Assim que o notebook ligou, ele abriu um vídeo, e eu logo vi a imagem do meu avô. Meus olhos se encheram de lágrimas. Sentei-me na cadeira e comecei a ouvir o que meu avô tinha a dizer:
Meu neto querido, infelizmente não estive aí para acompanhar seu crescimento. Mas quero lhe dá um grande presente. Um presente que eu também tive o prazer de receber a muito tempo atrás. Mas para entregá-lo, preciso saber se você tem desejo de aprender novas coisas, e se quer um guarda-chuva preto como o do Deryk. É preciso coragem! Se você tiver, venha com o Selari para onde eu estou, e passará seis meses aqui. Estarei lhe esperando em Marte. Você vai gostar daqui! Saudades de você Nico.
Bem Emocionado e ainda perplexo com o que tinha visto. Pedi alguns minutos para respirar. Levantei, andei um pouco, e comecei a pensar em tudo que passei e em minhas recentes reflexões. Voltei, olhei fixamente para Deryk, e falei:
— Eu acho essa história totalmente absurda! Surreal! E mais absurdo e surreal ainda é que eu acredito nela. Eu irei com você! Creio que algo de bom acontecerá, e que uma grande aventura me espera. Estou um pouco assustado, mas ao mesmo tempo estou animado com isso.
Chegando em casa, fui logo contar a notícia ao meu mais novo amigo.
Aluado: Grande novidade Marciano! Tô indo para sua terra! Quer dizer para sua Marte! Kkkkk' TÔ INDO PARA MARTE! \O/ As pessoas não esperam muito de mim. Então só enxergo dois caminhos: mostrar-lhes que estão certas; ou que eu posso fazer muito mais do que elas esperam. Acho que escolhi a segunda opção!
No dia seguinte após a grande descoberta, eu ainda estava espantado com tudo que ouvi e vi. Passei o dia quase todo no meu quarto pensativo sobre ir para Marte. Como eu iria deixar tudo? E minha mãe? Muitas coisas a se pensar, e eu teria pouco tempo.
Anoiteceu, e logo após o jantar, subi novamente para seu quarto, e fiquei sentado olhando para a janela. Repentinamente surge um guarda-chuva preto atrás dele, que vai subindo flutuando devagar, até aparecer... Deryk Selari.
— Olá Visal!
— Olá Deryk!
— Posso entrar?
— Sim!
Abri a janela sorrindo. E logo após a entrada de Deryk, falei:
— Saí um pouco atordoado ontem, e esqueci de te perguntar algo, mas você acabou de responder. Eu achei que estava tendo alucinações, mas era você que estava vindo me vigiar todo aquele período que fiquei em casa.
— Sim! Era eu. Seu avô estava preocupado, e me pedia para que eu viesse lhe ver quase todas as noites.
— Entendo — Disse sorrindo.
— Vim apenas saber se você está mesmo disposto a ir para Marte. Está? — Indagou ele.
— Estou — Respondi rapidamente.
— Então estou indo Selari. Voltarei daqui a uma semana, neste mesmo horário, e partiremos para Marte. Não há necessidade de malas. Apenas coragem.
— Sim — Fale pensativo.
Deryk saiu pela janela, saltou com seu guarda-chuva preto, e aterrissou tranquilamente no chão. Virou-se, e acenou para mim, que acenei de volta.
Agora era esperar uma semana para saber se a minha coragem continuaria.
Os dias foram passando e minha preocupação foi aumentando. Pensava a todo instante o que diria a minha mãe. Desejava que chegasse logo o dia, para que minha coragem não acabasse. Lembrei-me de uma passagem do diário de meu avô:
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Abduzido
Science FictionNicolas Visal é um desenturmado e irônico estudante de Administração da Universidade Federal de Onurb. Sempre levou uma vida metódica e normal, até que surgem alguns acontecimentos para movimentá-la. Primeiro algo que o colocará para baixo, e lhe da...