Os Frios || REFORMA

Capitulo II

O assunto no colégio era a chegada de Renesmee Cullen e sua família e seria assim por mais algumas semanas, eu ainda tinha aula de literatura com ela. Mas não trocamos mais do que cumprimentos.

No fim do dia estava a guardar meu livro na bolsa e prestes a entrar no meu carro.

Olho para o outro lado do estacionamento e vejo um cara de ombros largos, cabelos negros. Ele estava escorado em sua moto, sua blusa preta marcava seus músculos. Vejo Renesmee passar pela porta e deixar Justin Bieber falando sozinho, ela corre para os braços do cara que estava na moto.

Eles se abraçam e falam algo para Justin, eles sobem na moto e saem na frente de todo o congestionamento.

Foi aí que nossos olhos se encontraram pela primeira vez. Justin tinha o sorriso no rosto, mas assim que seu olhar cruzou o meu, sua feição mudou. Ele fechou a cara e entrou dentro do Audi.

Não fiz diferente, quem eu estava enganando?

Quando cheguei em casa eu conversei com minha mãe sobre a família Cullen estar na cidade, ela me contou da época que sentia um pouco de inveja de Isabella Cullen por conseguir a atenção de Edward Cullen.

Minha mãe achou que só pelo fato do casal resolver casar, era motivo deles estarem esperando um filho. O que aconteceu, só que por meio da adoção.

Era sexta  feira.

Chovia em Forks, a previsão do tempo pelo menos dizia que no domingo faria sol.

E eu esperava muito pois eu queria ir a La Push, mesmo que não ficasse muito próximo a cidade.

Coloco minha mochila no carro e dirijo até o colégio.

Chego na sala e ainda não havia muitos alunos, coloco minha bolsa no lugar a minha esquerda.

O último toque soa e o professor chega, segundos depois Justin Bieber entra na sala.

Olho envolta e o únicos lugares era o da janela ao meu lado e ao lado de Joshua. Ele fala com o professor que assina seu papel e da um aperto de mão e sorri.

Aquele sorriso branco, igual da propaganda da 'Colgate'.

Ele se vira e nossos olhares se encontram.
Ele tinha olhos cor mel,um olhar intenso. Ele caminha passando por mim,sem desgrudar do meu olhar. Pensei que ia sentar ao lado de Joshua.

Mas o garoto loiro de ombros largos. Para a minha frente:

— Posso?! — Sua voz era áspera e ao mesmo tempo suave.

Assenti desviando o olhar pela primeira vez. Pego a mochila e ponho no chão. Vou um pouco pra frente com a cadeira para ele poder passar, olho mais uma vez para ele,que novamente tinha os olhos em mim.

Abro meu caderno e começo a rabiscar. Durante a aula,podia sentir o seu olhar preso em mim.

Eu estava nervosa, balançava a perna freneticamente e eu podia sentir seu olhar de vez enquando. Começo a anotar o que havia no quadro negro, em algum momento o grafite da minha lapiseira acaba.

Quando vou recarregá-la a lapiseira foge de minhas mãos e vai para debaixo da mesa, eu já com o rosto em chamas jogo meu cabelo na frente de meu rosto sutilmente e me abaixo para pegar  a droga da lapiseira.

Na hora em que peguei senti uma mão por cima da minha. Vejo o dono dela e lá está ele:

— O-obrigado...

— Por nada!— Ele sorri. Volto a minha postura de antes.

Olho de canto para ele e vejo o mesmo concentrado no que escrevia e com um sorriso nos labios.

De relance olho para seu caderno e vejo o quão perfeita era a sua letra, a minha nem se comparava.

No fim do dia eu estava na porta da escola procurando as minhas chaves do volvo que não achava no meio da bolsa.

Olho para os lados e não tinha carro.
Atravesso a rua concentrado na bolsa:

— Hey! — Ouço um grito. Olho para os lados e vejo um carro a vir derrapando no chão do asfalto molhado pela chuva que caia.

Só senti uma mão agarra a minha,foi tão rápido e esperei o impacto, porém cai de bunda no chão,com alguém sobre mim.

Abro os olhos e vejo ele.

O loiro de olhos cor mel.

Minha boca se abre para sair o ar preso, ele se levanta e me estende a mão.

Pego nela e vejo o quão fria está:

— Quer se matar é? — Ele diz áspero. Olho para ele incrédula.

— Você! Como você fez isso! — Eu pensava em tantas coisas para dizer e por fim só consegui dizer isso.

— Tome mais cuidado da próxima vez. Morena. — Ele disfarça e suas mãos largam meus ombros, ele da meia volta e me deixa sozinha perto do meu carro.

— Jasmine!! — Jared grita e vem até mim. — Você está bem!? O que deu em você?

— Eu... Eu só estava procurando minhas chaves.

— Você quase morreu! Eu estava do outro lado quando vi o carro se aproximando. Eu vi quando o Bieber te puxou. Ainda bem que ele estava do seu lado.

— Estava? — Franzo o cenho. Eu sabia que ele não estava.

— Bem eu não sei, eu só sei que você teve sorte.

— Eu estou cansada, Jar, olha eu vou pra casa e tirar a tarde de folga.

— Te vejo no domingo?

— É pode ser. — Sorrio.

Definitivamente hoje foi um dia de emoções...