim, e o pior de tudo era que meu chefe sempre resolvia marcar reuniões para algum horário perto do meio dia, não podia perder aquele emprego então respirei fundo, tomei coragem e saí andando, tinha um caminho não tão longo, mas com essa temperatura eu duvidava que fosse parecer pequeno.
Estava de terno e gravata, e o suor já começava a descer frio e salgado por meu rosto, e logo estaria encharcado, mas como era uma vida toda vivendo naquela cidade, sempre andava com pelo menos um par de camisas. Primeiro retirei o terno, depois a gravata e logo depois estava abrindo os primeiros botões da minha camisa social branca. Pra piorar meu azar, caso isso fosse possível, especialmente naqueles quarteirões não haviam quase nenhum ponto de sombra, mas ao avistar uma parada de ônibus sorri aliviado, tal como se tivesse vendo um oásis no meio do deserto. Parei ali sentei-me no banco modesto, a respiração de alivio me condenava que estava desejando aquela sombra – claro, se não fosse a minha face toda molhada de suor, que logo tratei de enxugar. Olhei para esquerda, de onde tinha vindo e olhei pra direita, para onde ia, e percebi o quão longe estava do meu destino, meu corpo sentia como se estivesse andado pelo menos 10 quilômetros, quando a triste realidade dizia que tinham sido apenas dois quarteirões.
Meus pensamentos azarentos não haviam me deixado perceber a garota sentada ao meu lado, ela deveria ter cabelos no meio das costas, mas estavam presos devido ao calor, tinha um corpo pequeno, mas como diria meu amigo Eric, com as gorduras bem dividas, se bem que ela não parecia gorda, seu rosto fino e doce demonstrava isso, me encantei por ela, já a garota apenas me olhava, encarava mesmo e eu instintiva e descaradamente a encarei de volta.
- Eu sou tão bonita para você ficar me olhando? – perguntou com um sorriso de lado.
- Só estava te imitando, afinal, você que estava me encarando.
- Então quer dizer que eu não sou bonita? – fingiu indignação.
- Não, digo, sim, você é muito bonita. – e pela primeira vez em muito as minhas bochechas esquentaram, mas por sorte, já estava vermelho do sol e rezava para que não desse pra ver meu constrangimento, muito peculiar, na verdade.
- Obrigada. – sorriu tímida. – Mas afinal, porque você estava tirando a roupa? – levantou-se e arrumou sua própria roupa, e percebi o quanto ela era baixa, mas ainda assim um encanto de pessoa. Levantei-me e ela me olhava de baixo, não pude deixar de rir e a respondi com o meu sorriso mais sacana.
- Está o maior calor, eu poderia até ficar nu aqui. – a gargalhada que deu foi linda, parecia uma sinfonia, já havia estado em vários concertos, mas nada se comparava a ela, seu rosto ficou muito vermelho e ela apenas estendeu a mão.
- Sou Marcelle Straing, recém-formada em jornalismo. – respondi logo em seguida.
- Sou Adam , estagiário em uma editora, recém-formado em literatura.
- E você esta indo para o Grand Pallace Hotel? – apenas confirmei com a cabeça e ela logo disse toda animada. – Não estamos longe, podemos ir juntos? Também vou para lá.
Balancei a cabeça positivamente e apenas sussurrei um "Sim", ela abriu um guarda chuva que daria para nós dois sem problemas, mas ao vê-lo não consegui deixar de soltar uma gargalhada, era amarelo com varias imagens do "Piu-Piu e Frajola", fazendo ela me olhar feio, me repreendendo e fazendo com que contivesse a risada, me perguntei o que ela estava fazendo sentada ali, já que podia ter ido até lá facilmente, e sem suar tanto quanto eu.
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Especial Projeto V
Fiksi UmumO amor é algo muito bonito, não é? Mas e quando ele não é correspondido? O destino nos prega muitas peças, dependendo da decisão que tomamos o nosso amor nos é arrancado facilmente de nossos braços, e não podemos fazer absolutamente nada em relação...