In You Pocket, por Thais Santiago

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Sinopse: É tudo tão patético, a vida é patética. Quando se é jovem, e não se tem amor, tudo é patético, mas a vida de qualquer um pode mudar assim que a chama dentro de você se acender quando ver alguém. O amor é para todos, inclusive os que ainda não o descobriram.
Gênero: Comédia Romântica.
Classificação: Livre.
Status: Shortfic – Finalizada.
Observações: Somente o nome do personagem e da personagem principal podem ser alterados. Baseada na música In Your Pocket, do Maroon 5.  

Esta é a minha história, e hoje, é sobre ela que vamos falar.
Digamos que ele tenha sido, desde sempre, constate em meus pensamentos. Não, não sempre! Ou melhor, nunca da mesma forma que costumava ser hoje em dia. Adam não era o tipo de cara que qualquer garota desejava, seu estilo de bad boy era o tabu de todo século. Você sabe, uma boa garota foge desse tipo que representa perigo.
Mas eu nunca fui uma boa garota.
Eu gostava muito de fogo, sempre gostei.
Para mim, aquele ditado em que dizia "Não brinque com fogo, você pode se queimar" era como uma piada que se diz para idiotas. Quando se trata de fogo, só de você pensar nele, já pode se queimar. Porém, nunca fui do tipo que se queima, eu era do tipo que queima. Talvez você não tenha entendido corretamente, ou talvez eu seja piromaníaca, a questão é: fogo me fascina! Normalmente, aquilo que representa perigo demais, me deixa alarmada a prosseguir.
E assim foi com ele também!
Da primeira vez em que o vi, ou melhor, no primeiro ano em que conheci ele, as coisas eram completamente diferentes para mim. Todas caíam por ele, mas logo se assustavam em pensar em como teriam problemas com o seu jeito de ser. Despreocupado, malvado, sarcástico e o pior de todos: galanteador.
Sua lábia certamente era o seu maior pecado.
Não havia necessidade de muito esforço da parte dele para que todas estivessem aos seus pés, na verdade, lhe bastava bem pouco: duas ou três frases bonitas e bem formuladas e uma piscadinha, caso não funcionasse, duas bastavam. Você pode estar se perguntando se isso realmente existe, essa coisa de conquistar as pessoas tão facilmente ou se isto é algo que só acontece nas histórias contadas pela Carochinha. Tudo bem, eu também não acreditava até conhecer, pessoalmente, o charme em pessoa.
E por mais que eu me negasse, por mais que eu tentasse o odiar, seu charme me ganhava também. A diferença entre eu e as outras meninas era que eu não dava o braço a torcer, eu nem mesmo sabia o que era isso, apenas tinha plena noção que isto o deixava louco, completamente maluco de raiva. Um dia, testei o seu ápice, e coitadinho, o pobre plebeu foi reprovado. Era simples: não havia mais lugar no banco. E onde ele queria se sentar? Exatamente onde eu me encontrava jogando cartas com o pessoal.
- Vai mais pra lá, mozão? – ele disse dando aquele sorriso de lado como se estivesse flertando comigo. Ou melhor, com qualquer outra de sua lista.
- Sou uma dama, você pode ficar em pé. – disse sarcasticamente piscando para ele.
- Porém eu sou mais velho que você, três anos. – disse mostrando seus dentes perfeitamente alinhados.
- Estamos falando de idade mental ou a do RG? – o questionei fazendo com que todos ao nosso redor simplesmente soltassem gargalhadas até o final do dia. Mas de um rosto, especificamente, eu sabia que nunca iria me esquecer: o dele, naquele momento.
Sua feição ia além da surpresa de ter alguém ao seu nível para discutir, é inexpressível e inexplicável, porém ali, naquele momento, olhando dentro dos seus olhos eu podia ver algo muito além da vergonha por não ter uma resposta, eu via decepção. Nem ao menos quando ele me chamou pra sair pela primeira vez, e eu recusei, eu consegui ver este olhar nele.
E agora, a única coisa que eu podia sentir de mim era vergonha.

O tempo passou e nunca mais nos falamos, ele aparecia cada vez menos e seu grupo de amigos fazia questão de o arrastar para mais e mais festas nos únicos dias que eu poderia ver ele. Mas para ele, não fazia diferença, pois nem ao menos nos cumprimentávamos. E mesmo assim, apesar de tudo, apesar de nem o ver mais, eu ainda pensava nele.
Wherever you fly, this isn't goodbye.
Não era como se eu estivesse gostando dele, ou até mesmo apaixonada. Eu nem mesmo havia adicionado ele no Facebook! Era completamente diferente de tudo o que as minhas amigas me falavam, eu pensava e repensava naquele dia em que o rejeitem em público e pior, na frente de seus amigos. Não somente isso, eu pensava também em como me arrependia por tê-lo deixado tão mal, e no que aconteceria com nós se eu tivesse dado uma bendita chance ao rapaz. Mas, sempre me disseram que o melhor remédio do passado, era esquecê-lo! Então, na minha mente, se eu não ficasse pensando nisso o tempo todo, ele não iria pensar também, pois estaria ocupado demais vivendo a vida, se divertindo, enquanto eu estava ali, remoendo defunto.

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