Capítulo 5 - Desliguei

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(...)

Após 15 minutos se passarem, vejo Miguel subindo as escadas em direção a mim. Preciso saber: qual o problema dele?

- O que você fez? - disse eu arregalando os olhos.

- Resolvi um de seus problemas - disse ele com um sorriso fechado.

- Não acredito nisso, V-você realmente P-pagou meus aluguéis? - gaguejei de espantada.

- Sim - Miguel disse suavemente fechando e abrindo seus lindos olhos.

- Eu não consigo compreender.. OLHA AQUI, SE ACHA QUE EU VOU TRANSAR COM VOCÊ POR CAUSA DISSO, ESTÁ MUITO ENGANADO! - fui grossa.

Ele gargalhou.

- Moça, você é linda, muito mesmo, mas não sou esse tipo de homem, eu não irei tocar um dedo em você se não quiser. Eu realmente só estou tentando te ajudar. Sei que parece estranho para você agora, mas entenderá com o passar do tempo - ele disse penetrando seus olhos escuros nos meus.

Fiquei pasma, não sabia o que dizer, então silenciei.

- Tenho que ir, vou trabalhar daqui a pouco. Tome este cartão com meu número, qualquer coisa me ligue, volto aqui amanhã para te buscar, arrume as malas - falou.

- Como assim me buscar? - levantei a sobrancelha esquerda.

- Seu senhorio não a quer mais no apartamento dele, e pelo que pude ouvir, você está desempregada, não tem como pagar, e duvido que tenha para onde ir. Então ao menos que você queira morar na rua (risos), acho bom se mudar para meu apartamento, e será até bom, para assim eu cumprir minha palavra de te convencer de viver, pois todos os dias nos veremos - explicou com um lindo sorriso aberto.

Eu fiquei totalmente sem reação, por um lado eu estava envergonhada com tudo aquilo, e ele era um ESTRANHO.
Por outro ele tinha razão, não tinha mais meu emprego, o dinheiro que tinha e que me sustentou durante 3 meses depois que fui demitida, acabou, ou eu ia com ele, ou para rua.

Assenti com cabeça.

- Ok, mas eu irei pagar a você tudo o que está gastando comigo quando tiver condições, tudo bem?

- Não, não precisa pagar nada, não estou emprestando, estou lhe dando, não quero que me devolva - ele recusou.

- Só irei se aceitar a minha condição! para assim eu ficar tranquila - exigi.

- Tudo bem então, se é o que quer, mas se mudar de idéia, por mim está tudo bem também - ele aceitou.

- Miguel.. muito obrigada - agradeci.

- Não há de quê!

Ele me abraçou, com um abraço quente e forte, ele tinha um corpo bem definido pelo que pude sentir em seu abraço, braços musculosos também, e era alto, minha cabeça batia em seu queixo, e com o abraço pude sentir seu coração pulsar, e depois se foi.

(...)

Encaixotei todas as minhas coisas, e pus as roupas nas malas, tudo estava pronto. Eu ainda não conseguia acreditar na bondade do Miguel, e realmente gostaria de saber o real motivo dele me ajudar tanto, porque isso não é muito normal, um homem lindo, atraente, charmoso, com olhos de hipnotizar qualquer uma, se dispôr assim a ajudar uma completa estranha.

Meu telefone toca

- Alô? Quem fala?

- Você já excluiu meu número de novo?

- Eu nem se quer salvei Eduardo, você não toma vergonha nessa cara não? - disse irritada

- Princesa, quantas vezes eu vou ter que te pedir perdão bebê? Ela era só uma garota qualquer, é você quem eu amo - disse.

- Primeiramente, quem ama não trai, segundo, você pode morrer de pedir perdão, eu nunca vou te perdoar, nunca. Porquê no pior dia da minha vida, você não estava ao meu lado, estava comendo uma vadia. Então faça-me o favor de pegar esse seu amor e arrependimento e ir a merda. ME ESQUECE, PARA DE ME LIGAR, E VAI SE FUDER!

- Bebê não fala assim comig..

Desliguei.



Enquanto A Lua BrilharOnde histórias criam vida. Descubra agora