Capítulo 7 - Iludido

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Acordei bem cedo, comprei um jornal, e fui procurando vagas de emprego, e deixando currículo nos lugares que marquei, fui voltando pro apartamento umas 11:30, quando desci do ônibus, a parada ficava ao lado de uma cafeteria que tinha uma placa que dizia: "Vagas para garçonete".
Não pensei duas vezes e fui entrando.
Havia um homem bem bonito no balcão, loiro, olhos verdes, e umas lindas covinhas.

- Bom dia - eu cumprimentei.

- Bom dia, o que deseja? - ele falou.

- Eu vi o aviso de vagas para garçonete aqui na frente e vim deixar meu currículo, com quem falo?

- Com a minha mãe, ela é a proprietária, sente-se e vou chama-la, só um momento.

Ele saiu e me sentei. Depois de três minutos voltou com uma mulher bonita, que aparentava ter uns 50 anos, cabelos vermelhos e olhos verdes.

- Bom dia, me chamo Emília, e este ali é o meu filho Flávio - ela estendeu a mão para me cumprimentar e se sentou a minha frente.

- Prazer, sou a Luna, aqui está meu currículo.

Ela deu uma olhada.

- Tem experiência como garçonete?

- Não, mas já trabalhei em uma loja, e sei atender bem.

- Você capita as coisas rápido?

- Sou bem esperta, não demoro a aprender.

- Ótimo. Aceita fazer um teste? Passe essa tarde hoje aqui, Flávio e Manuelle vão te ensinar como funciona, se você se sair bem até o fim da tarde o emprego é seu - propôs.

- Tudo bem, eu aceito.

- Esteja aqui as 14:00, é o horário que reabrimos do almoço, aqui está o número do café - disse me entregando um papelzinho.

- Ok.. estarei aqui, tome meu número - entreguei a ela, apertamos as mãos e saí.

(...)

Voltei lá no horário que Emília me disse, a cafeteria estava vachão havia somente uma garota que estava varrendo o chão, acho que esta era a Manuelle de quem Emília havia citado.

- Olá, sou Luna, a candidata a garçonete - disse para a moça morena de cabelos cacheados e dourados.

Ela me olhou dos pés a cabeça, e revirou os olhos.

- Toma, pega esse avental, vai pra trás do balcão, e não me encha muito o saco - foi rude.

Só não a dei uma resposta porque precisava daquele emprego e não podia entrar em confusões naquele momento, que garota ridícula.
Pus o avental e então Flávio veio da cozinha.

- Oi, Luna né?

- Sim.

- Vou mostrar tudo a você, e como preparar os cafés, e como servir, já que está em experiência, eu que irei lhe avaliar.

Ele me explicou tudo e entendi, depois deixou que eu me saísse sozinha, e ficou me observando durante aquela tarde.
Até que me saí bem, eu acho.
Quando deu umas 19:00 estávamos fechando.

- Você foi ótima, se saiu super bem, tome, isto é pelo seu trabalho hoje - me entregou um valor em dinheiro. - Falarei do seu desempenho a minha mãe, amanhã estaremos ligando para você, mas acho que já está empregada.

- Muito obrigada.

Saimos, Manuelle ao passar por mim me deu um escorão, essa garota tem sorte de eu está de bom humor.
Fui para o apartamento de Miguel, ele me recebeu.

- Iae, como foi lá?

- Acho que me saí bem, consegui uma grana até, acho que hoje vou para o meu curso.

- Que bom, fico muito feliz por você Luna - ele me abraçou, eu não sei o que havia, mas toda vez que ele me abraçava, meu corpo inteiro arrepiava, e meu coração acelerava, mas ao mesmo tempo era como um abrigo, me sentia segura.
Nos afastamos e continuei.

- Mas havia uma garota lá que também é garçonete que me tratou mau a tarde inteira, eu não fiz nada á ela, não entendo.

- Estranho, como ela se chama? - perguntou.

- Manuelle.

- Hum - depois não fez mais perguntas.

Após nossa curta conversa fui me preparar para ir pro curso. Antes de sair e fechar a porta Miguel me chamou.

- Luna.

- Sim?

- "Cada dia é uma oportunidade".

O olhei e depois saí, suas frases me pegavam de surpresa.
Acho que ele realmente pensava que podia me ajudar com pequenas frases de reflexão.
Iludido.

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Iae gente, o que acharam da Manuelle, e Flávio?
Comentem aí sobre o capítulo de hoje.

- Autora.

Enquanto A Lua BrilharOnde histórias criam vida. Descubra agora