Capitulo XVII

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Ouvimos alguém bater na porta e lá estava Renesmee, Justin me solta bem devagar e eu lamento a falta da toque:

— Atrapalho? — Ela sabia que sim, mas não deixou de perguntar, Justin ri e ambos negamos. — Eu sei que sim, me desculpe, eu não estava me aguentando.

Ela se aproxima dando pequenos pulinhos e é a minha vez de rir:

— Pra você. — Ela estende a mão com uma caixinha pequena e aveludada. Franzo o cenho. — Vai abre.

Pego a caixinha de joia e quando vejo o que está ali dentro meus olhos brilham.

— Quando você fala das suas visões e quando me contou da sua descendência, eu andei pesquisando sobre a magia. Os escandinavos acreditavam que a árvore da vida os trazia sabedoria e conhecimento, os persas por outro lado acreditava que a árvore trazia a imortalidade, os celtas tinha o Oghma.

— A simbologia das árvores... — Sussurro, minha avó me ensinou quando tinha oito anos.

— Essa é a Árvore de Rowan — completamos juntas.

— Como você sabe, ela é responsável por proteger a mente e o espírito... — Justin me ajuda a colocar o colar e eu estava tão encantada.

— Obrigada Renesmee. — A abraço.

— Tia Alice que trouxe ela para mim quando voltava da Polônia, eu tinha encontrado uns dias atrás e me instigou ainda mais pesquisar sobre sua cultura.




Depois que Renesmee saiu, eu e Justin ficamos no seu quarto pelas próximas quatro horas, ele leu para mim os trechos de livros que ele tinha lido nos últimos dezesseis anos. Jogamos vídeo-game, escutamos suas playlist de músicas e tentamos ver algumas séries mas sem sucesso.

Quando senti fome ele foi até a cozinha buscar algumas das besteiras da Renesmee, o sol já estava dando adeus a mais um dia e ali através do quarto do Justin, aquela vista era incrível.

Fui até sua escrivaninha atrás de um lápis e papel, que consegui sem nenhum esforço, começo a esboçar a imagem ao vivo a minha frente e nem percebi que Justin havia voltado, ele estava com uma câmera Polaroid  nas mãos:

— Faz muito tempo que está aí? — Solto lápis no meu colo. Eu estava sentada no chão com as pernas cruzadas, o meu apoio para o papel era um dos livros de Justin.

— Tempo o suficiente para ter uma recordação sua. — Ele balança a foto no ar, eu levanto e vou até ele.

— Você é muito bom com uma câmera. — A foto que ele tirou de mim tinha um ângulo e luz estavam simétricos, sorrio e olho para ele.

— Quer caminhar? Vamos até o rio.. — Ele coloca uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha. Eu apenas murmuro um sim e calço meu tênis.

Ao descer o primeiro lance de escadas ouço vozes baixas, não conseguia saber o que estavam falando mas Justin com certeza sabia:

— Rosie e Emmett voltaram. — Ele me leva até o casal e eu perco o fôlego, a família Cullen era a beleza pura. — Rosie... Emmett, essa é a Jasmine.

Emmett estava vendo futebol com Jacob e Rosalie conversava animada com Renesmee. A loira de dar inveja gritante me olha de cima a baixo e sua expressão não é das melhores:

— Olá! — Tento sorrir mas pareço que estou falhando miseravelmente.

— Jasmine! — Emmett levanta e só aí percebo a proporção de altura que tínhamos de diferença que era grande. — É um prazer conhecê-la... — Emmett fala num tom percebo e pelo seu sorriso sacana pude sentir o duplo sentido da palavra e minhas bochechas estavam fervendo. Aperto sua mão e ele volta a se concentrar no jogo.

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